Amy Lynn Bradley, de 23 anos, desapareceu misteriosamente durante um cruzeiro pelo Caribe em 24 de março de 1998. A bordo do Rhapsody of the Seas, da Royal Caribbean, a jovem viajava com a família em direção a Curaçao, quando simplesmente sumiu sem deixar vestígios. A última vez em que foi vista, Amy estava descansando na varanda da cabine da família, pouco antes das 6h da manhã.
Mais de duas décadas depois, a pergunta segue sem resposta: o que aconteceu com Amy Bradley? A série documental da Netflix Onde Está Amy Bradley?, lançada em julho de 2025, revisita o caso e apresenta novas pistas e teorias sobre o desaparecimento.
O último momento em que Amy foi vista
Na noite anterior ao desaparecimento, Amy e seu irmão Brad aproveitaram a boate do navio, dançando com passageiros e membros da tripulação. Ambos voltaram à cabine por volta de 3h40. Amy preferiu ficar na varanda, buscando ar fresco, enquanto o irmão foi dormir.
O pai da jovem, Ron, acordou às 5h30 e viu Amy dormindo na espreguiçadeira. Meia hora depois, ela havia desaparecido. Seus chinelos e a camiseta amarela que usara na noite anterior ficaram para trás, mas seu isqueiro e maços de cigarro haviam sumido.
Inicialmente, a família pensou que ela estivesse tirando fotos ou tomando café. Porém, ao notar que Amy não estava em lugar algum, Ron percorreu o navio por mais de uma hora antes de alertar a esposa. Eles imploraram aos responsáveis do cruzeiro que impedissem o desembarque em Curaçao, mas não foram atendidos.
Suspeitas sobre o músico da banda
Durante a noite na boate, Amy foi vista com Alister “Yellow” Douglas, integrante da banda do navio. Ele alegou ter se retirado cedo, por volta de 1h, mas testemunhas afirmaram tê-lo visto com Amy no elevador entre 5h e 6h da manhã. Uma passageira afirmou ter visto Douglas sozinho 15 minutos depois.
Além disso, Brad relatou uma conversa estranha com o músico. Na manhã do desaparecimento, Douglas se aproximou e disse estar “arrependido pelo ocorrido com sua irmã”, apesar de, até então, a informação só ser conhecida pela família e pela equipe do navio. Douglas foi interrogado pelo FBI, mas nenhuma evidência concreta surgiu contra ele.
Avistamentos não confirmados e esperanças renovadas
Meses após o desaparecimento, relatos começaram a surgir. Um taxista em Curaçao reconheceu Amy em um folheto e afirmou tê-la visto procurando por um telefone logo após o navio atracar. Pouco tempo depois, Brad acreditou ter ouvido sua irmã gritar seu nome de dentro de uma van que passava. Ao alcançar o veículo, encontrou apenas um homem idoso.
Em agosto de 1998, um turista canadense disse ter visto Amy na praia com dois homens. Ele reconheceu as tatuagens da jovem, incluindo a de um diabo da Tasmânia. Segundo ele, quando os homens notaram sua presença, afastaram Amy imediatamente.
O testemunho de um militar e fotos perturbadoras
No ano seguinte, um oficial da Marinha relatou ter encontrado uma mulher em um bordel de Curaçao que se apresentou como Amy. Ela disse ter deixado o navio voluntariamente para comprar drogas, mas acabara sendo mantida presa por homens locais. O militar afirmou que só percebeu a gravidade do relato anos depois, ao ver o rosto de Amy em uma revista.
Em 2005, a família recebeu fotos anônimas de uma mulher em um site de acompanhantes no Caribe, identificada como “Jas”. As imagens eram chocantes. Apesar do cabelo mais longo e da maquiagem pesada, a semelhança com Amy era inegável. O FBI analisou as fotos e concluiu que havia uma grande possibilidade de que a mulher fosse mesmo Amy, mas não conseguiu rastrear o site de origem.
Ainda em 2005, uma turista relatou um encontro inusitado em um banheiro em Barbados. Após ouvir homens saindo do local, ela encontrou uma mulher com expressão de medo que disse se chamar Amy.
As principais teorias sobre o que aconteceu com Amy
Diversas hipóteses foram levantadas desde 1998. Uma delas sugere que Amy pode ter caído do navio, mas especialistas afirmam que, devido às condições marítimas, o corpo teria sido encontrado. Outra teoria é de que ela tenha sido drogada e sequestrada dentro do navio, ou que foi forçada a sair da embarcação contra sua vontade.
A família acredita na possibilidade de tráfico humano. Segundo a mãe, Iva, a ausência de evidências aponta para algo planejado. “Meu instinto de mãe me diz que alguém a levou”, afirmou. Outra possibilidade discutida é de que Amy possa ter fugido e esteja vivendo escondida por vontade própria. Essa hipótese ganhou força após acessos suspeitos ao fórum amybradleyismissing.com, vindos de IPs localizados em Barbados, justamente em datas significativas para a família.
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