Fala, galera, tudo bom com vocês?
Quem aí está indignado pelo fato de PlayerUnknown’s Battlegrounds estar na lista de indicados a jogos do ano? Você acha que é um absurdo um jogo em acesso antecipado estar lá? Acha que há jogos melhores do que Battlegrounds que ficaram de fora? Acha que o jogo devia ser otimizado antes de merecer qualquer tipo de elogio? Você está quase certo, mas deixa eu explicar porque você está um pouco errado.
Assim como Overwatch no ano passado, PlayerUnknown’s Battlegrounds é a grande história de sucesso de 2017. Que outro jogo surgiu do nada e movimentou milhões de jogadores ao mesmo tempo dia após dia? Que outro jogo tirou Dota 2 do trono de jogo mais jogado do Steam e triplicou os picos do jogo semana após semana? A resposta é nenhum, e por causa desse sucesso, seria um desrespeito deixar PUBG de fora da discussão.
É verdade, o jogo não merece vencer, e também é verdade, o jogo não é o mais original de todos os tempos, mas quem joga PUBG sabe que ele é um dos jogos mais divertidos e viciantes já lançados, e, no fim das contas, qual o objetivo de um jogo? Contar uma história ambiciosa e gigantesca? Trazer os melhores gráficos de todos os tempos? Divertir e integrar seus jogadores? Eu sinceramente acho que a resposta certa é essa última.
Overwatch venceu o jogo do ano em 2016 e ainda que o meu jogo do ano tenha sido Doom, eu compreendo o porquê. Exatamente pelo mesmo motivo que PUBG deva sim estar na discussão, por tudo isso que ele fez. Assim como Overwatch influenciou e vai influenciar mais jogos nos próximos anos, vocês podem apostar que muito jogo por aí vai ter um modo Battle Royale da vida tentando tirar uma casquinha de PUBG.
Assim como Dark Souls (não podemos fazer um texto sem comprar algo com o jogo da From Software, né?) influenciou uma porrada de jogos na última década, PlayerUnknown’s Battlegrounds provavelmente vai influenciar um monte de jogos daqui pra frente, como já tem feito. Até o grandioso GTA V lançou um modo Battle Royale. Fortnite é outro grande exemplo de jogo que bebe com tudo na fonte de PUBG e tem muito sucesso por causa disso.
E tudo isso sem cobrar um centavo dos jogadores por assinatura mensal, sem estar cheio de microtransações e tentativas de achacar o jogador e sem nenhum tipo de pay to win. Ah, e claro, custando metade do que um jogo completo de 60 dólares custa. Você ainda acha mesmo que o jogo não mereça ser indicado?
PlayerUnknown’s Battlegrounds não vai ganhar o título de jogo do ano. O meu palpite vai pra Zelda: Breath of the Wild, que é o grande merecedor do ano, mas ainda assim, é legal ver a BlueHole recebendo reconhecimento e sendo colocada numa posição de grandeza das desenvolvedoras, local esse que ela fez mais do que o suficiente para merecer.
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