O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder tem trazido à tona a ascensão de Sauron como uma das figuras mais temidas da Terra-média durante a Segunda Era, mas a série também menciona com frequência seu antigo mestre, Morgoth, o primeiro Senhor das Trevas. Embora ambos compartilhem algumas semelhanças, suas motivações, métodos e visões sobre a Terra-média revelam profundas diferenças que os separam. Este artigo explora as principais distinções entre Sauron e Morgoth, explicando como cada um deixou sua marca na história de Tolkien.
Morgoth e Sauron: Diferenças em Suas Visões de Poder
A diferença central entre Morgoth e Sauron está em suas visões para a Terra-média. Morgoth, conhecido originalmente como Melkor, era um Vala, a mais poderosa das entidades criadas por Eru Ilúvatar. Seu desejo era de destruir e corromper o mundo, motivado por inveja e frustração por não poder criar vida como Ilúvatar. Ele desprezava toda a criação e buscava arruiná-la por meio da destruição pura, distorcendo o que já existia, como foi o caso dos elfos que ele transformou em orcs.
Sauron, por outro lado, tinha uma visão mais focada em controle e ordem. Embora fosse inicialmente um Maia, um ser menos poderoso que os Valar, ele possuía grande habilidade criativa e buscava aperfeiçoar o mundo, mas sob seu domínio absoluto. Ao contrário de Morgoth, Sauron não via a destruição como um fim em si, mas como um meio de reconstruir a Terra-média de acordo com sua própria ideia de ordem e perfeição.
Hierarquia de Poder: Morgoth como Vala, Sauron como Maia
Morgoth era um dos Valar, seres com poder quase divino, enquanto Sauron era um Maia, subordinado aos Valar. Isso coloca Morgoth em uma posição superior em termos de poder bruto. Durante a Primeira Era, Morgoth comandou exércitos de orcs, trolls, Balrogs e até dragões, criaturas monstruosas que ele mesmo havia corrompido ou criado. Em contraste, os exércitos de Sauron na Segunda e Terceira Eras eram compostos de orcs, Uruk-hai e homens que se voltaram para o mal, mas sem a presença dos poderosos Balrogs ou dragões. Essa diferença no controle de criaturas poderosas demonstra a vantagem de Morgoth em termos de força militar.
O Caminho para o Mal: Morgoth e Sauron
Morgoth abraçou o mal desde o início. Ele começou sua rebelião contra Ilúvatar durante a Música dos Ainur, introduzindo dissonâncias na canção de criação do mundo e espalhando o mal diretamente na Terra-média. Seu desejo de criar vida como Ilúvatar foi frustrado, e isso o levou a uma busca incessante por poder e destruição.
Sauron, por outro lado, demorou mais para seguir o caminho da escuridão. Ele serviu fielmente ao Vala Aulë, o Ferreiro, por eras e foi conhecido por sua habilidade e perfeição artística. Porém, foi seu desejo de controle e sua busca por poder que o levaram a seguir Morgoth. Após a queda de Morgoth, Sauron assumiu o papel de Senhor das Trevas e procurou impor sua ordem na Terra-média.
Métodos de Dominação
Morgoth dominava através da força bruta e do medo. Ele corrompia tudo o que tocava, desde elfos transformados em orcs até o próprio mundo físico, que sofreu alterações permanentes devido às suas batalhas contra os Valar. Morgoth raramente precisava usar de artifícios mais sutis para alcançar seus objetivos, preferindo impor sua vontade pela força.
Sauron, por outro lado, era mais habilidoso no uso de engano e manipulação. Ele frequentemente usava sua capacidade de mudar de forma para se disfarçar, como quando assumiu a forma de Annatar, o “Senhor dos Presentes”, para enganar os elfos e ajudá-los a forjar os Anéis de Poder. Sauron utilizava essas táticas para conquistar seguidores e manipulá-los a servirem seus interesses. Sua habilidade em mexer com as ambições e desejos dos outros era um de seus maiores trunfos, como demonstrado pelo controle que ele exerceu sobre os portadores dos anéis.
A Necessidade de Controle: Os Anéis de Poder de Sauron
A criação dos Anéis de Poder foi uma peça fundamental no plano de Sauron para controlar a Terra-média. Com o Um Anel, Sauron pretendia governar todos os outros portadores de anéis, concentrando grande parte de sua força e essência no objeto. Isso o levou à sua eventual queda, pois, com a destruição do Um Anel, Sauron foi reduzido a um espírito impotente, incapaz de reassumir uma forma física.
Morgoth, em contraste, não dependia de artefatos externos para concentrar seu poder. Sua força estava diretamente ligada à sua natureza como um dos Valar, o que o tornava muito mais difícil de derrotar. Ele foi, eventualmente, capturado pelos Valar e aprisionado no vazio, onde permanece, aguardando um possível retorno em um futuro profetizado evento chamado Dagor Dagorath, a última batalha.
A Queda: Sauron e Morgoth
Enquanto Morgoth foi derrotado pelos Valar e exilado no vazio, Sauron teve um fim mais definitivo. Com a destruição do Um Anel por Frodo, no final da Terceira Era, Sauron perdeu toda a sua força e, embora sua essência ainda exista, ele nunca mais poderá assumir uma forma física ou exercer qualquer influência sobre a Terra-média. Em contraste, Morgoth ainda tem a possibilidade de retornar, embora essa profecia não tenha confirmação na obra de Tolkien.
Se passando milhares de anos antes dos eventos de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, a série ocorre durante o período conhecido como a Segunda Era da Terra Média, mostrando a ascensão de Sauron ao poder e a criação dos Anéis do Poder. A produção foi criada por J. D. Payne e Patrick McKay com base na obra de J. R. R. Tolkien.
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