As tatuagens que podem ajudar a identificar Amy Bradley

Amy Lynn Bradley, jovem americana de 23 anos, desapareceu em 24 de março de 1998, durante um cruzeiro pelo Caribe a bordo do navio Rhapsody of the Seas, da Royal Caribbean. Em uma viagem em família que deveria ser um momento de celebração antes de sua nova etapa profissional, Amy sumiu sem deixar rastros. Passados 27 anos, o caso ainda permanece aberto e o mistério sobre seu paradeiro continua alimentando investigações e teorias.

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Apesar de ter sido declarada legalmente morta em 2010, a jovem segue listada entre as pessoas desaparecidas mais procuradas pelo FBI, que ainda oferece uma recompensa de até 25 mil dólares por informações que levem à sua localização. Mas há um detalhe que, até hoje, pode ser crucial para encontrá-la: suas tatuagens.

Tatuagens únicas que podem revelar sua identidade

Como o cruzeiro Rhapsody of the Seas pode ter encoberto provas do desaparecimento de Amy Bradley

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Na página oficial do FBI dedicada ao caso, estão descritas as marcas corporais que fazem de Amy uma das desaparecidas mais identificáveis da lista. Ela possuía quatro tatuagens distintas: um Diabo da Tasmânia girando uma bola de basquete no ombro esquerdo, um sol na parte inferior das costas, um símbolo chinês no tornozelo direito e um lagarto gecko no umbigo. Além disso, ela usava piercing no umbigo.

Esses detalhes físicos são centrais nas buscas. Em uma fotografia enviada anonimamente à família em 2005, uma mulher parecida com Amy aparece em um site de acompanhantes no Caribe. A imagem chamou atenção não apenas pela semelhança facial, mas porque a mulher estava posicionada de forma a esconder justamente essas marcas — uma escolha que, segundo o diretor da série documental Onde Está Amy Bradley?, deixou a equipe de investigação intrigada.

“O que mais nos chamou atenção foi como a imagem parecia cuidadosamente montada para ocultar as tatuagens”, revelou Ari Mark, diretor da produção, em entrevista ao The Hollywood Reporter. O FBI chegou a analisar o cenário da foto, incluindo a estrutura da cama e os móveis, na tentativa de rastrear a localização.

Os avistamentos que mantêm a esperança viva

O que aconteceu com Amy Bradley?

Desde 1998, vários relatos de possíveis avistamentos foram registrados em diferentes países do Caribe. Em Barbados, uma turista canadense afirmou ter visto uma mulher parecida com Amy sendo escoltada por três homens em um banheiro público. Em Curaçao, outro turista relatou ter visto uma mulher parecida com ela acompanhada por dois indivíduos. E, em 2005, a já mencionada imagem da mulher apelidada de “Jas” reacendeu as esperanças da família.

Esses relatos, ainda que inconclusivos, reforçam a teoria defendida pelos pais de Amy: a de que ela foi vítima de tráfico internacional de pessoas e forçada à prostituição. O documentário da Netflix mostra que o FBI e investigadores privados chegaram a ir até a região, mas não conseguiram localizar o site ou a pessoa por trás da fotografia.

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A dor que não passa, a vida que não segue

Amy Bradley foi vítima de tráfico humano?

Para Ron e Iva Bradley, pais de Amy, a esperança de que ela ainda esteja viva é o que move a rotina até hoje. O carro dela continua abastecido e pronto na garagem, e sua bolsa permanece no quarto exatamente como foi deixada no dia do embarque. “É como se ela ainda estivesse ali, prestes a voltar para casa”, disse Ari Mark após visitar a família na Virgínia.

Durante todos esses anos, os Bradleys não confiaram apenas nas autoridades. Eles investigaram por conta própria, contrataram especialistas, seguiram pistas em diferentes países e criaram um site para reunir informações e receber denúncias anônimas. O site ainda hoje recebe visitas, especialmente em datas marcantes, como aniversários e feriados, quando a atividade de acessos aumenta em determinadas regiões do Caribe.

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As perguntas que seguem sem resposta

A Royal Caribbean foi processada pela família, que acusou a companhia de negligência na condução da investigação. Ambas as ações foram arquivadas. A empresa alegou ter agido de forma “adequada e responsável”. Mas o sentimento de que muito poderia ter sido feito continua presente entre os familiares.

Também pairam dúvidas sobre a atuação da tripulação do navio. Amy foi vista pela última vez dançando com Alastair “Yellow” Douglas, membro da banda do navio. Embora ele tenha negado qualquer envolvimento e o FBI não tenha encontrado provas contra ele, permanece como um personagem central nas teorias sobre o que pode ter acontecido naquela madrugada.

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João Victor Albuquerque
João Victor Albuquerque
Apaixonado por joguinhos, filmes, animes e séries, mas sempre atrasado com todos eles. Escrevo principalmente sobre animes e tenho a tendência de tentar encaixar Hunter x Hunter ou One Piece em qualquer conversa.