E aí, molecada, mé que cês tão? Pois eu tô bem e acho que não tem jeito melhor de começar a semana (numa terça…)do falar de jogos bizarros. Afinal, o que seria do nosso mundo dos jogos se não fosse os desenvolvedores em suas trips malucas em busca de fazer um jogo inovador, mas que acabam fazendo… bem… coisas?
E já que a maioria da galera não pode conhecer esses belezinhas in loco (poucas vezes um termo em latim foi tão bem usado por mim), vou apresenta-las a vocês nessa segunda parte de três programadas sobre jogos bizarros que encontramos nos PCs.
5. Toilet Tycoon
A coisa mais legal dos jogos é que eles podem nos levar para qualquer lugar. Em qualquer tempo. Em qualquer localização. Como qualquer pessoa. Podemos liderar a humanidade para a grandiosidade, descobrir mistérios antigos, podemos explorar os limites da criatividade humana e ter todo o multiverso na ponta dos nossos dedos.
Ou não.
Ou a gente pode fingir que somos empresários fazendo dinheiro com a necessidade das pessoas de cagar. Toilet Tycoon é um Rollercooster Tycoon, só que ao invés de construir montanhas russas fodas ou outras atrações de um parque de diversões, vamos construir banheiros.
Não o bastante, os produtores consideraram uma sequencia, com melhorias na simulação envolvendo pesquisa, política e… mineração.
O que você mineraria num jogo onde você constrói banheiros? Tenho até medo de imaginar.
4. Limbo of The Lost
Esse jogo é o resultado de uma orgia bem maluca entre vários conceitos pops consagrados. O background de Oblivion e Thief, efeitos especiais do Spawn, colocaram um gargula do Beetlejuice no menu e a lista vai indo…
A mera ideia de que alguém possa criar um jogo com tanta referencias diferentes é bem bizarra. Mas o resultado final é ainda mais.
O jogo se passa numa cidade coberta por uma estranha neve que não é gelada. Aí você descobre que na verdade não é neve. É o pó que resta de corpos queimados. Temos um indio no jogo que realmente te chama de “cara pálida” e uma bruxa do mau chamada “Cranny Faggot”.
O nosso personagem principal, Briggs, supostamente o capitão do Maria Celeste, passa a maior parte do jogo tropeçando num submundo pedido ajuda para pessoas que estão claramente mais presas ali do que ele mesmo. E sabe o porque disso? Vai ter que pegar o segundo cd do jogo e ver.
Mas tudo bem. Você salva a humanidade. E sua recompensa é isso. E isso só não é mais incrível que o fato que esse jogo estava em produção desde que o Amiga era popular. E os caras pensaram em dar uma sequência ainda.
3. Zeno Clash
Um jogo de porradaria em primeira pessoa que prova que uma muqueta pode ser mais do que sua primeira opção quando a munição acaba. Mas o melhor do jogo mesmo é seu mundo aberto. Malucamente aberto.
Zeno Clash é uma tentativa máxima de se criar um mundo maneiro para explorar. Você é Ghat, um dos filhos de um pássaro hermafrodita chamado PaiMãe, num mundo onde a treta é o combustível da vida. E não é só o nome das criaturas e o mundo onde tudo é decidido na porrada, tudo no jogo é bizarro. Os inimigos, as roupas, os nomes, tudo.
Infelizmente, não existe uma exploração de verdade a ser feita, já que o jogo consiste em socar alguém na cara para ter o direito de socar outras pessoas na cara.
É um bom exemplo de que a fantasia no mundo dos jogos não tem – e nem precisa – ter limites e que não é preciso ficar sempre naquele estilo medieval que vemos sempre. Há espaço pra bastante loucura.
2. Plumbers Don’t Wear Ties
Com esse nome, todos esperamos um jogo pornô. Eu esperaria, pelo menos.
Por um bom tempo, Plumbers Don’t Wear Ties foi o marco oficial para jogos de baixa qualidade. Na maioria dos reviews o jogo é execrado. No resto, ele nem sequer é considerado um jogo. O que é bem justo, já que ele só tem essa consideração porque existem pessoas malucas no mundo. Como as que fizeram esse ~ jogo ~.
Na época em que se lançavam vários jogos que eram vídeos interativos, esse aqui se prestou a ser um SLIDESHOW interativo. É como se você fizesse um jogo no powerpoint. E a história, ou melhor dizendo, a “história” era sobre um encanador chamado John e uma office girls chamada Jane numa busca pelo amor. Jane então recebe uma proposta de casamento de seu desprezível chefe, o que leva aos três a uma cidade onde eles olham para as coisas. E é isso.
E não se deixe enganar pela imagem destaque e pela intro do jogo. Ele é tão erótico quanto candidíase. Existe, no meio das fotos, UM vídeo no jogo. Que tem nudez. Censurada. Mas você pode desbloquear com um código. O problema é que nessa altura do campeonato você já desistiu há anos do jogo.
Pelo lado bom, esse jogo tem tanta tecnologia envolvida em sua produção que ele pode ser inteiramente jogado no YouTube e todos podem ter acesso a um exemplo de quão baixo o homem pode chega por dinheiro.
1. GAG: The Impotent Mystery
Jogos raramente conseguem ser sexy. O máximo que conseguem fazer é colocar uns peitinhos pra fora e colocar uns caras sarados de protagonista porque, de resto, é uma mídia muito complicada de ser trabalhada nesse sentido.
Mas os russos não estão nem aí.
Na história de GAG: The Impotente Mistery, você é um agente secreto (que tem um cartão escrito “agente secreto”, então ele tem que ser bem bom no que faz) que fica impotente após ser mordido por um pinguim e tem que salvar o mundo de um grupo de satanistas do mal utilizando uma versão de Tetris, uma identidade falsa de ginecologista, uma galinha voadora e…peitos.
Ah, e ele tem uma nave do Myst no banheiro só por… sei lá, vai que precisa, né?
AVISO: o jogo tem nudez. Mas não se preocupe, ela é censurada.
Por pinguins.
Como assim “por quê?”?
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Vocês ainda querem mais bizarrices? Gostaram desses aí? Acharam que faltou mais coisa maluca? Mande seu comentário e converse com a gente. Depois vá descansar a cabeça após esse monte de locura. Ou confira nossa primeira parte do artigo.
E pare de jogar Plumbers Don’t Wear Ties no Youtube.
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