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5 Games que mudaram a Industria de jogos para sempre

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A oitava geração de videogames começa a finalmente dar seus grandes passos, com cada vez mais lançamentos exclusivos, enquanto a geração passada ainda recebe alguns títulos multiplataforma e spin-offs. Mas os consoles em si não seriam nada se não fossem os jogos,e muitas vezes eles são responsáveis por uma explosão de vendas de um certo console ou provocar falências de empresas.

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Mais do que isso, alguns jogos revolucionaram o modo como a industria dos videogames trabalha, alterando conceitos e criando tendências. Pensando nisso, resolvemos criar esse artigo, falando de alguns jogos que mudaram de maneira radical a industria nos últimos 14 anos.

5. BioShock

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Quando se fala de histórias contadas, poucos jogos podem ser mais considerados que BioShock, da Irrational Games. Lançado em 2007, dois anos após o lançamento do PS3 e Xbox 360, o sucessor espiritual de Sistem Shock 2 foi mundialmente aclamado por seu design narrativo. BioShock ofereceu uma história incrível, gameplay inovativo e, mais do que isso, uma atmosfera imersiva.

Sendo um sucesso comercial e de críticas, BioShock pavimentou um tortuoso caminho para jogos em primeira pessoa, sendo mais uma prova de que videogames são sim um jeito sério e eficiente de se contar uma história.

Lançado há 7 anos, BioShock não foi o primeiro a contar uma boa história, mas a sua apresentação foi algo impressionante. A história distópica da submersa Rapture era contada conforme os jogadores exploravam suas ruínas. Mas do que ser contada, a história do local estava escrito em seu abandono, enquanto áudios encontrados falavam da vida antes, quando o local ainda era vivo.

As sequências de BioShock, entretanto, não seguiram muito bem o caminho de seu antecessor – BioShock 2 é bem meh e o Infinite, enquanto excelente, não foi o mais inovador da série. Um pouco de ironia para começar bem.

4.  Braid

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Braid não foi só o lançamento de seu criador, Jonathan Blow, mas para toda uma geração de jogos feitos por um só artista amador, que cria seu jogo com todo amor e carinho. Uma horda de plataformas de quebra-cabeça em 2D seguiram seus passos logo depois do boom inicial, mas o feito mais importante de Braid foi impulsionar toda a cena de indie games.

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Embora eu lembre mais de Limbo, no tocante a “jogos indie 2d artísticos de plataforma de quebra-cabeça”, Braid ainda é referenciado bastante. Muitos vêm seu criador como uma das poucas pessoas a tentarem elevar o nível artísticos dos videogames. Jonathan mesmo se considera assim.

E embora ele tenha dado uma ou outra opinião mais forte sobre jogos mainstream, de fato ele sabe do que está falando. Toda a estética e temática de Braid dão ao jogo um estilo único, com um gameplay inteligente e que desvia completamente dos tipos de quebra-cabeça que estamos acostumados no mundo dos jogos.

Com uma mecânica sensacional, uma história contada de maneira muito inteligente e uma dificuldade que, ao mesmo tempo em que não facilita nada, te dá tudo o que você precisa para completar as fases, Braid conseguiu seu lugar no hall dos grandes jogos. Por ter sido feito por uma única pessoa, ele mudou o mundo.

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3. Portal

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Se tem uma coisa que a Valve sabe fazer, é aproveitar uma oportunidade quando a vê. Quando um time de desenvolvedores ainda estudantes criou o Narbacular Drop(um freeware com algumas similaridades de conceitos com o futuro jogo da Valve), Tio Gabe foi lá e contratou todos para criar um novo jogo com a engine de Half-Life. O resultado disso é Portal.

O jogo, além de seus gameplays e conceitos revolucionários, fez mais do que ser um jogo bacana. Ele foi um jogo bacana bem barato de se comprar.

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Desenvolvedores muitas vezes criam um conteúdo muito bom, mas com pouca duração. E se você vende um jogo com cinco horas de gameplay a um preço “normal”, as pessoas simplesmente não compram. E ao invés de abaixar o preço, os devs caem no erro de aumentar o conteúdo além do prevista, muitas vezes piorando o conteúdo que simplesmente não era pra durar tanto.

Portal não. Foi honesto e se vendeu como um jogo de 15 dólares desde o começo de sua vida. E juntando isso a já citada jogabilidade, criatividade incrível e uma das melhores personagens da história dos jogos (GlaDOS) e temos a receita de um sucesso que ainda hoje é um exemplo de como gerir o conteúdo de maneira perfeita.

E esse foi o caminho que uma grande parte de jogos que vemos hoje na Steam trilharam. Jogos baratos, experiências únicas e preços bacanas. Obrigado, Portal!

