InícioArtigosGamer Velho: Não estamos preparados para o Mini Nes e Mega Drive

Gamer Velho: Não estamos preparados para o Mini Nes e Mega Drive

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Você está empolgado com a chegada do mini nes ou com o relançamento do mega drive? Acha que será uma coisa divertida se aventurar no Sonic Mania? Antes da empolgação tomar seu corpo e controle, gostaria de lembrar sobre uma época em que os jogos deveriam valer cada centavo investido, não que hoje seja diferente, mas a sua vida útil deveria se estender ao máximo sem contar com DLCs ou qualquer outra coisa. Como isso era feito? Bom, um dos pontos mais claros, e que eu guardo na memória, era o desafio que cada um desses jogos traziam junto com muita frustração e renovação de aluguel na locadora. Além da ausência de tutoriais e loadings, os jogos na década de 80/90 vinham carregados com desafios que só poderiam ser superados por aqueles que contavam com habilidade e claro um pouco de sorte.

Muitos devem lembrar de pulos errados, vidas perdidas ou até dos tiros sacanas que estavam presentes em seus cartuchos. Quem não jogou por diversas vezes a mesma fase, pegou raiva de inimigos e achou que o personagem principal era um total incompetente para a missão. Eu entendo deste sentimento, carrego algumas cicatrizes dessa época, hoje eu entendo que o ambiente 2D pode ser extremamente sacana com o jogador ingênuo.

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Este vídeo representa muito do que eu falo.

Já que muitas plataformas e estilos retrô estão voltando, resolvi revisitar alguns pesadelos, em forma de jogos, que fizeram parte da infância de muita gente. Para isso selecionei três jogos que apareceram em diversas listas como impossíveis ou muito difíceis. Todos foram jogados com o controle de Xbox 360 e nos seus respetivos consoles, assim a experiência seria o mais próximo da realidade. Gostaria de ver se ainda tinha capacidade de zerar esses jogos sem grandes dificuldades e claro, aproveitei para relembrar e testar as habilidades que desenvolvi ao longo dos anos para ver se de fato estou pronto para tudo que vem por aí.  Este foi o resultado:

Primeiro jogo – Battletoads (NES)

Battletoads é um jogo foda (entenda como quiser) criado pela Rare no ano de 1991. Um game que para sua época apresentava um gráfico extremamente lindo, poderia deixar sua fama somente por isso, mas não. Ele apelou, em todos os sentidos, com um sistema de ação e porradaria, te bota no controle de sapos bombados que enfrentam inimigos sacanas, de verdade. Este é o resumo que posso fazer do jogo para você. Mas ainda tem mais.

Você começa de boa, o jogo nem é tão difícil assim.
Você começa de boa, o jogo nem é tão difícil assim.
Aí na primeira fase você já se acostuma a ficar deitado.
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Você é capaz de encontrar um porco/demônio voador que é foda de acertar e ele vai tirar proveito disso.

Segunda fase, a única chance para você fazer algumas vidas extras, se conseguir é claro.

Lembra que eu disse que tinha mais? Pois é, chegamos no “mais”. Se você passar pelas duas primeiras fases, tudo bem, mas sua aventura termina por aqui.

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Que legal! Jet Ski!

Esta parte do jogo não tem nada a ver com habilidade, mas sim com memória. Os obstáculos surgem de forma injusta e somados a velocidade a coisa fica de grande mal gosto pro seu laod. Sinto muito por quem tem que passar por isso.

Uma tela que aprendi a amar.
Uma tela que aprendi a amar
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Nas minhas tentativas, isso mesmo no plural, eu só tive capacidade de chegar aqui, fico devendo o final para vocês.

O que deixa esse jogo difícil?

Sua fama não é a toa. O jogo tem um sistema de luta fácil de dominar, são dois comandos basicamente, pulo e porrada. O que começa a testar suas habilidades são os inimigos, que surgem ao longo das fases, sendo alguns mais fracos e outros com poder para te matar com dois acertos. Nem vou comentar sobre a fase do Jet Ski, que é uma sacanagem sem tamanha. Por fim, estamos acostumados com vidas e continues infinitos, mas não é este o caso, você passa usando apenas que o jogo te oferece ou tenta de novo, lá do começo.

