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Critical Hit: BGS 2014, o balanço

Fala, galera, tudo bom com vocĂªs? Quem aĂ­ foi na BGS desse ano? O que vocĂªs acharam da feira? No texto de hoje, eu vou fazer uma breve avaliaĂ§Ă£o das minhas opiniões sobre o evento, que jĂ¡ Ă© uma referĂªncia em eventos de jogos aqui na AmĂ©rica Latina.

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A “E3 do Brasil” tem seus dois momentos, o primeiro deles, Ă© o dia de imprensa, onde hĂ¡ bem menos gente, as filas sĂ£o curtas e dĂ¡ tempo de testar os jogos com paciĂªncia. TĂ¡ certo que isso nĂ£o Ă© o ideal pro expositor, jĂ¡ que, quanto mais gente na feira, mais chance de verem seus jogos e afins. Pro jornalista que estĂ¡ lĂ¡, entretanto, Ă© uma maravilha, jĂ¡ que se eu esperei 10 minutos para testar Bloodborne e praticamente nada para jogar Call of Duty: Advanced Warfare, mas algumas Ă¡reas, como a de eSports, ficaram praticamente vazias, jĂ¡ que o pessoal que vai lĂ¡ nesse dia ou estĂ¡ a trabalho ou pagou bem caro no ingresso (e ver Dota e Lol Ă© um desperdĂ­cio de tempo precioso).

O Ăºnico problema, de fato, que encontramos no primeiro dia foi a demora para o credenciamento. Levou mais de uma hora numa fila para imprimir a credencial (que devia ter sido impressa por nĂ³s em casa, eu sei) e as moças do atendimento estavam estressadas pra caramba, inclusive uma delas disse que elas nĂ£o haviam almoçado ainda (eram quase 4 da tarde quando finalmente conseguimos nossa credencial impressa).

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Quando começou o segundo dia, quando o evento realmente foi testado, Ă© que os problemas começaram a surgir. As filas estavam gigantescas, e tinha fila basicamente pra tudo. Fila pra entrar no evento, fila para testar jogos (mesmo na hora que entramos, uma fila gigantesca para testar The Order: 1886 que nos fez desistir de darmos uma olhada no jogo), fila pro banheiro, enfim, se houvesse um “F” no nome BGS, nĂ³s provavelmente estarĂ­amos fazendo alguma piada sem graça envolvendo fila no nome, mas como dizem, paulista quando nĂ£o estĂ¡ preso no trĂ¢nsito, estĂ¡ esperando uma fila.

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Porrada de unidades pra teste de Advanced Warfare foi um ponto positivo da feira

E de quem Ă© a culpa disso? NĂ£o Ă© da organizaĂ§Ă£o da feira, e sim dos expositores. Fica aqui o nosso puxĂ£o de orelha para a Sony que colocou uma cacetada de jogos no seu estande, mas poucos videogames para o teste de cada. O que acontece daĂ­? Quem quer testar os jogos que nĂ£o foram lançados ainda, como The Order 1886 ou Bloodborne, precisam esperar uma barbaridade. Se um jogador fica 10 minutos testando o jogo e hĂ¡ quatro mĂ¡quinas para teste, e vocĂª Ă© o nĂºmero 60 da fila (algo generoso, jĂ¡ que quase sempre havia mais de 100 pessoas na frente para testar algo), vocĂª espera 150 minutos, ou seja, duas horas e meia de espera para jogar 10 minutos. É muita espera para pouco jogo, nĂ©? E na maioria dos casos foi assim.

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AliĂ¡s, um estande que nĂ£o foi assim foi o de demonstraĂ§Ă£o de Call of Duty: Advanced Warfare, que repetiu a cacetada de mĂ¡quinas que foram trazidas no ano passado. A Activision montou uma mini lan house no evento, com 36 consoles para teste, onde trĂªs sessões de 6 contra 6 se enfrentavam. Como cada mapa do multiplayer dura cerca de 15 minutos, a espera nĂ£o era tĂ£o grande assim. Um ponto que tambĂ©m poderia ser melhorado Ă© a quantidade de banheiros e a sinalizaĂ§Ă£o para eles. É fĂ¡cil se perder por lĂ¡ procurando um lugar pra se aliviar. É realmente fĂ¡cil.

Por falar nisso, eu nĂ£o estava no dia, mas deu uma treta bonita entre Youtubers (e todo mundo que estava com o crachĂ¡ Web, incluindo a gente) e a segurança. Como vocĂªs sabem, o mundo moderno de hoje tem diversas formas de entretenimento alĂ©m da televisĂ£o, e o Youtube Ă© uma delas. Caras como o Funky e o BrksEdu sĂ£o famosos e uma cacetada de gente vai querer bater fotos com eles, pedir autĂ³grafo, enfim, atĂ© seguir o Ă­dolo por aĂ­. O que aconteceu? Ficou perigoso tanto para os famosos quanto para os participantes da feira e os seguranças sem cĂ©rebro decidiram que todo mundo com um crachĂ¡ Web ia ser colocado pra pois essa Ă© a maneira sem cĂ©rebro de resolver um problema. Fica aqui o puxĂ£o de orelha na segurança e na organizaĂ§Ă£o do evento, que decidiu que sites de notĂ­cia (como nĂ³s!), youtubers e basicamente todo e qualquer veĂ­culo que usa a internet (oi, todo mundo usa a internet, gĂªnios) pertencem ao mesmo saco de gatos.

No fim das contas, algo que eu achei bem interessante foi o que o Martin James Capel me disse depois da entrevista que eu fiz com ele, a BGS nĂ£o deve nada pra Gamescom, que Ă© realizada na Alemanha. TĂ¡ certo que ainda hĂ¡ alguns problemas a serem resolvidos, mas felizmente estamos no caminho certo.

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E que venha a BGS 2015.

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric ArrachĂ© Gonçalves Ă© o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, apĂ³s vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrĂ¡s do sonho.