O sistema de poderes de Gachiakuta vem chamando atenção dos fãs de shonen por unir profundidade e criatividade sem perder a clareza. Em um cenário onde obras como Jujutsu Kaisen e Hunter x Hunter apostam em regras complexas, restrições e habilidades herdadas, o mangá de Kei Urana constrói uma mecânica que equilibra conceito e acessibilidade, mantendo a identidade própria da obra.
No universo de Gachiakuta, tudo gira em torno de três pilares: Pensamento, Dadores e Instrumentos Vitais. Esses elementos se conectam diretamente ao mundo apresentado, que é dividido entre a Esfera — cidade flutuante limpa e rica onde viveu Rudo, o protagonista — e o Chão, um imenso lixão repleto de perigos. Nesse ambiente hostil, surgem as Bestas de Lixo, criaturas formadas quando objetos descartados acumulam Pensamento ao longo do tempo.
Pensamento – A energia que dá vida ao sistema
O Pensamento é a energia vital de Gachiakuta, comparável ao chakra, ao nen ou ao mana de outras obras. Ele nasce de emoções, memórias e do vínculo humano com objetos. Quanto mais forte esse laço, mais intenso é o Pensamento presente. No Chão, essa energia é mais ativa e visível, sendo a responsável pelo surgimento das Bestas de Lixo e pelo funcionamento dos Instrumentos Vitais.
A regra central é simples: apenas Pensamento pode afetar Pensamento. Isso explica por que armas convencionais não funcionam contra as Bestas de Lixo. Para derrotá-las, é preciso um objeto carregado com Pensamento suficiente para neutralizar o delas.
Dadores – Aqueles que canalizam o Pensamento

Um Dador é capaz de canalizar seu Pensamento para um objeto com o qual possui forte vínculo, transformando-o em um Instrumento Vital. Esse processo, chamado de Despertar, pode acontecer naturalmente ao longo de anos ou ser induzido por outro Dador, embora essa última opção traga riscos.
Cada Dador só pode ter um Instrumento Vital por toda a vida, o que o torna tanto sua maior força quanto sua maior fraqueza. Perder o objeto significa perder a capacidade de lutar.
Instrumentos Vitais – Armas com alma
Os Instrumentos Vitais são extensões da personalidade e da história do Dador. Seu tipo e habilidades refletem o uso que o objeto teve antes do Despertar, e se dividem principalmente em:
Tipo Ofensivo
Criados a partir de objetos usados ao máximo, com foco em ataque.
Tipo Defensivo
Originados de objetos preservados e protegidos, voltados para defesa ou utilidade.
O poder dessas armas evolui com o tempo, conforme o Dador cuida e luta com elas. Além disso, quando despertam, recebem um nome gravado que estabiliza sua forma e poder. Retirar ou ocultar esse nome pode enfraquecê-las propositalmente, seja para evitar sobrecarga, seja para limitar o dano contra o oponente.
Com esse conjunto de regras, o sistema de poderes de Gachiakuta se destaca entre os shonen por transformar a relação emocional entre personagens e objetos em um elemento central da ação, tornando cada luta única e carregada de significado.
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