O cruzeiro Rhapsody of the Seas pode ter encoberto provas cruciais logo após o desaparecimento de Amy Bradley, em 24 de março de 1998. A jovem de 23 anos sumiu misteriosamente da varanda da suíte que dividia com a família, enquanto o navio se aproximava de Curaçao, e até hoje não foi encontrada.
O último avistamento na varanda
Na madrugada em que desapareceu, Amy passou a noite dançando no clube do navio com o irmão, Brad, e depois retornou ao quarto. Por volta das 5h30, o pai, Ron Bradley, avistou apenas as pernas da filha estendidas sobre a espreguiçadeira na varanda. Quando voltou a olhar trinta minutos depois, notou que ela havia sumido, deixando para trás apenas os calçados alinhados e o cinzeiro vazio de seus cigarros.
Procedimentos de investigação a bordo
Em vez de preservar a cena do possível crime, a tripulação do Rhapsody of the Seas realizou uma limpeza rigorosa na área externa da suíte antes da chegada das equipes de investigação. Bancos foram lavados, corrimãos foram esfregados e nenhuma marca de pegada ou vestígio permanece registrado em fotografias oficiais. Esse procedimento comprometeu buscas por impressões digitais ou fibras de roupa que poderiam indicar luta ou caça a possíveis suspeitos (via Tudum).
Suspeita de obstrução de provas
Ex-funcionários ouvidos posteriormente afirmam que receios de uma investigação complexa e o risco de indenizações bilionárias teriam motivado a limpeza rápida da varanda. Ainda que a Royal Caribbean tenha negado irregularidades à época, testemunhas relatam ordens para “não deixar nada fora do lugar” antes de receber agentes do FBI e policiais de Curaçao.
Teoria dos calçados
Os pares de sandálias estilo Birkenstock permanecidos na varanda viraram ponto-chave de debate entre investigadores independentes e internautas em fóruns de true crime (via ladbible). Há quem defenda que, se Amy planejasse saltar voluntariamente, teria calçado outro par de sapatos antes de deixar o quarto. Já outros acreditam que isso reforça a tese de sequestro, já que alguém a teria feito sair descalça ou ainda em trajes leves, impossibilitando qualquer resistência.
O papel da tripulação e dos músicos
Além da limpeza do local, o comportamento de certos membros da tripulação chamou atenção. Alistair “Yellow” Douglas, baixista da banda do navio, apareceu nas imagens dançando com Amy pouco antes do sumiço. Embora tenha se submetido a um polígrafo inconclusivo e negado envolvimento, relatos de passageiros dizem que ele evitou câmeras nos corredores após o incidente. A falta de registros completos de deslocamento dos funcionários entre 5h e 6h do dia 24 aumenta as suspeitas de conluio ou omissão.
Impacto do documentário Onde Está Amy Bradley
A estreia da série em julho deste ano reacendeu discussões sobre falhas na investigação inicial. Os diretores Ari Mark e Phil Lott ressaltam a importância de revisar antigos procedimentos, especialmente em casos que envolvem grandes empresas de turismo. A série expõe depoimentos de ex-investigadores do FBI, familiares e tripulantes, e mostra como o possível encobrimento contribuiu para o beco sem saída que dura quase 27 anos.
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