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Critical Hit: 2014 precisa de um patch

Fala, galera, tudo bom com vocês? 2014 foi um ano de bosta em muitas áreas, convenhamos. O Brasil levou 7 a 1 da Alemanha e depois 3 a 0 da Holanda. A Ubisoft esqueceu de colocar os rostos dos personagens de Assassin’s Creed Unity, a economia do Brasil vai mais parada que bordel durante o dia, a gente não sabe quem chega primeiro a 5 reais, se a Petrobrás, o dólar ou a gasolina. Enfim, o ano realmente não foi lá dos melhores em diversos planos e é por isso que eu venho propor a vocês que lancemos um patch para 2014.

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Nesse patch, que deveria ter sido instalado no lançamento dele, mas que acabou atrasando porque surgiu tanta coisa pra corrigir, já que o ano foi feito às pressas e teve que ser entregue assim mesmo porque não tem como atrasar a entrega (os acionistas não gostam disso), nós vamos corrigir todos os erros que encontramos. 7 a 1? Invertamos o escore então, 1 a 7, o Brasil meteu a maior goleada de todos os tempos na Alemanha. Humilhação nacional, Manuel Neuer levou aquele frangaço do MENINO BERNÁÁRRRRR (o com a alegria nas pernas) e depois ganhou da Argentina em pleno Maracanã. Final perfeito pra Copa das Copas.

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No departamento da economia, o patch conserta o nosso crescimento econômico. Da noite pro dia, a indústria do Brasil volta a exportar, nós viramos uma potência econômica mundial (e não apenas local) e a gente nem precisa mais se preocupar com a cotação do dólar, já que tudo o que é produzido dentro do Brasil nos basta. Dollynho Guaraná tem sabor de nectar dos deuses. Vinhos Canção batem qualquer Cabernet, jogos brazukas batem qualquer AAA da EA ou da Ubisoft.

O Facebook é outro lugar que vai receber um patch. O alcance das páginas vai voltar a ser expressivo e a rede social de Mark Zuckerberg vai parar de tentar destruir todo veículo de informação que não seja o próprio Facebook (outro dia eu falo sobre isso com mais detalhes).

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No departamento dos games, nós finalmente paramos de ter lançamentos quebrados. Assassin’s Creed funciona como deveria sem slowdowns e texturas sumindo. É possível encontrar partidas em Halo. É possível jogar sem aquele lag infeliz de miserável em Call of Duty: Advanced Warfare. É possível não precisar ficar na frente de uma caverna matando monstros que saem correndo pra morte em Destiny. Também é possível jogar Driveclub. Diabos ,é possível jogar a versão da PlayStation Plus de Driveclub, assim como Fifa, PES, e sei lá eu mais quantos outros jogos necessitaram de reformas após estarem nas lojas.

Sabe com é né, hoje em dia é possível consertar os jogos após eles terem sido lançados. Por um lado, isso é muito bom, já que muitos jogos poderiam ter se valido disso na época do PlayStation e do PlayStation 2, porém, o que era pra ser uma vantagem, acabou virando uma desculpa para se entregar produtos mal acabados que vão sendo consertados após o lançamento. Você não se importa tanto com isso? Compre um apartamento e peça para os pedreiros irem reformando ele com você morando dentro dele pra ver quantos dias a sua paciência aguenta. É mais ou menos assim que você deveria ter se sentido quando comprou um jogo e ele veio completamente estragado.

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E isso não é nada legal. É possível (e esperemos que seja isso mesmo) que esses problemas todos encontrados nesse ano sejam a falta de experiência das desenvolvedoras com os consoles de nova geração e que esse problema vá sumindo conforme os anos avancem. Imagino eu que o Assassin’s Creed de 2015 venha menos quebrado que o de 2014, assim como o Call of Duty e as outras franquias anualizadas. Caso contrário, espero que isso se reflita nas vendas, já que essa é a única maneira de educar as produtoras a lançarem jogos completos no dia do lançamento, através do bolso. Aliás, é por isso que nós não corrigimos notas de reviews após os jogos serem arrumados. Eles merecem ser avaliados no estado do lançamento e pela forma como eles trataram os compradores iniciais das franquias.

Mas enfim, é inviável imaginar que os patches deixem de existir no futuro, o que queremos é que eles sejam menos necessários, apenas, que os produtos finais sejam, de fato, finais e não “vou arrumar no futuro próximo”, exatamente como o ano de 2014 foi. Por falar nisso, o ano já está acabando e nada do tal patch pra ele sair. Será que ainda sai?

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.