Guillermo del Toro, vencedor do Oscar e conhecido por sua estética sombria e poética em filmes como A Forma da Água e O Labirinto do Fauno, revelou recentemente seu interesse em dirigir uma nova adaptação de O Fantasma da Ópera. O cineasta comentou o assunto durante uma entrevista ao portal Inverse, explicando que já tem “algumas ideias” para o projeto, embora ele ainda não esteja entre suas prioridades imediatas.
Del Toro destacou que, caso venha a dirigir o longa, pretende fazer algo diferente das versões anteriores. “É um conto clássico, mas eu faria de outro modo”, afirmou. Por enquanto, o diretor segue envolvido em dois outros projetos: um thriller policial intitulado Fúria e uma animação em stop-motion, ambos em estágios avançados de desenvolvimento.
Um interesse antigo e uma nova fase criativa
Essa não é a primeira vez que Guillermo del Toro manifesta interesse em reinterpretar histórias icônicas da literatura. Recentemente, ele realizou um antigo sonho ao adaptar Frankenstein, de Mary Shelley, filme que estreou nos cinemas e chega à Netflix em 7 de novembro. A produção conta com Oscar Isaac e Jacob Elordi no elenco e já vem sendo apontada como um dos trabalhos mais pessoais de sua carreira.
Segundo o próprio diretor, Frankenstein marca o encerramento de uma fase artística dominada por mundos fantásticos e criaturas trágicas. “Sinto que preciso de uma mudança”, declarou (via Empire Magazine). Essa nova etapa de sua trajetória parece voltada para narrativas mais intimistas, explorando o humano dentro do grotesco.
O clássico de Gaston Leroux e a visão de del Toro
Publicado originalmente em 1909 pelo escritor francês Gaston Leroux, O Fantasma da Ópera é uma das histórias góticas mais adaptadas da história. Ambientado no final do século XIX, o romance narra a vida de Christine Daaé, uma jovem soprano que desperta a obsessão de um misterioso homem mascarado que vive nos subterrâneos da Ópera de Paris.
A obra já ganhou inúmeras versões, desde o icônico filme mudo de 1925, estrelado por Lon Chaney, até o musical de Andrew Lloyd Webber, que se tornou um fenômeno mundial e inspirou a adaptação cinematográfica de 2004, com Gerard Butler e Emmy Rossum.
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