Skyrim está prestes a completar mais um ano de vida e pra comemorar nós resolvemos publicar aqui alguns motivos pelos quais Oblivion é melhor. Mas que baita homenagem, não?
Não me leve a mal, caro leitor. Eu realmente amo o quinto capitulo de Elder Scrolls com todas as minhas forças. Entretanto, não posso ser hipócrita e deixar de concordar que Oblivion realmente tem alguns aspectos de jogo melhores trabalhados, assim como Morrowind e etc. De qualquer forma, deu de papo furado e vamos a lista.
5 – Interação com as Guildas
Uma das partes mais legais de Skyrim é abandonar a sua busca pelo poder de salvar o mundo para resolver tretas básicas de guildas específicas. Você pode lidar com um bando de licantropos fanáticos, comandar uma série de roubos bem-sucedidos, fazer parte de um grupo de assassinos lunáticos ou até mesmo entrar para uma escola de magos e tentar a sorte como uma espécie de Harry Potter medieval.
Todavia, por mais interessante que as guildas de Skyrim pareçam, elas jamais chegaram perto das guildas de Oblivion – na verdade, as guildas são as mesmas, o que muda são as quests relacionadas. Algumas pessoas costumam comparar as intrigas do quarto capítulo de Elder Scrolls como verdadeiros “capítulos literários”, tamanha é a profundidade na qualidade da história.
Na verdade, as quests são tão bem feias que parecem até “minijogos” dentro de Skyrim. Talvez o maior exemplo disso seja a epopeia relacionada a escola dos magos que envolve intriga, destruição desvairada, necromantes e exploração. Pra que melhor, não?
4 – “Magic-o’matic”
O detalhe que mais me chamou atenção no trailer de Skyrim foi a possibilidade de misturar magias diferentes durante o “cast”. Foi simplesmente incrível perceber que seria possível curar a si mesmo com a mão direita enquanto uma verdadeira torrente de fogo era liberada da sua mão esquerda. Por mais bacana que essa nova mecânica tenha sido, ela não se compara ao sistema de Spellcrafting de Oblivion, infelizmente.
Usando o Altar of Spellmaking era possível criar novos e impressionantes feitiços com o conhecimento que você já tinha. O jogador podia personalizar o alcance, a área de efeito, a duração e vários outros parâmetros até conseguir descobrir algo que se encaixasse perfeitamente às suas necessidades – e as suas capacidades também. Vale lembrar que os sistemas de “crafting” ainda não haviam ficado tão populares na época em que Oblivion foi lançado, mas é uma pena que a mecânica tenha sido deixada de lado. Quem sabe não veremos algo parecido em Elder Scrolls VI, não é mesmo?
3 – Expansões melhores
Ninguém aqui está criticando a qualidade das expansões de Skyrim – a não ser que a expansão em questão seja Hearthfire. Eu me diverti bastante caçando vampiros e tudo mais, mas é realmente complicado não comparar a qualidade das expansões de ambos os jogos numa discussão como esta.
Knights of the Nine não foi uma das expansões mais gênias que já vi, mas a quest principal era simplesmente formidável. Além disso, Shivering Isles trazia uma quantidade absurda de novas áreas de exploração, adicionando horas e mais horas de jogo para o jogador mais assíduo. Comentar sobre as expansões sem dar spoilers é realmente complicado, mas o grande chamariz delas era a sensação de novidade que traziam a um jogo que deixava qualquer uma com gosto de quero mais.
Outro detalhe que deixava as expansões muito melhores era a falta de “informação” dentro do jogo. Ao invés de receber um marcador para cada novidade adicionada ao game, o jogador tinha que explorar as novas áreas e encontrar algumas coisas na raça, sem ajuda ou dicas escancaradas na sua cara. Eu confesso que nunca me dei tão bem por que não manjava muito de inglês, mas a perspectiva de novas aventuras já era suficiente para me deixar empolgadíssimo.
2 – Daedra > Dragões
Talvez esse seja o ponto mais polêmico dessa lista toda. Os Daedras aterrorizavam a vida de qualquer jogador de Elder Scrolls desde o segundo jogo, e, portanto, foi um choque para alguns quando se descobriu que os verdadeiros vilões de Skyrim eram dragões ao invés dos famigerados demônios.
Por mais que você encontre alguns Daedras em Skyrim, nada se compara e tê-los como inimigos constantes em Oblivion. Apesar da quest principal do quarto jogo da franquia não ser tão “épica”, é difícil esquecer a primeira vez que o game te põe pra trocar socos com um demônio vermelho sedento por sangue e violência.
O primeiro encontro com Dragões também é uma experiência marcante com toda certeza. Mas com o tempo, conforme você fica mais forte, encontrar um lagarto voador não é mais tão desafiador e amedrontador como antes. Já com os Daedras a coisa é diferente. Pra mim, encontrar um desses demônios do submundo era como encontrar o Nemesis em Resident Evil 3. Mesmo que eu estivesse com o lança-mísseis no inventário, eu me borrava inteiro.
1 – Ambientação e construção de cenários
O mapa de Skyrim é inegavelmente incrível. Enorme, bem construído e com uma série de segredos escondidos, ele continua sendo até hoje um dos melhores mapas já criados para um jogo de videogames. Mesmo com o jogo completando cinco anos, é difícil encontrar outro título que faça jus a qualidade do quinto jogo da Elder Scrolls.
Mesmo assim, Oblivion consegue ser melhor em outro aspecto: ambientação. Por mais que Skyrim possa parecer “mais realista” no que diz respeito a topografia, Oblivion foi muito mais competente em criar desafios imersivos e dungeons desafiadoras. Os detalhes não eram feitos para parecerem reais, mas para agradar àqueles que passaram anos desbravando cavernas e fortalezas digitais sem muitos recursos gráficos, tentando antever armadilhas e possíveis perigos à espreita na próxima curva. Oblivion foi de fato, o primeiro jogo a conseguir apresentar um ótimo jogo de RPG, com gráficos belíssimos e desafios satisfatórios, uma pena que esse feito não tenha se repetido recentemente, sabe-se lá o porquê.
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E aí, gostou da lista? Apesar de tudo, Skyrim continua sendo meu RPG favorito de todos os tempos. Caso você tenha alguma sugestão ou correção, não deixe de escrever nos comentários.
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