David Berkowitz, mais conhecido como Filho de Sam, aterrorizou a cidade de Nova York entre 1976 e 1977 com uma série de ataques brutais que deixaram seis mortos e sete feridos. Com uma pistola calibre .44 em mãos, ele espalhou pânico em bairros residenciais, atacando principalmente casais em carros estacionados. Embora sua prisão tenha encerrado oficialmente o caso, novas teorias e investigações levantaram dúvidas sobre a real extensão de sua atuação e se ele teria agido sozinho.
O início do terror: Bronx, julho de 1976
A primeira vítima fatal foi Donna Lauria, de 18 anos, uma técnica em emergências médicas que conversava dentro do carro com sua amiga Jody Valenti após uma noite em uma boate. Um homem se aproximou do veículo, sacou uma arma e disparou. Donna morreu no local com um tiro, enquanto Jody sobreviveu após ser atingida na coxa.
Mais vítimas, padrão semelhante
Nos meses seguintes, os ataques seguiram um padrão: casais ou jovens conversando em carros ou calçadas eram surpreendidos por disparos repentinos. Em outubro de 1976, Carl Denaro e Rosemary Keenan foram alvejados dentro de um carro em Queens. Carl sobreviveu apesar de levar um tiro na cabeça e precisou de uma placa de metal no crânio.
No mês seguinte, Donna DeMasi e Joanne Lomino, duas estudantes, conversavam na porta de casa quando foram atacadas. Joanne ficou paraplégica após ser atingida nas costas.
Assassinatos brutais em sequência
Em janeiro de 1977, Christine Freund foi morta com dois tiros enquanto estava com seu noivo em Forest Hills. Em março, a estudante universitária Virginia Voskerichian tentou se proteger com seus livros, mas morreu com um tiro na cabeça.
O padrão se repetiu em abril, com a morte de Valentina Suriani e de seu namorado, Alexander Esau, que foram atacados em um carro estacionado no Bronx. Dois meses depois, Sal Lupo e Judy Placido também foram baleados, mas sobreviveram.
O último ataque e a prisão de Berkowitz
O crime final ocorreu em julho de 1977. Stacy Moskowitz, de 20 anos, morreu após ser baleada na cabeça, e seu acompanhante, Robert Violante, perdeu a visão de um dos olhos. O casal estava em seu primeiro encontro, em um carro estacionado no Brooklyn.
Poucos dias depois, David Berkowitz foi identificado com a ajuda de uma testemunha e por uma multa de trânsito emitida próximo ao local do último crime. Em seu carro, a polícia encontrou armas, mapas e cartas ameaçadoras. Ao ser preso, ele apenas disse: “Bom, vocês me pegaram”.
Julgamento, condenação e alegações estranhas
Berkowitz confessou os crimes, mas logo começou a afirmar que agira sob ordens de um demônio que habitava o cachorro de seu vizinho, Sam Carr. Com base nisso, passou a se identificar como “Filho de Sam”. Foi condenado a seis penas de prisão perpétua, que cumpre até hoje.
Teorias de conspiração e cultos satânicos
O caso parecia encerrado até que o jornalista investigativo Maury Terry passou a questionar a versão oficial. Para Terry, as incoerências nos retratos falados, nas descrições das testemunhas e nas ligações entre os crimes sugeriam que Berkowitz não agiu sozinho.
Ele acreditava que o assassino fazia parte de um culto satânico, ligado aos filhos de Sam Carr e a encontros em um parque da cidade de Yonkers, conhecido por atividades ocultistas. Essa teoria deu origem ao documentário da Netflix Os Filhos de Sam: Loucura e Conspiração, que revisita os crimes e a obsessiva investigação de Terry.
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