O Reino de Manetheren, nome que ressoa como lenda entre os personagens da série A Roda do Tempo, ganha contornos mais definidos na terceira temporada da adaptação da Prime Video. Embora hoje o povo de Duas Rios seja conhecido por sua vida pacata de pastores e agricultores, suas raízes remontam a uma das nações mais corajosas e poderosas da história desse mundo fantástico.
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Nos episódios mais recentes, especialmente no capítulo 7, a resistência dos moradores contra os Trollocs e os Filhos da Luz desperta não só um espírito de luta, mas também o orgulho de uma herança que remonta à Era das Lendas. A narrativa da série se entrelaça com a tradição oral e os fragmentos históricos que contam a saga de Manetheren, o “Lar da Montanha”.
A origem de Manetheren: resiliência após a Quebra do Mundo
Manetheren surgiu como uma das dez grandes nações que floresceram após a devastadora Quebra do Mundo, um evento catastrófico causado por canalizadores enlouquecidos que alteraram a geografia do planeta. Montanhas foram erguidas, litorais redesenhados e novos territórios emergiram da destruição. Foi nesse cenário que os primeiros assentamentos de Manetheren se estabeleceram entre as Montanhas da Névoa, onde encontraram terras férteis e vastas reservas minerais.
No ano 100 da Era das Lendas (AB), Manetheren já era reconhecida como uma nação estruturada. Seu nome, que significa “Casa da Montanha” na Língua Antiga, refletia tanto sua localização quanto seu espírito inabalável.
A ascensão econômica e militar do reino
Com o tempo, Manetheren consolidou poder e riqueza. Suas moedas de ouro tornaram-se referência para as economias das demais nações. Pontes e estradas foram construídas por habilidosos pedreiros, facilitando o comércio e a integração territorial. A convite do reino, os Ogier — raça conhecida por sua arquitetura grandiosa — ergueram cidades e portais mágicos (waygates), conectando o reino a outros territórios.
A tradição real de Manetheren também possuía características marcantes. As rainhas, frequentemente treinadas como canalizadoras, governavam com os maridos servindo como Guardiões. Essa prática reforçava o poder mágico da linhagem nobre e dava ao reino uma liderança unificada entre magia e força militar. Os Primeiros Lordes, membros da alta nobreza, também tinham grande influência sobre o destino do reino.
Esse conjunto de elementos fez de Manetheren uma potência militar respeitada, especialmente pela sua posição firme contra as forças da Sombra, o que lhe rendeu o apelido de “a espada que não se quebra”.
Manetheren nos tempos de guerra: bravura diante da escuridão
Durante as Guerras dos Trollocs, que começaram por volta do ano 1000 AB, Manetheren esteve na linha de frente da defesa contra os exércitos do mal. Sua bandeira azul com a águia vermelha era vista em praticamente todos os campos de batalha. O reino lutava não apenas para se proteger, mas também para socorrer outras nações ameaçadas.
Contudo, mesmo com sua força, Manetheren enfrentou o abandono. No que seria uma de suas últimas batalhas, reforços prometidos por Aes Sedai foram negados e os Ogier, embora dispostos a ajudar, chegaram tarde demais. O sacrifício do povo de Manetheren, que resistiu até o último homem, virou canção e lenda. Após sua queda, seus antigos territórios deram origem a novos reinos, como Farashelle e Dhowlan.
A herança viva em Duas Rios e a liderança de Perrin
Na terceira temporada da série, a lembrança de Manetheren ganha nova vida. Perrin Aybara retorna e encontra seu povo acuado pelos Filhos da Luz e ameaçado por Trollocs. Sua presença e determinação inspiram os moradores, despertando um senso de identidade adormecido. O que antes era apenas lembrança transformou-se em força.
Arqueiros habilidosos, coragem diante do inimigo e a recusa em se submeter revelam que, embora o reino tenha desaparecido fisicamente, o espírito de Manetheren permanece vivo nos corações dos habitantes de Duas Rios. A forma como chamam Perrin de “Senhor Perrin”, mesmo contra sua vontade, indica que veem nele uma liderança que remonta aos tempos antigos.
Porém, com Perrin agora prisioneiro dos Filhos da Luz, a vila enfrenta um novo dilema. Devem os moradores buscar sua libertação, mesmo que isso signifique desafiar seus opressores, ou deixar que o destino siga seu curso?
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