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Critical Hit: Como analisar um jogo da maneira correta?

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Fala, galera, tudo bom com vocês? Quem tem o costume de ler ou de assistir (alou você, expectador do Zangado) análises de jogos na internet?  O artigo de hoje é um pouco sobre a minha frustração que alguns comentários nas análises postadas aqui no site tem gerado. Deixa eu explicar porquê.

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“Você deveria fazer um review imparcial” (quando surgem críticas), “você não deveria mostrar sua opinião”, “você não pode comparar as coisas” são críticas comuns que eu costumo ler, e daí eu fico me perguntando o que essas pessoas que fazem esse tipo de crítica têm aprendido não só na escola, mas na vida. Como uma pessoa vai analisar algo sem dar opiniões, fazer comparações ou ainda se posicionar?

Ora, eu posso muito bem analisar um jogo dentro de um estilo que eu não gosto e ser justo com ele (criticando onde ele deve ser criticado e elogiando onde deve) e ainda assim sendo imparcial. Imparcialidade não quer dizer não poder criticar uma empresa ou jogo quando eles pisam na bola, muito pelo contrário. Aqui a gente critica tudo e expõe a nossa opinião. Se o jogo ou a empresa vierem a acertar no futuro, eles vão merecer elogios e eles serão feitos. Não é porque eu estou criticando algo que você gosta que eu não estou sendo parcial, ao contrário, você que está.

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Outro ponto importante é o das opiniões. O Critical Hits sempre se posicionou, seja nas notícias, seja nos reviews. O que é um review sem opiniões? É uma simples enumeração das características do jogo sem dizer se elas são boas ou ruins. Se fosse pra fazer um review assim, as notas teriam que ser algo do tipo “batata de batata” e por aí vai. Eu não sei se isso é algum reflexo da babaquice de “nada pode ser julgado” que é repetida por algumas pessoas, mas sinceramente, parem. A gente avalia tudo a todo momento, externar isso é bom, contanto que sejam avaliações honestas e sem preconceitos. Ninguém é uma ilha que não possa melhorar e ouvir sugestões e quem acha que o é está fadado ao fracasso, pura e simplesmente.

Finalmente, falemos um pouco de comparações. Vamos partir de um pressuposto simples: como você sabe se algo é bom ou ruim? Deixa eu explicar com uma imagem abaixo:

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Isto em 1997 era o que de melhor a indústria de games conseguia fazer. Isso em 2014 é Minecraft. Ou seja, comparado ao que a tecnologia oferecia em 1997, ano em que Final Fantasy VII foi lançado, os gráficos do game eram incríveis, sensacionais, ou ainda “perfeitos”. Em 2014, pode até ser considerado um “estilo adotado pelo desenvolvedor” mas que ainda assim seria destruído nos reviews, já que há maneiras muito melhores de se expressar graficamente hoje em dia.

Gráficos podem até não ser a melhor opção para exibir isso, mas vamos falar de jogabilidade. Jogos de ação em 3D hoje em dia têm como padrão você se movimentar com o analógico esquerdo e posicionar a câmera livremente com o analógico direito. Antigamente, a câmera era posicionada automaticamente pelo jogo, e nem o analógico se usava direito. Um jogo que foi lançado no ano passado e que ainda faz isso é Pokémon X & Y. Seria legal se desse pra posicionar a câmera como eu quero em Pokémon X & Y, pois geralmente o jogo escolhe um ângulo que eu não gostei. Comparado com o que temos hoje em dia, essa é uma decisão ruim de design que poderia ser melhorada.

A mesma coisa acontece quando eu comparo algum jogo a Dark Souls, caso o jogo dê margem para isso. Lords of the Fallen é um exemplo. O jogo tem uma jogabilidade toda feita em cima da de Dark Souls. Nada mais do que natural compara-lo com Dark Souls. Se eu fosse comparar The Sims 4 com algum jogo, provavelmente seria com The Sims 3. Toda avaliação parte-se de algum ponto de referência inicial para nortear o pensamento das pessoas, ou ainda, como diria o ditado “em terra de cego, caolho é rei” já que o nível é tão baixo que alguém com um olho apenas é melhor que todos. É tipo o bêbado no fim de festa que dá em cima das mulheres que ele fazia piada no começo da festa. O desespero bateu e ele não quer ficar na bronha, logo qualquer coisa vai, comparadas as outras que estavam disponíveis, ele não optaria por uma assim, mas como não tem nada melhor no fim da festa, vai essas mesmo. Todas comparações.

Enfim, eu não sei se isso vai mudar algo na vida das pessoas que criticam as formas que os reviews são feitos, mas se uma alma for salva, já é o suficiente.

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.