O Homem-Aranha trouxe uma nova perspectiva para os quadrinhos da Marvel quando surgiu em 1962. Diferente dos deuses, soldados ou bilionários que povoavam as páginas da editora, Peter Parker era apenas um adolescente comum que ganhou poderes após ser picado por uma aranha radioativa. Essa origem simples, somada às dificuldades cotidianas que enfrentava, fez com que suas histórias tivessem uma proximidade inédita com o público.
Ao longo das décadas, os leitores acompanharam o amadurecimento de Peter Parker, o peso de suas escolhas e a dor de suas perdas, sempre equilibrando a vida pessoal e a responsabilidade de ser herói. Essa trajetória resultou em algumas das sagas mais marcantes dos quadrinhos, que moldaram não apenas o personagem, mas também a história dos super-heróis.
A Volta do Uniforme Negro

Lançada em 2007, “A Volta do Uniforme Negro” mostrou um Peter Parker consumido pela dor e pela fúria após os eventos de Guerra Civil. Depois que sua identidade foi revelada publicamente, a Tia May acabou alvejada por um assassino, levando o herói a vestir novamente o uniforme negro. Essa escolha não simbolizava apenas uma mudança estética, mas um mergulho em um lado mais sombrio e vingativo do personagem.
A trama colocou o Homem-Aranha no limite, quase cruzando a linha da violência irreversível contra o Rei do Crime. A saga é lembrada como uma das mais intensas e maduras do herói, revelando até onde Peter poderia ir em nome de sua família.
Restos mortais

A saga“Restos mortais” levou o herói a enfrentar um dos inimigos mais perturbadores de sua galeria: o demoníaco Kindred. Repleto de mistérios, o arco apresentou vilões ressuscitados e colocou o herói em confrontos com figuras que já haviam feito parte do Sexteto Sinistro.
Com reviravoltas impactantes, incluindo a participação de Norman e Harry Osborn, a história destacou o lado psicológico de Peter Parker, explorando traumas antigos e reforçando a dificuldade de carregar o legado do Homem-Aranha.
Homem-Aranha Nunca Mais

Homem-Aranha Nunca Mais é indiscutivelmente uma das histórias mais icônicas do Cabeça de Teia. Cansado de ser tratado como uma ameaça pela opinião pública e perseguido implacavelmente por J. Jonah Jameson, Peter decide abandonar o uniforme e tentar levar uma vida comum.
A ausência do herói, no entanto, abre espaço para a ascensão do Rei do Crime, que faz sua estreia nessa saga. No fim, Peter percebe que não pode negar sua responsabilidade, e o icônico quadro do uniforme abandonado no beco tornou-se uma das imagens mais marcantes da cultura pop.
Ilha das Aranhas

Em 2011, Dan Slott apresentou uma trama ousada: toda Manhattan ganhou poderes semelhantes aos do Homem-Aranha. O resultado foi o caos absoluto, com cidadãos comuns se tornando heróis, criminosos e até monstros aracnídeos.
Com aliados como os Vingadores ao seu lado, Peter precisou enfrentar o Chacal e a Rainha-Aranha para impedir que a cidade fosse consumida pela epidemia. A saga é lembrada pelo dinamismo da narrativa e pela forma como expandiu o universo do herói, além de dar destaque a personagens secundários, como Kaine.
Aranhaverso

Muito antes de ganhar uma versão animada de sucesso nos cinemas, o Aranhaverso já havia conquistado os leitores dos quadrinhos em 2014. Escrita por Dan Slott e ilustrada por Olivier Coipel, a saga trouxe dezenas de versões alternativas do herói, como o Miles Morales, a Spider-Gwen, o Homem-Aranha Noir e até o irreverente Spider-Ham.
A ameaça central era a família dos Herdeiros, liderada por Morlun, que caçava e devorava todos os “totens da aranha” espalhados pelo multiverso. Além da grandiosidade da trama, o arco reforçou a ideia de que o manto do Homem-Aranha transcende Peter Parker, sendo um símbolo de coragem e responsabilidade em qualquer realidade.
A Morte do Homem-Aranha

No universo Ultimate, a morte de Peter Parker em 2011 chocou leitores do mundo todo. Ainda adolescente, ele sacrificou sua vida para salvar a Tia May e Mary Jane de um ataque do Duende Verde. O momento em que morre nos braços de MJ é até hoje um dos mais emocionantes já escritos para o personagem.
A saga não apenas marcou o fim de uma era, como também abriu caminho para a chegada de Miles Morales, que assumiu o legado do Homem-Aranha e se tornou um dos heróis mais populares da Marvel nos anos seguintes.
A Morte de Jean DeWolff

Em uma das histórias mais sombrias do herói, publicada em Peter Parker, The Spectacular Spider-Man, o assassinato da detetive Jean DeWolff, amiga próxima do herói, levou Peter a uma caçada brutal contra o vilão Devorador de Pecados. A narrativa destacou o lado mais humano e falho do herói, que quase sucumbiu à violência em busca de justiça.
Com a participação do Demolidor, a trama explorou dilemas éticos e emocionais raramente vistos nas HQs da época, tornando-se um clássico absoluto.
A Noite em que Gwen Stacy Morreu

Publicado nas edições 121 e 122 de The Amazing Spider-Man, este arco mudou para sempre a vida de Peter Parker e a história dos quadrinhos. Gwen Stacy, o grande amor de sua juventude, foi morta pelo Duende Verde durante um confronto em uma ponte. Mesmo tentando salvá-la com suas teias, o impacto acabou quebrando seu pescoço.
A perda irreversível marcou Peter para sempre e mostrou que nem mesmo os super-heróis conseguem salvar todos. A morte de Gwen também foi um divisor de águas para a indústria, trazendo histórias mais sombrias e realistas.
A Última Caçada De Kraven

Considerada por muitos como a maior história do Homem-Aranha, “A Última Caçada de Kraven” apresentou o vilão em sua versão mais sombria. Obcecado em provar ser superior ao herói, Kraven captura Peter, o enterra vivo e assume sua identidade, patrulhando a cidade no lugar dele.
Quando o herói consegue escapar, descobre que Kraven já havia alcançado seu objetivo. Sem nada mais a provar, o vilão tira a própria vida. Escrita por J.M. DeMatteis e ilustrada por Mike Zeck, a saga é lembrada como um marco de maturidade nos quadrinhos da Marvel, unindo tensão psicológica e arte memorável.
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