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Ser Jogador no Brasil é coisa de Rico? Claro que não.

Fala, galera, tudo bom com vocês? O artigo de hoje é um pouco diferente do normal, já que eu vou responder a outro artigo que lança a pergunta que está no título desse texto. Essa pergunta foi feita pelo Daniel Gomes, no site Marketing e Games. Na postagem dele, ele disse que, sim, é preciso ser rico para ser um jogador no Brasil, bom, eu discordo, e vou explicar porquê.

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Um dos primeiros argumentos que ele usa é o fato do preço dos lançamentos do Brasil serem caros pra cacete. Eu concordo, porém, quem realmente vive só de lançamentos? Ok, pagar 200 reais num jogo não é pra todo mundo, mas eu realmente não conheço quem faça isso todo mês (além de mim, mas como isso faz parte do meu trabalho, faz de conta que é pra escrever os reviews e postar os gameplay no canal do Critical). Nem nos EUA e na Europa isso é tão comum assim.

Continuando, você realmente precisa comprar aquele jogo no lançamento? Volta e meia, os jogos acabam ganhando algum desconto, ou alguma promoção, e quem garimpa bem acaba encontrando maneiras de pagar menos por jogos originais. Há muito tempo, eu escrevi um artigo que falava de maneiras para sermos gamers no Brasil e não irmos à falência. Vamos recapitular algumas alternativas para economizar:

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Distribuição digital

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Você já comprou algum jogo digitalmente? Funciona quase da mesma maneira que comprar um jogo na loja, com a diferença que você ganha direito a baixar ele quantas vezes quiser direto pro HD do console, ou seja, você não tem a caixinha, mas tem o jogo. Tanto no Xbox 360/One quanto no PS3/4 é possível comprar jogos de maneira digital e economizar uma boa grana em promoções e até trocando a região da loja e pagando os preços em dólar. Atualmente, 60 dólares dá uns 150 reais, o que significa que você economiza mais ou menos 50 reais dependendo do lançamento em questão.

Compra de sites do exterior

Essa é outra alternativa para os que gostam de caixinhas ou querem comprar algum jogo que não seja lançamento. Há várias lojas que vendem jogos novos ou usados como a eStarland, Mariio 128, Play Asia, além do próprio eBay. Há o tradeoff do tempo que o jogo demora para chegar, e às vezes demora mesmo, como a coletânea God of War Saga que eu comprei em novembro e chegou em março, mas considerando que eu paguei 60 reais por 5 jogos, até que não doeu tanto assim esperar.

Humble Bundle

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Essa é a melhor opção para quem quer ser um “gamer com orçamento”. O Humble Bundle é uma puta alternativa de comprar jogos originais a preço de banana e não apenas jogos indie. Muitas grandes produtoras estão aderindo ao Humble Bundle e colocando seus jogos lá. Ano passado nós tivemos grandes jogos aqui, como Hotline Miami, Dead Space 1 e 3, Battlefield 3, Crysis, Alan Wake, Saints Row… etc. Aqui tem uma lista gigantesca com todos os jogos que já pintaram por lá até agora. Geralmente um Humble Bundle custa menos que um Cheddar McMelt, convenhamos que é um preço bastante justo, né?

Usados e briques

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Outra maneira bem famosa de conseguir jogos é nos briques do Facebook. Oras, você vai lá, oferta seu jogo, troca ele por outro e assim duas pessoas estão com um jogo novo, ou novo para elas pelo menos. Diversas pessoas preferem só trocas, então no fim das contas você acaba não gastando um centavo no segundo jogo.

Mas e o console, como eu compro?

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Saber quando comprar o console é principal questão, muito mais importante do que qual console comprar. Eu diria que a melhor época do ano para comprar um console é em novembro, durante a Black Friday. A maioria das lojas faz boas promoções nessa época do ano e você acaba conseguindo comprar por preços bem interessantes. Fora dessa época do ano, ainda há algumas promoções bem interessantes. Ok, ninguém vai ver um Xbox One sendo vendido por 500 reais, mas 1700 é bem menos do que 2300. É um começo.

Outras alternativas são recorrer ao mercado cinza (ninguém é burro o suficiente para pagar 4 mil por um console, ninguém, ou melhor, se é burro pra pagar isso por um console, merece ser burro mesmo) ou a usados.

Steam!

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Sim, fechando a nossa lista de lugares onde você pode comprar e não ter o rabo rasgado, temos o Steam, obviamente. O Steam aqui no Brasil é uma das melhores opções por diversos motivos. Primeiro, a cotação do dólar é quase 50 centavos menor do que a cotação verdadeira na maioria das vezes, fazendo jogos que saem por 60 dólares lá fora custarem 85~99 reais por aqui.

Tá certo que nem toda empresa pratica essa cotação, elas são minoria. Outra vantagem do Steam é que você pode parcelar jogos. Sério, nós pagamos menos que os gringos e ainda podemos fazer em 10~12 vezes um jogo. Melhor que isso só se nos dessem as keys de graça.

Enfim, acredito que isso seja o suficiente para provar que você não precisa ser rico para comprar jogos aqui no Brasil. Basta um pouco de boa vontade e de seletividade para saber bem onde vale a pena ou não investir o dinheiro. Para isso, a dica é ler notícias, reviews, assistir a gameplay e afins. Nem precisa ser aqui no Critical Hits, mas quanto mais informação, melhor, não concordam?

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.