Kara Zor-El, ou mais conhecida como a Supergirl, é uma das personagens mais importantes da mitologia da DC Comics. Prima do Superman e sobrevivente de Krypton, a heroína já passou por inúmeras fases nos quadrinhos, com roteiristas explorando desde sua fúria até sua busca por identidade em um mundo que nem sempre a compreende. Entre tantas histórias, algumas se destacam como fundamentais para entender sua trajetória.
A Filha Vermelha de Krypton
Em Red Daughter of Krypton, um dos arcos mais marcantes da fase Novos 52, a jovem kryptoniana enfrenta suas dores mais profundas após batalhas intensas contra o Cyborg Superman e H’el. Tomada pela raiva, Kara acaba escolhida por um anel vermelho da Tropa dos Lanternas Vermelhos e se junta ao grupo liderado por Guy Gardner. A saga traz confrontos com vilões como Lobo, Atrocitus e o ameaçador Worldkiller, além de mergulhar nos conflitos internos da heroína.
Fuga da Zona Fantasma
No arco Fuga da Zona Fantasma, a Supergirl se une à Batgirl em uma investigação que revela mensagens telepáticas vindas de uma prisioneira mantida em um laboratório da Cadmus. As duas heroínas acabam presas na Zona Fantasma e precisam lutar lado a lado para escapar. Essa história fortalece o elo entre Kara e outras figuras centrais da DC, mostrando sua capacidade de trabalhar em equipe.
A Caçada por Reactron
Durante o período em que a Terra se voltou contra Nova Krypton, a Supergirl viveu momentos turbulentos em A Caçada por Reactron. Ao lado do Asa Noturna e Labareda, ela é acusada injustamente de crimes e perseguida após a suposta morte de Mon-El. O trio precisa enfrentar tanto a desconfiança pública quanto o vilão Reactron, em uma trama marcada por intrigas políticas e dilemas pessoais.
Corpo e Alma
Nos anos 1990, Peter David reinventou a personagem com Body & Soul. Nessa fase, Linda Danvers, uma jovem envolvida em atividades criminosas, é salva ao se fundir com a entidade Matrix, que carregava a essência da Supergirl. O arco explora temas existenciais como céu e inferno, luz e trevas, trazendo um tom mais sombrio à personagem, mas sem perder o otimismo. Foi um passo importante para reintroduzir a Supergirl no cenário moderno dos quadrinhos.
A Última Filha de Krypton
Entre as histórias mais emblemáticas da fase Novos 52 está The Last Daughter of Krypton. Nela, Kara chega à Terra sem compreender sua situação, acreditando que Krypton ainda existe. Surpresa ao encontrar Kal-El adulto e como herói estabelecido, ela é capturada pelo vilão Simon Tycho, que deseja explorar seu traje kryptoniano. A saga revisita sua origem de forma moderna e emocionante.
Supergirl: Sendo Super
Lançada em 2016, a minissérie Supergirl: Sendo Super, escrita por Mariko Tamaki e ilustrada por Joëlle Jones, oferece uma visão fora da cronologia oficial. Nessa versão, Kara não tem passado em Krypton nem chega à Terra com o objetivo de proteger o primo Superman. A história se concentra em sua adolescência, explorando dilemas de identidade, autodescoberta e os desafios típicos de crescer diferente em um mundo comum. Mais do que uma aventura de super-herói, é um verdadeiro conto de amadurecimento.
Supergirl: Mulher do Amanhã
Lançada em 2021, a minissérie Supergirl: Mulher do Amanhã, escrita por Tom King e ilustrada por Bilquis Evely, é considerada uma das histórias mais importantes da personagem. A trama mostra Kara em crise, lidando com a culpa de ter sobrevivido à destruição de Krypton e questionando seu papel no universo. Esse momento de fragilidade muda quando a jovem Ruthye pede ajuda a Kara após seu pai ter sido assassinado pelo vilão Krem.
A jornada espacial que se segue aprofunda os traumas da Supergirl e destaca o que a diferencia do Superman: Kara lembra de Krypton e carrega essa perda diariamente. Ainda assim, a história mostra uma heroína que escolhe a empatia e a compaixão, não por ingenuidade, mas por resistência. Com uma narrativa intimista e arte marcante, Mulher do Amanhã consolida Kara Zor-El como uma figura complexa, madura e essencial dentro do universo da DC Comics.
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