O Wolverine consolidou sua popularidade ao longo das décadas como um dos personagens mais complexos e fascinantes dos quadrinhos. A trajetória do mutante canadense reúne sofrimento, honra, violência, romance e uma busca incessante por identidade, elementos que renderam algumas das histórias mais marcantes da Marvel. Para entender por que o personagem se tornou tão influente, vale revisitar as principais sagas que moldaram sua personalidade e expandiram seu papel no universo dos super-heróis. A seguir, selecionamos os arcos que melhor representam a força, a dualidade e o impacto narrativo do Wolverine.
Origem

A minissérie Origem transforma em narrativa aquilo que, por muito tempo, permaneceu apenas no imaginário dos fãs. A história situa o jovem James Howlett no século 19, no Canadá, e detalha os acontecimentos traumáticos que levaram ao surgimento do Wolverine. A revelação de sua verdadeira identidade, a complexidade de sua família e o peso emocional de suas primeiras perdas moldam o caráter trágico do herói.
O trabalho de Paul Jenkins no roteiro, combinado ao uso inovador de cores de Richard Isanove, dá ao arco um tom atmosférico e sensível. A publicação representou uma mudança histórica, já que encerrou o mistério que muitos acreditavam ser essencial ao personagem. Ainda assim, a saga ganha força por apresentar camadas profundas da personalidade do Wolverine, oferecendo um retrato humano e doloroso de sua origem.
A Irmandade

A saga A Irmandade, publicada em 2003, mostra o Wolverine em uma investigação solitária após a morte de uma jovem que buscava sua ajuda. A partir do diário misterioso da garota, o mutante se depara com traficantes de armas, autoridades corruptas e um culto mortal. Diferente de aventuras repletas de supervilões, este arco coloca o herói diante de ameaças reais e cotidianas.
Greg Rucka conduz a narrativa com um estilo seco e direto, destacando a capacidade do Wolverine de agir como defensor dos indefesos. Darick Robertson reforça essa proposta ao retratar o lado mais brutal e visceral do personagem. A Irmandade demonstra o quanto o mutante pode se adaptar a histórias que se aproximam de um faroeste contemporâneo, sem perder sua essência.
Arma X

A saga Arma X se destaca como uma das explorações mais perturbadoras da construção do Wolverine. A partir da perspectiva dos cientistas envolvidos no programa, o leitor acompanha o processo cruel que implantou o adamantium em seu corpo e o transformou em uma arma viva. A obra se desenvolve quase como um horror científico, onde o Wolverine assume uma postura de pura ferocidade.
Barry Windsor-Smith entrega uma narrativa poderosa tanto no roteiro quanto na arte, criando um marco definitivo na mitologia do personagem. Mesmo com ampliações posteriores, Arma X permanece como a base de tudo o que se conhece sobre o passado do Wolverine, influenciando quadrinhos, animações e o cinema.
Wolverine: Inimigo do Estado

A saga Wolverine: Inimigo do Estado coloca o mutante em uma posição extrema. Após ser morto e ressuscitado pela organização The Hand em parceria com a Hydra, o Wolverine passa a atuar como arma contra seus próprios aliados. A trama destaca o risco que o herói representa quando perde o controle, enfrentando desde vigilantes urbanos até alguns dos maiores nomes da Marvel.
Quando finalmente rompe o condicionamento mental, o Wolverine inicia uma caçada implacável contra as organizações que o manipularam, agora ao lado da SHIELD e da Elektra. O roteiro de Mark Millar, aliado à arte intensa de John Romita Jr., constrói uma narrativa explosiva que combina espionagem, combate e impacto emocional em larga escala.
O Velho Logan

O Velho Logan surge como uma distopia amarga, na qual o Wolverine vive um futuro destruído por vilões que dominaram os Estados Unidos. Nessa realidade, o herói jurou nunca mais usar as garras e leva uma vida reclusa até ser convencido a acompanhar o Gavião Arqueiro em uma jornada perigosa. Mark Millar retrata um mutante envelhecido, traumatizado e arrependido, enquanto Steve McNiven cria cenas impactantes e detalhadas que marcaram gerações de leitores.
Após os eventos de Secret Wars, o Velho Logan passa a coexistir no universo principal da Marvel, agora guiado por Jeff Lemire em uma fase que explora sua dificuldade em lidar com um presente que não é o seu. A abordagem aprofunda o contraste entre passado e futuro, construindo um estudo de personagem sensível e brutal.
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