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Segundo jogo – Ghost n’ Goblins(NES)

Ghost n’ Goblins é um jogo da Capcom e está para completar 31 anos, ele é de 1985, sua versão de Arcade era o que oferecia o real desafio, para você continuar jogando depois de morrer, somente pagando. Pensa quantas crianças foram enganadas ao colocar suas fichas no fliperama, pensando que podiam sair vitoriosas dali? Confesso, fui uma delas. Mas neste dia em que revisitei fui na versão do NES mesmo, que é também famosa por ser difícil, mesmo com continues “infinitos” você pena muito para conseguir passar ileso, principalmente a partir da quarta área.

Olha que tela legal!
Olha que tela legal!

 

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Arthur chegou para salvar o dia. Mas isso depende de quem está controlando
Arthur chegou para salvar o dia. Mas isso depende de quem está controlando
Putz! Tomei hit, mas ainda está de boa…
…parece que não.
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Toda vez que vejo esse mapa, me dá raiva.

Nas minhas tentativas, também no plural, não fui muito longe. Pulos errados e inimigos sacanas conseguiram me impedir de progredir, mesmo pegando power ups e armas novas, isso não pareceu ser o bastante sem o bom treino e desenvolvimento das habilidades.

O que deixa esse jogo difícil?

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Como havia comentando, o seu verdadeiro desafio está na versão de Arcade, quer usar continue? Bote mais fichas, assim era MUITO difícil pensar em zerar sem deixar uma pequena fortuna. Na versão de console o desafio está na paciência para ficar passando o mesmo espaço, várias e várias vezes. Não se engane, ver o final horrível de Ghost n’ Goblins é para poucos!

 

Terceiro jogo – Contra(NES)

Contra é um jogo com origem no Arcade, a versão de console não fica nada para trás, na questão do desafio. Produzido pela Konami no ano de 1987 esse jogo é um clássico do NES e que mostrou a como era desenvolver um jogo descente para a plataforma. Um dos pontos, que achava legal na época, eram os tiros que podiam ser disparados para qualquer lado, inclusive nas diagonais, não que isso facilitasse a vida.

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Ah os caras usam armas, como pode ser difícil?
Ah os caras usam armas, como pode ser difícil?
Uma noite maravilhosa para sair dando pipoco
A ponte pode te deixar na mão
A ponte pode te deixar na mão
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Nunca decorei as letras dos power ups. Pegar o errado é morte na certa
Nunca decorei as letras dos power ups. Pegar o errado é morte na certa

E eu achando que ia passar fácil

 

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O que deixa esse jogo difícil?

O Contra pode ser considerado o vô do Metal Slug, com um cenário recheado de inimigos atirando para tudo quanto é lado, fica difícil desviar toda hora. Mesmo contando com itens para auxiliar, a combinação de 1 acerto uma morte somada a vidas finitas pode deixar o jogador bem frustrado, ainda mais em partes em que você se vê cercado por inimigos.

 

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E aí, era como lembrava?

A lembrança de infância voltaram a tona enquanto jogada esses clássicos. Impressionante o quanto ainda podem oferecer um desafio e quanto conseguem irritar qualquer um que aceite. Em todos, é fácil perceber que os inimigos não tem o mínimo de pena e que vão fazer de tudo para te matar. Sem contar com as vidas infinitas adiciona tempero ao desafio, então acredito que o fato de tomar um game over e voltar para o começo, se torna algo extremamente frustrante. Deixo o questionamento, será que estamos prontos para os desafios dos clássicos? Se eu me basear nas minhas primeiras tentativas, claramente ainda precisamos de muito treino para chegar lá. E você? Acha que dá conta? Deixe nos comentários.

Foto da capa: rapapu via VisualHunt.com / CC BY-NC-SA

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