Até quando o Assassino BTK ficará preso?

Dennis Rader, mais conhecido como o “Assassino BTK”, foi capturado em 25 de fevereiro de 2005, encerrando uma investigação que se estendeu por mais de trinta anos. O criminoso, que havia interrompido suas comunicações com a imprensa em 1979, voltou a escrever para os jornais em 2004, reacendendo o interesse pelo caso e, sem saber, dando início ao seu próprio fim.

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Naquele ano, o Wichita Eagle publicou uma reportagem sobre o trigésimo aniversário dos assassinatos atribuídos ao BTK, sugerindo que o criminoso poderia estar morto. Seis semanas depois, uma carta assinada por BTK chegou à redação, seguida de outras mensagens enviadas à polícia. Entre os objetos encaminhados por Rader estavam palavras cruzadas, bonecos amarrados, joias de vítimas e um disquete de computador — justamente o item que se tornaria sua ruína.

O erro que o levou à prisão

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Os investigadores conseguiram extrair dados do disquete e rastrearam sua origem até a Christ Lutheran Church, em Wichita, onde Rader era presidente do conselho. A partir desse ponto, o nome “Dennis” apareceu como usuário do arquivo, o que levou a polícia diretamente até ele.

Para confirmar a suspeita, os agentes obtiveram uma amostra de DNA a partir de um exame médico de sua filha, Kerri Rawson. O material genético coincidiu com o DNA encontrado sob as unhas de uma das vítimas, Vicki Wegerle, assassinada em 1986. Confrontado com as provas, Rader admitiu o envolvimento nos crimes, declarando que seu excesso de confiança o havia feito “baixar a guarda”.

Em 25 de fevereiro de 2005, pouco depois do meio-dia, ele foi preso enquanto dirigia nas proximidades de sua casa em Park City, Kansas. Questionado por um policial se sabia o motivo da prisão, respondeu friamente: “Tenho minhas suspeitas”.

O julgamento e a condenação

Rader foi formalmente acusado de dez assassinatos em primeiro grau. Durante o julgamento, ele descreveu cada crime com riqueza de detalhes, referindo-se a suas vítimas como “projetos”. A falta de remorso e o tom metódico de suas confissões chocaram o tribunal.

Em agosto de 2005, ele foi condenado a dez penas de prisão perpétua consecutivas, o equivalente a um mínimo de 175 anos de prisão. Como o estado do Kansas não aplicava a pena de morte na época dos assassinatos, essa foi a punição máxima possível.

Durante a audiência, familiares das vítimas prestaram depoimentos emocionados. Em resposta, Rader proferiu um discurso de meia hora, repleto de justificativas confusas e de uma tentativa de se colocar como alguém “fora de controle”. O promotor comparou a fala a um “discurso de agradecimento do Oscar”, destacando a incapacidade do réu de compreender o impacto emocional de suas ações.

A avaliação psicológica

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A defesa contratou o psicólogo Robert Mendoza para avaliar o estado mental de Rader. O laudo apontou traços de personalidade narcisista, obsessivo-compulsiva e antissocial. Segundo o especialista, o assassino apresentava uma crença patológica em sua superioridade, necessidade constante de admiração e total ausência de empatia.

A gravação da entrevista foi posteriormente exibida pelo programa Dateline NBC, o que gerou uma disputa judicial entre o governo do Kansas e a empresa de Mendoza, acusada de lucrar com o conteúdo obtido durante a defesa do réu. O caso foi encerrado em 2007, com um acordo financeiro de 30 mil dólares (via WIBW).

Até quando ele ficará preso?

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Dennis Rader cumpre pena no presídio de segurança máxima de El Dorado, no Kansas, desde agosto de 2005. Condenado a um mínimo de 175 anos de prisão, ele nunca será elegível para liberdade condicional. Na prática, isso significa que permanecerá encarcerado até o fim da vida.

Hoje, aos 80 anos, o ex-funcionário público e líder religioso vive isolado, com restrições severas de contato com o mundo exterior. Mesmo assim, continua sendo objeto de estudos psicológicos e de investigações relacionadas a outros homicídios não solucionados.

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João Victor Albuquerque
João Victor Albuquerque
Apaixonado por joguinhos, filmes, animes e séries, mas sempre atrasado com todos eles. Escrevo principalmente sobre animes e tenho a tendência de tentar encaixar Hunter x Hunter ou One Piece em qualquer conversa.