O Quarteto Fantástico sempre foi mais do que um simples grupo de super-heróis. Criados por Stan Lee e Jack Kirby em 1961, eles inauguraram uma nova era nos quadrinhos ao introduzir personagens humanos, falhos e profundamente conectados entre si. Reed Richards, Sue Storm, Johnny Storm e Ben Grimm formam uma família que enfrenta ameaças cósmicas e dilemas pessoais com a mesma intensidade. Ao longo das décadas, suas histórias exploraram desde viagens interdimensionais até confrontos filosóficos com o próprio sentido de humanidade. A seguir, revisitamos as sagas mais marcantes dessa trajetória, que definiram não apenas o Quarteto Fantástico, mas todo o universo da Marvel.
Esse homem… esse monstro!

A saga Esse homem… esse monstro! é uma das histórias mais emocionantes já escritas sobre o Coisa. Ridicularizado por sua aparência monstruosa, Ben Grimm vê sua identidade ser roubada por um cientista invejoso que deseja destruir Reed Richards e o Quarteto Fantástico por dentro. Pela primeira vez em muito tempo, Ben volta a ser humano e percebe que, apesar da dor de viver como uma criatura de pedra, é nessa forma que ele realmente encontra propósito e pertencimento.
Além do drama pessoal do Coisa, a edição marca um momento histórico para a equipe: é aqui que Reed Richards realiza sua primeira incursão na Zona Negativa, dimensão que se tornaria essencial na mitologia do grupo. Com arte experimental de Jack Kirby e roteiro introspectivo de Stan Lee, a história equilibra a grandiosidade da ficção científica com a melancolia de um homem que aprende o verdadeiro valor de sua humanidade.
Consertar tudo

Em Consertar tudo, o roteirista Jonathan Hickman deu início a uma nova fase do Quarteto, misturando ficção científica de alto nível com um profundo estudo de personagem. O enredo acompanha Reed Richards em sua tentativa de resolver todos os problemas do universo, um ideal que o leva a criar uma ponte interdimensional e conhecer o Conselho dos Reeds, uma assembleia formada por versões alternativas de si mesmo.
O conceito é fascinante: cada Reed do multiverso acredita poder consertar a realidade, mas a um preço alto, abrir mão da própria família. Diante dessa escolha, o Reed do universo principal percebe que sua verdadeira força não está apenas em sua mente brilhante, mas nos laços que o unem a Sue, Ben e Johnny. Consertar tudo é uma obra que combina inteligência e emoção, reafirmando que o Quarteto Fantástico é, acima de tudo, uma história sobre amor, sacrifício e humanidade.
Prisioneiros do Doutor Destino

Em Prisioneiros do Doutor Destino, publicado ainda na Era de Prata, o Doutor Destino faz sua estreia como vilão. O arco, assinado por Lee e Kirby, estabelece os alicerces da rivalidade entre Reed Richards e o soberano da Latvéria. Nessa aventura, o Quarteto é levado a uma jornada temporal que coloca o Coisa na pele do lendário pirata Barba Negra, num episódio que mistura humor, ação e fantasia.
Embora seja uma história simples pelos padrões atuais, ela introduz todos os elementos que fariam de Destino um dos maiores vilões da ficção: sua vaidade, sua inteligência incomparável e sua sede de poder. Décadas depois, ainda é possível sentir o impacto desse confronto inaugural.
Faça-se… a vida!

O arco Faça-se… a vida! celebra o coração emocional do Quarteto Fantástico: a família. Quando Sue Storm entra em trabalho de parto, Reed Richards descobre que a energia cósmica em seu corpo ameaça a vida dela e do bebê. Determinado a salvá-los, ele parte com Ben e Johnny em uma perigosa expedição pela Zona Negativa em busca do Elemento X.
É nessa jornada que o grupo enfrenta Annihilus, um dos vilões mais temidos do universo Marvel. O resultado é uma das histórias mais tocantes da dupla Lee e Kirby, equilibrando aventura cósmica e emoção genuína. Dela nasce Franklin Richards, um dos personagens mais poderosos e simbólicos da editora — a representação viva da esperança no seio da Primeira Família.
Virado do avesso

Na história Virado do avesso, escrita por Mark Waid e ilustrada por Mike Wieringo, o Quarteto Fantástico é apresentado a uma nova geração de leitores. A edição começa de forma leve e divertida, mas se encerra com um momento de rara sensibilidade: Reed Richards conta para sua filha Valéria a origem do grupo, confessando que toda a jornada heróica nasceu de um erro, e que as aventuras do Quarteto são, no fundo, uma forma de ele se redimir.
Essa releitura emociona por revelar o peso da culpa e o amor por trás das façanhas heroicas. A humanidade dos personagens se torna o verdadeiro poder da equipe.
Trilogia Galactus

Nenhuma lista estaria completa sem a lendária Trilogia Galactus, publicada em 1966. Nos três capítulos que vão das edições 48 a 50, o Surfista Prateado chega à Terra anunciando o iminente ataque de Galactus, o devorador de mundos. Incapazes de derrotá-lo pela força, o Quarteto precisa usar inteligência e compaixão para salvar o planeta.
Com desenhos arrebatadores de Jack Kirby e texto inspirado de Stan Lee, essa história elevou os quadrinhos a um novo patamar narrativo. Os conceitos cósmicos e o conflito moral entre destruição e piedade transformaram o gênero de super-heróis para sempre. É a essência do que o Quarteto Fantástico representa: coragem diante do impossível e fé na capacidade humana de fazer o bem.
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