O Miles Morales conquistou espaço definitivo no universo da Marvel ao provar que pode carregar o manto do Homem-Aranha com identidade própria. Desde sua estreia, o herói se destacou pela força emocional de suas histórias, pelas diferenças fundamentais em relação ao Peter Parker e por uma galeria de ameaças que cresce a cada nova fase. As narrativas que marcaram sua trajetória reforçam não apenas sua relevância, mas também sua capacidade de renovar temas clássicos do Aranha para novas gerações. A seguir, estão as sagas que melhor demonstram essa evolução.
Carnificina Absoluta: Miles Morales

Carnificina Absoluta: Miles Morales coloca o herói frente a uma das entidades mais aterrorizantes da Marvel, o Carnificina. A minissérie transforma cada página em um exercício de tensão ao acompanhar a tentativa do vilão de ampliar seu domínio simbiótico. Nessa história, o Miles forma uma improvável aliança com o Escorpião, já que ambos se tornam alvos diretos do massacre que se espalha pelas ruas.
A atmosfera de horror é reforçada pela arte de Federico Vicentini e Erick Arciniega, que tratam o simbionte como uma ameaça quase sobrenatural. É uma história curta dentro do grande evento Carnificina Absoluta, mas suficientemente intensa para mostrar o quanto o Miles consegue transitar entre o sci-fi e o terror sem perder sua essência de herói urbano.
A Saga do Clone

A Saga do Clone do Miles Morales revisita um dos temas mais polêmicos do Homem-Aranha, mas oferece uma abordagem muito mais equilibrada. Em vez do Chacal, o vilão central é Selim, o clone distorcido do próprio Miles, cuja existência desencadeia uma série de crimes que recaem injustamente sobre o herói. Até mesmo o Peter Parker desconfia do jovem Homem-Aranha, o que evidencia a gravidade da situação.
A condução de Saladin Ahmed destaca o peso emocional das acusações que recaem sobre o Miles, mostrando como a reputação do herói passa a ser colocada em risco. A arte de Carmen Carnero acompanha a narrativa com fluidez e energia. O arco funciona como uma reparação histórica, já que transforma um tema odiado nos anos 90 em uma exploração madura sobre autoconhecimento, impostores e legado.
Direto do Brooklyn

Direto do Brooklyn marca o relançamento das aventuras do Miles em 2019, agora definitivamente integrado ao universo 616. A história apresenta o herói como defensor oficial de seu bairro, atuando ao lado do Peter Parker, mas sem depender da sombra do Homem-Aranha original. É nessa fase que o Miles encara figuras tradicionais como o Rhino e o Túmulo, além de conhecer novos personagens, como a jovem Starling.
O arco reforça o vínculo do herói com sua comunidade, algo essencial para diferenciá-lo de outras versões do Aranha. Ao percorrer as ruas do Brooklyn, o Miles mostra carisma, coragem e um senso de dever que o coloca exatamente no papel que sempre sonhou ocupar: o de protetor de seu povo.
Miles Morales – O fim

Miles Morales – O fim apresenta uma visão futura em que Nova York foi devastada por monstros, deixando apenas o Brooklyn como último bastião seguro. Nessa realidade, o Miles está na casa dos 60 anos e atua como o líder conhecido como El Alcalde, mantendo viva a tradição do Homem-Aranha ao lado de Maxine, filha de seu falecido melhor amigo, o Ganke.
A história se diferencia de outros finais clássicos, já que evita o pessimismo exagerado. Saladin Ahmed constrói uma narrativa que exalta a persistência, a esperança e o impacto do herói sobre gerações inteiras. A arte vibrante de Damian Scott e Dono Sánchez-Almara contribui para dar vida a um futuro duro, porém luminoso. É uma despedida que honra o personagem sem perder o tom otimista que o define.
Julgamento aracnídeo

Julgamento aracnídeo representa um ponto de virada para o Miles Morales ao abordar um dos desafios que mais o acompanhou desde sua criação, o fato de herdar vilões originalmente concebidos para o Peter Parker. O início do arco coloca o herói novamente frente ao Escorpião, mas rapidamente apresenta Rabble, uma nova inimiga com motivações complexas e um ódio direcionado diretamente ao Miles.
A personagem simboliza desigualdades e ressentimentos sociais, algo que a torna mais do que uma antagonista comum. A condução de Cody Ziglar e a arte dinâmica de Federico Vicentini renovam a série e consolidam o Miles como alguém capaz de inspirar inimigos, aliados e cidadãos de forma independente. O arco se destaca por oferecer ao herói a narrativa que muitos fãs aguardavam, uma história que deixa clara sua singularidade dentro da mitologia do Homem-Aranha.
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