Desde seu inicio, os jogos de computadores estavam ali para nos oferecerem realidades simuladas, aventuras incríveis, RPGS épicos e criar experiências que até hoje moldam muito de nossos gostos. Mas, muitas vezes, os jogos abdicavam de qualquer bom senso – ou qualquer senso – e se tornavam completamente malucos.
E como a bizarrice tem seu lugar especial no coração de nós, aficionados por telejogos, nada mais justo que fazer uma lista falando de cinco das maiores insanidades que chegaram no mundo Master Race dos jogos de computador. Coisas que fariam Vaaz e Coringa se abraçarem e chorarem juntos como menininhas. Pois preparem-se, que a viagem vai ser bem, bem insana.
5. Harvester
Os anos noventa foram recheados de alguns filmes interativos de terror, e alguns de vocês devem se lembrar do Phantasmagoria. Mas nada do gênero chega nos pés dessa belíssima obra de arte. Acordar numa cidadezinha com amnésia já bastante ruim, mas nosso herói Steve descobre que essa é apenas a pior cidade pequena dos Estados Unidos. E ele tem vazar dali rapidinho. Encontrando figuras como um professor que acha que um bastão de baseball é a solução para tudo e um veterano de guerra que não vai deixar que suas duas pernas faltantes façam diferença na luta contra os comunistas e vendo os horrores que o aguardam no culto local de Harverster, o jogo é todo errado.
Para simplificar, um dos puzzles mais triviais do jogo é queimar a comida de uma mulher pobre, para que ela se suicide e mate sua filha juntamente. E isso é tipo no começo do jogo.
Entre outros grandes momentos do jogo, você pode simplesmente matar quase todos os personagens sem motivo nenhum, mortes violentamente mal feitas em todos os cantos e um caminho tortuoso para descobrir a verdade sobre a cidade – que é tudo uma realidade virtual feita para transformar jogadores em serial killers. Porque foda-se.
O ponto positivo é que esse jogo tem a melhor morte de todos os jogos de aventura interativa. E para não te forçar a jogar essa obra, você pode ver ela aqui.
4. Total Distortion
Você pode imaginar que um jogo com o nome de distorção total não pode ser boa coisa. E você está absolutamente correto.
O jogo é um point’n’click (sempre eles) onde o objetivo é, basicamente, produzir clipes musicais de sucesso. E como se faz isso? Simples. O produtor musical entrar num transportador dimensional e pula na Dimensão Distorcida, com alguns milhões de dólares nos bolsos, enquanto robôs guitarristas tentam te matar. Basicamente o que todo produtor musical faz.
O jogo é tão insano quanto a sua descrição acima, seja introduzindo um conquistador galático chamado Metal Lord e logo após esquecendo completamente desse personagem, ou fazendo ser possível E necessário tomar coquetéis de hormônios de tubarão na buscar de fazer fama o suficiente para ser um sucesso no mundo real. Enquanto obscuro como jogo e cheio de musicas horríveis, o jogo ainda vive através da sua musica genial que vinha acompanhando suas maiores escolhas erradas. You’re so sooo deaad. ♫
3. The Zoo Race
“Depois do Grande Dilúvio, Noé e os animais estavam muito felizes por serem os escolhidos para viver na Terra. Noé então declarou abero os jogos da Celebração. Os filhos de Noé construíram pistas de corridas e encorajaram os animais a correm nelas“
Se isso não estranho o suficiente para você, saiba que o “encorajamento” de Noé e sua família era jogar barris explosivos, utilizar indiscriminadamente o lança-chamas e o lança-foguetes, assim como obrigar os pobres animaizinhos a pular através de paredes de vidro (algumas delas com paredes de tijolo atrás). E depois eles dançam. Todos.
2. Vangers
Ah, os russos. O Paraná europeu sempre nos trás os espécimes mais estranhos, tantos de jogos como de humanos. Mas vamos falar de um jogo particularmente estranho até mesmo quando se considera a sua origem: Vangers.
Num cenário onde claramente algo deu muito errado com este mundo, essa mistura de jogo de corrida e RPG é um desafio para qualquer um. O jogo até tenta com conselhos como “Em um ciclo você pode pegar até 540 beebs por um gluek” e “Uma exceção é o Rubbox, no qual você precisa entrar num Beeboorat sem morrer ou ser despromovido a raffa”, e isso é bem no começo no jogo.
Pode parecer apenas um jogo de corrida com visão de cima, mas tentar decifrar a ação sem ajuda é um caminho curto para ficar completamente maluco.
Não que o jogo seja ruim. É apenas impossível de ser jogado. Apesar disso, esse jogo tem uma fanbase considerável, apesar dela se concentrar em países onde a Vodka é servida no café da manhã. Você pode entender um pouco desse rolê aqui. Não se preocupe se você não entender a narração. É bem provável que língua nenhuma no mundo te ajude com isso.
1. The Tongue of Fatman
Por mais que eu adore zuar o Eric, esse não é um jogo que fala sobre a língua dele.
E eu não sei muito o que dizer desse jogo. Quero dizer, olha o nome do jogo. Olhe a foto dele. Eu preciso falar mais alguma coisa? Na verdade eu preciso. Afinal, é pra isso que eu estou aqui.
Todos sabemos que jogos de luta, em sua maioria, não são exatamente poços de lógica. Vemos personagens tendo os ossos quebraços e os órgãos mutilados, mas continuam a lutar, assim como golpes de espada que causam danos menores que socos. Mas The Tongue of Fatman consegue ser ainda mais bizarro.
Para falar um pouco dos lutadores, temos Edwina, a amazona guerreira com um machado assassino que faz o baralho de um chicote, Puff Boy ejaculando nojentices em seus oponentes e Behemoth, que simplesmente aponta a bunda e peida uma bola de bogo na cara de seu inimigo. Mas o campeão mesmo é o dono do título do jogo, o Fatman Mordu que… bem… lambe os inimigos.
O mais assustador disso tudo? Foi publicado pela Activision.
Parabéns, campeões.
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Por hoje é só, jovens. Chega de bizarrice para mim. Vou sonhar com o Fatman, tenho certeza. Mas se você gostou da lista, acha que faltou alguém ou quer chorar comigo sobre esses jogos, a área de comentários tá aí pra isso. Até mais!
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