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Critical Hit: Não, nem os consoles nem os portáteis não vão acabar, seus idiotas

Fala, galera, tudo bom com vocês? Toda semana há umas boas semanas sempre tem uma maldita notícia falando sobre o suposto fim dos consoles, portáteis, PCs, Tablets, da maldita civilização da tecnologia e toda vez que algum energúmeno posta sobre isso eu morro por dentro. Por que diabos esses sabichões do cacete acham que os consoles e portáteis vão acabar? Vamos às evidências.

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Mobile

A primeira ideia dos gênios é que o mercado de portáteis vai acabar por causa dos smartphones. Olha, eu até poderia considerar esse argumento, não fosse o meu próprio telefone me suprir com pelo menos uns 3 ou 4 que desmentem essa ideia em menos tempo do que você consegue dizer Kowabanga:

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1. A qualidade dos jogos mobile

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Você, caro desenvolvedor de jogos, tem medo de algum desses jogos da lista? Sério, esses são os “melhores novos lançamentos” segundo o meu iPhone (a melhor plataforma mobile para jogos, se você não estiver falando de emulação). De todos esses jogos (rolei 3 telas pra ver os melhores), eu teria algum interesse em jogar Goat Simulator, Treasure Fetch – Adventure Time (talvez) e… só esses mesmo.

Vale ressaltar que um deles é um jogo de PC portado pra mobile e o outro seria mais pela curiosidade que eu tenho por gostar de Adventure Time. Isso nos leva a mais dois problemas:

2. Tela de toque fede

Sério, jogar com tela de toque não é nada legal. A precisão cai lá em baixo e você volta e meia está apertando botões que não gostaria de estar apertando porque não há feedback do que você está fazendo. O que acontece daí? Para se adequar a isso, muitos jogos são tipo Flappy Bird, onde você só tem que realizar uma ação, ou seja, o jogo é tão esperto quanto aqueles funkeiros que foram no Passa ou Repassa na semana passada.

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“Ah, Eric, mas já tem controle pra smartphone e…” sim, tem sim, e eles custam uma barbaridade (os bons de iPhone) ou são muito, mas muito ruins (tipo o iPega PG-9025 que tem um direcional digital muito ruim e analógicos piores ainda). E outra, se for pra levar o telefone e o controle no bolso (que costuma ser um trambolho), eu prefiro é levar um 3DS ou um PS Vita mesmo, que têm jogos de verdade.

3. Os smartphones são o lugar das piores práticas do mercado de jogos

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Jogos de graça que não deixam o jogador jogar, microtransações a cada instante, jogos pagos que mesmo assim exigem microtransações toda hora etc. O mercado de jogos para celular é cheio desses cânceres e a tendência é só piorar, porque os executivos das empresas grandes veem que aquela micro companhia da Botsuwana está ganhando uma grana com microtransações e a primeira coisa que passa pela cabeça deles é “por que nós não estamos ganhando tanto também?” e enchem dessas bostas os jogos que poderiam ser divertidos e ter um preço fixo.

Por falar nisso, pra cada um jogo que faz dinheiro assim, tem pelo menos 50 ganhando 10 reais por dia, porque ganhar dinheiro com mobile é uma coisa bem, bem difícil, então o mundo do desenvolvedor de jogos para celular está longe de ser instacash.

4. O 3DS está aí firme e forte

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Ok, o PS Vita é um fracasso e eu já falei sobre isso, mas o 3DS é mais um portátil de sucesso na história da Nintendo. A companhia sabe o que faz nesse departamento e continua mantendo uma longa e constante lista de títulos de qualidade para ele. Além disso, o portátil também tem suporte de diversas companhias além da Nintendo lançando títulos grandes e indies para ele. Eu realmente não vejo como o 3DS possa ter uma diarreia mental e parar de vender do dia pra noite.

5. BioShock pro iOS

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Toda semana sai celular novo ou um processador mobile novo que dizem já ter superado a potência do PS3, do Xbox 360 e até do PS4 e do Xbox One (semana passada saiu uma notícia do tipo, acho que do iPhone 6, mas não tenho certeza) e aí quando chega a hora de provarem isso, nós temos BioShock para o iOS, que mais parece a versão capada de PS2 de BioShock que nunca existiu.

Ainda falta muito pra potência desses dispositivos chegarem ao nível dos consoles lançados em 2005 e por mais que cheguem, os smartphones não lugar de jogos com baixo custo de desenvolvimento, então até pode ser bem possível que o hardware de hoje faça muito mais, mas apenas em casos onde os jogos são de fato otimizados e onde se gasta uma boa grana fazendo isso pra um Flappy Bird da vida fazer 10x mais que o seu jogo apenas em publicidade.

6. Público

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O público que joga jogos no celular não necessariamente é o mesmo público que joga jogos de videogame, ou seja, bilhões e bilhões de pessoas estão jogando Angry Birds, mas elas eram pessoas que não jogavam ou pouco jogavam videogame. Não é como se todo mundo que não joga videogame e joga no celular tivesse sido roubado desse mercado, como alguns dizem, e sim são pessoas novas que inclusive podem até sentir vontade de ir pro mercado de consoles adquirindo um.

Master Race

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Muito bem, mas e os consoles? Bom, quem diz que os consoles vão acabar geralmente fala que quem vai tomar conta do pedaço são os PCs e os consoles vão deixar de existir na próxima geração (ou até nessa, já que muito paranormal aí disse que essa seria a última geração de consoles). Por que isso não vai acontecer?

1. Preço

Só aqui no Brasil que os consoles custam mais do que um “PC gamer”. Lá fora, tu não monta um PC que vá durar tanto tempo quanto um console pelo mesmo preço que tu gasta para comprar um Xbox One ou um PS4.

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2. Potência

Ok, os jogos de Xbox One e PS4 não vão chegar à qualidade gráfica dos mesmos jogos de PC porque o hardware de PC é algo que se expande todo ano, enquanto que um console tem que manter o mesmo hardware do seu lançamento por 5~8 anos. Mas estamos longe de ver o que o Xbox One e o PS4 conseguem fazer. Não faz um ano que os consoles foram lançados ainda.

Para vocês terem uma ideia, no lançamento do Xbox 360, nenhum dos jogos lançados conseguiu atingir a resolução de 720p, que foi o padrão da geração passada. Os programadores foram pegando cancha no console e melhorando a performance a cada lançamento novo. Idem para o PS3 que tinha uma performance bem abaixo da performance do Xbox 360. Até os desenvolvedores se acostumarem com o processador Cell, demorou um bom tempo, mas eventualmente o PS3 acabou com essa distância.

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Outro detalhe, como o Xbox One e o PS4 agora usam arquitetura x64, é muito mais fácil portar jogos para eles ou deles para PC, o que reduz o custo de desenvolvimento de jogos multiplataforma e vai fazer que os desenvolvedores demorem bem menos tempo para pegar o jeito de produzir jogos tirando o máximo da potência deles.

3. Indies

Sony e Microsoft (e Nintendo também, por que não?) já têm programas para desenvolvedores pequenos e, diferente do Steam, há um cuidado maior com a qualidade do que é lançado nos consoles. Ou seja, é mais fácil não se arrepender comprando um jogo aqui do que no Steam, apesar dos jogos no Steam custarem menos, é claro.

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Enfim, esses são apenas alguns argumentos para reafirmar mais uma vez que não, os consoles não vão acabar, os portáteis muito menos e nós vamos continuar jogando com controles por um bom tempo ainda, felizmente.

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.