A minha vida com os videogames começou cedo, como boa parte das crianças. Passei minha infância jogando com meus primos, ou simplesmente assistindo-os jogar. Ir para São Pedro do Ivaí-PR e passar alguns dias com meu primo jogando SNES ou jogando e assistindo outro primo jogando Nintendo 64 foram partes marcantes da minha infância. Começar a vida nos jogos com Mario Tennis, Star Fox 64, Mario Kart e tantos outros, além de assistir meu primo jogando The Legend of Zelda: Majora’s Mask e Ocarina of Time são coisas que dão saudade e me fazem querer ter um Nintendo 64 só pra mim, em nome da nostalgia da infância, só pelo prazer de jogar o que foi um dos melhores consoles lançados, em minha opinião.
Mas o Natal de 2002 ficaria marcado para mim, de forma muito especial: O dia que ganhei meu primeiro videogame. Lembro muito bem da sensação de abrir aquela caixa de antena parabólica e ser surpreendido por um PS1, com dois controles e um porta-cd com alguns jogos. Fica marcado também o tamanho da minha insistência para irmos embora logo daquela entediante festa de família, já que Natal nós tínhamos todo ano, mas não é sempre que eu poderia estrear o meu próprio videogame, afinal quem sonharia em finalmente jogar videogame na sua própria casa? Depois de muita insistência, consegui meu objetivo. Chegar em casa e ver meu pai instalando meu console na TV da sala, entregando o joystick na minha mão e colocando o NBA Live 2003 no console… Foi a melhor sensação que havia sentido naqueles meus 8 anos de vida, e seria só um resumo dos outros anos que passaram. Enfrentar meu pai jogando NBA Live e Winning Eleven (o que nos levaria até a uma noite em claro, sendo encerrada por minha mãe acordando e deixando os dois de castigo no dia seguinte), jogar Crash Bandicoot, NASCAR, Harvest Moon, Spiderman e, mais tarde, Parappa The Rapper. Esses jogos me ajudaram a fazer amigos, me ensinaram muito e, de certa forma, até criaram o que sou hoje.
Desde então, fui acompanhando a evolução dos jogos e consoles, em especial jogos de futebol e basquete. Aos poucos fui me familiarizando com jogos de “mais conteúdo” , quando entraram Metal Gear Solid 3 e Shadow of the Colossus, além de God of War. A nova geração chegou, e Bioshock veio também, sendo o primeiro FPS que me arrisquei a jogar (apesar de não considerá-lo exatamente um Shooter), e acabou se tornando um vício, que devo ter fechado umas 3 ou 4 vezes. Menções honrosas para os jogos da série UFC Undisputed, que me apaixonaram pelo esporte que comecei a praticar recentemente e Heavy Rain, que é uma obra de arte para mim. Outros jogos também vieram e marcaram, mas se eu fosse citar cada um deles, esse texto viraria livro, e isso não está nos meus planos.
Muitos dirão que minha vida como gamer foi muito incompleta, já que deixei muitos jogos excelentes para trás. Eu vou até concordar, pra ser bem sincero, mas nem por isso tem como dizer que os videogames foram menos importantes para mim. Pelo contrário, mesmo sem jogar os títulos mais renomados, toda minha vida foi marcada por esse hobby, e eu não mudaria nada sobre a forma que isso surgiu na minha vida.
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