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2. Shadow of The Colossus

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Lançado já quase no final da vida do PlayStation 2, Shadow Of The Colossus aproveitou-se de todo o potencial de hardware do segundo console da Sony e um background cult muito bem criado pelo seu antecessor espiritual (Ico) e foi além. Shadow Of The Colossus foi o jogo que colocou os videogames de vez na definição de “arte”.

Seguido a filosofia de comunicação nã0-verbal de Ico, a história de Shadow Of The Colossus é contada desde o começo com poucas palavras. É possível contar nas mãos os diálogos que não sejam apenas instruções de Dormin(você descobre quem é) sobre o que você tem que fazer.

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O objetivo é simples: matar os 16 Colossi. E esse nome não está ali por acaso. Os inimigos são absolutamente gigantescos. A mecânica é basicamente a mesma, você tem que escalar o monstro gigante e acertar em pontos vulneráveis. Pois não basta serem enormes, ele são de pedra de também. O problema é que cada um dos Colossi exige diferentes meios de escalada, que envolvem os belíssimos e ainda mais estupidamentes gigantes cenários de batalha. Há Colossis que voam, que nadam, que são menores e mais velozes, que não se mechem da cintura para baixo, mas que soltam terríveis raios pelos olhos. E é tudo tão incrível  de se fazer, tão empolgante, que você mal se questiona o porque de estar fazendo isso, além de ser um acordo com uma velha entidade em troca da vida de sua amada.

Eis que no final a história bate na porta e na sua cara com força, revelando que por trás de tudo aquilo havia uma pano de fundo obscuro e ainda mais perigoso que os colossi.

Gameplay sensacional, história contada de um jeito tão particularmente minimalista que se torna incrível e tocante, cenários imensos, paisagens absurdamente belas, gigantes para se enfrentar e uma das composições sonoras mais acertadas de todos os tempos garantem ao SoTC o seu posto de obra-prima, assim como coloca de vez os jogos eletrônicos como uma forma de arte.

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1. Call of Duty: Modern Warfare

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A história dos jogos de tiro em primeira pessoa atuais teve um de seus mais importantes capítulos iniciado por Steven Spielberg. Sim, aquele que faz filmes e tal. O diretor idealizou uma serie de jogos com temática meio “O Resgate do Soldado Ryan” da Segunda Guerra Mundial, criados pela EA Games. Essa série ficou famosa como Medal of Honor e eu ainda lembro de ter passado MUITAS horas no PS1 jogando tanto o singleplayer como o multiplayer.

O time que desenvolveu esses jogos saiu da EA depois da terceira edição, se reformulou como Infinity War e criou o que seria o maior competidor do Medal of Honor: o Call of Duty.

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Como uma jogabilidade incrível e um quêzinho a mais nas cutscenes, a serie ficou bem popular e impulsionou o gênero de FPS de Guerra no cenário dos jogos. E isso acabou gerando uma saturação nesse mercado, já que todo mundo tava afim de fazer um jogo do gênero e garantir sua abocanhada no dinheiro. Não durou muito e todos estavam de saco cheio de FPS sobre a Segunda Guerra. A Infinite Ward ainda deu seu ultimo tiro com Hour of Victory, em 2007, que hoje ninguém lembra.

Eis que o mundo veio abaixo com o lançamento de Call of Duty 4:Modern Warfare, poucos meses depois.

Fugindo da WWII, o jogo agora era sobre um ficção-plausível sobre um futuro próximo, com cenas de ação incríveis e um foco na história que envolvia muito mais do que tiroteios.

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Somado a essa mudança brusca de ares, a Infinite Ward criou um sistema de multiplayer incrível para FPS que até hoje seguem  seus passos:  você podia upar seu personagem e ganhar mais e mais vantagens no próximo combate. Essa pitada de RPG transformou o que eram deathmatchs casuais num estilo de vida onde você tinha que estar o tempo todo se aprimorando.

Modern Warfare deixou todo mundo maluco e a franquia Call of Duty deixou de ser uma serie de sucesso periódico para uma força majoritária na industria por bons anos, tendo como rival somente o Battlefield e enterrando diversas franquias, como o próprio Medal of Honor.

E embora o domínio de Call of Duty tenha sido bastante abalado com a recepção ruim de Ghosts e uma previsão bem modesta para o Advanced Warfare, o primeiro jogo sobre Guerra Moderna mudou para sempre o modo como nós e a industria encaramos os jogos de tiro hoje em dia. Se não fosse ele, talvez não tivéssemos visto jogos como Destiny e Titanfal. Talvez ainda estivéssemos presos na segunda guerra.

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Chega de revolução por hoje.  Acham que tiveram outros jogos que mudaram a Industria? Gostou dos que foram citados? Algo te chamou atenção? Poste nos comentários e converse com a gente!

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Tico
Ticohttp://criticalhits.com.br
Redator eventual, podcaster e negro maravilhoso.