A série da Netflix Monstros: Irmãos Menendez adapta diversos fatos reais do caso envolvendo Erik e Lyle Menendez, mas, como em muitas produções baseadas em crimes verídicos, também apresenta discrepâncias em relação à história real. Embora o programa tenha sido elogiado por sua fidelidade a alguns aspectos do caso, certos detalhes foram modificados ou dramatizados. A seguir, sete exemplos de diferenças entre a série e os eventos reais.
1. Lyle e Erik Menendez não tinham um relacionamento incestuoso
Um dos aspectos mais criticados de Monstros: Irmãos Menendez é a insinuação de que Lyle e Erik tinham uma relação incestuosa. Embora rumores sobre isso tenham surgido durante o julgamento real, ambos os irmãos negaram qualquer envolvimento sexual entre eles. A série, ao tocar nesse ponto sem evidências concretas, foi alvo de críticas por distorcer a relação entre os irmãos para fins dramáticos.
2. José Menendez provavelmente não viu os filhos atirando nele
Na série, José Menendez vê os filhos abrirem a porta da sala e atirarem nele. No entanto, relatos do crime real indicam que ele foi atingido à queima-roupa na parte de trás da cabeça, o que sugere que ele não viu os assassinos. Esse é um exemplo de como a dramatização opta por alterar a cena para intensificar o impacto emocional, enquanto a realidade sugere que José não teve tempo de perceber o que estava acontecendo.
3. Os irmãos não deixaram a casa após o assassinato
Na produção, os irmãos são mostrados saindo de casa após o assassinato dos pais, primeiro indo ao cinema e depois a um restaurante para criar um álibi. Na vida real, porém, Erik Menendez revelou que eles não saíram da casa após o crime, mas ficaram esperando que a polícia chegasse. Eles alegaram que estavam no cinema, mas não tentaram criar um álibi circulando pela cidade como mostrado no programa.
4. A cronologia da confissão de Erik está incorreta
A série retrata Erik confessando os assassinatos ao terapeuta antes de a polícia tentar obter uma confissão dele por meio de seu amigo, Craig Cignarelli. Na realidade, a polícia pediu a Cignarelli que tentasse fazer Erik confessar antes de sua sessão de terapia. Essa inversão de eventos muda a sequência de como as investigações avançaram e como os irmãos foram presos.
5. Lyle e Erik não foram presos na mesma instalação
Em Monstros, Lyle e Erik são mostrados em celas adjacentes após a prisão, com cenas que mostram os irmãos encontrando conforto no fato de estarem juntos. Na realidade, após a prisão, eles foram mantidos em instalações separadas, e seus julgamentos também ocorreram separadamente, com diferentes jurados. A série toma uma liberdade criativa ao reunir os irmãos após a prisão para intensificar a narrativa emocional.
6. Leslie Abramson incentivou a arrecadação de fundos para seus honorários
Na série, a advogada de Erik, Leslie Abramson, repreende os irmãos por tentarem arrecadar fundos para pagar seus honorários, alegando que isso afetaria negativamente sua imagem. No entanto, na vida real, Abramson apoiou a ideia da arrecadação e até incentivou as doações. Ela chegou a afirmar que, se tivesse recursos, representaria Erik gratuitamente, mas, como sustentava uma família, precisava do dinheiro para continuar o caso.
7. Lyle e Erik também acusaram Kitty de abuso
Na série, Kitty Menendez, a mãe dos irmãos, é retratada como uma cúmplice passiva que sabia dos abusos de José contra os filhos, mas optava por ignorar. No entanto, na vida real, Lyle e Erik também acusaram sua mãe de abuso, alegando que ela era fisicamente violenta. A omissão desse detalhe no programa busca talvez uma abordagem mais neutra, mas acaba deixando de fora um aspecto importante da dinâmica familiar retratada no julgamento.
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