O misterioso e sombrio deus Jashin, cultuado por Hidan no universo de Naruto, continua despertando a curiosidade dos fãs da série, mesmo anos após sua introdução. Associado a rituais macabros, imortalidade e destruição, Jashin representa um dos conceitos mais enigmáticos do mundo criado por Masashi Kishimoto.
Apesar de seu impacto limitado na tela, o deus e sua doutrina ganharam novas camadas por meio de materiais complementares, como light novels e databooks, que expandem a mitologia por trás do Jashinismo.
Quem é Jashin no universo Naruto

Jashin, cujo nome pode ser traduzido como “coração perverso” ou “deus do mal”, é uma divindade de caráter destrutivo, cuja existência foi inicialmente duvidada pelos próprios personagens da obra. Sua aparição ocorre de forma indireta, principalmente através de Hidan, o único seguidor conhecido da religião. Hidan é um dos membros da organização criminosa Akatsuki, e ganhou notoriedade por ser imortal, condição que ele atribui à sua devoção total a Jashin.
Segundo relatos de Hidan, o culto a Jashin exige nada menos que a morte absoluta de seus alvos. Os seguidores são instruídos a matar como forma de purificação e libertação, alegando que apenas pela morte é possível livrar as pessoas do medo da própria finitude. A violência, portanto, não é apenas tolerada, mas glorificada como um serviço espiritual.
Rituais e poderes do Jashinismo
O Jashinismo é centrado em rituais complexos e sangrentos. Antes de cada batalha, Hidan realiza orações pedindo a seu deus força para realizar sacrifícios em nome dele. Caso não consiga matar, ele reza por perdão, demonstrando o grau de fanatismo envolvido na crença. O ritual mais conhecido envolve desenhar no chão o símbolo de Jashin — um triângulo invertido dentro de um círculo — utilizando o próprio sangue.
Depois de ingerir o sangue do oponente e se posicionar dentro do símbolo, o seguidor entra em um estado transformado, com a pele negra marcada por ossos brancos, lembrando um esqueleto. Neste estado, ele se torna capaz de transferir qualquer ferimento que sofre para o adversário, utilizando uma técnica conhecida como “Maldição: Possessão Mortal pelo Sangue”. Como Hidan é imortal, ele pode infligir em si mesmo ferimentos fatais para eliminar seus inimigos.
Outro seguidor de Jashin, Ryūki, introduzido posteriormente em materiais complementares como Konoha Shinden, usava uma técnica semelhante para manipular o corpo de suas vítimas através de bonecos, criando uma espécie de elo físico semelhante ao vodu. Essas habilidades demonstram a amplitude dos jutsus associados ao culto.
A dúvida sobre a existência de Jashin
Durante muito tempo, especulou-se se Jashin era uma entidade real ou apenas uma construção ideológica de Hidan. Essa dúvida ganhou força após a Quarta Guerra Ninja, quando Konoha passou a investigar o Jashinismo com mais profundidade. Inicialmente, não foi possível encontrar outras pessoas que seguissem essa crença, o que levou à hipótese de que tudo poderia ser fruto da imaginação de Hidan.
No entanto, com a descoberta de uma seita liderada por Ryūki, responsável por sacrificar viajantes em nome de Jashin, confirmou-se que o culto tinha raízes mais profundas. Embora ainda envolta em mistério, essa revelação indicou que Jashin de fato existia dentro do universo da obra, como uma entidade dotada de poder real.
Imortalidade: a dádiva de Jashin
A imortalidade concedida aos seguidores é um dos aspectos mais fascinantes — e perigosos — do culto. Tanto Hidan quanto Ryūki obtiveram essa habilidade por meio de rituais que envolvem múltiplos sacrifícios. No caso de Hidan, seu corpo parou de envelhecer e ele tornou-se incapaz de morrer por meios convencionais. Curiosamente, sua única vulnerabilidade conhecida é a desnutrição, uma limitação que pode levá-lo à morte se for impedido de se alimentar indefinidamente.
Ryūki também mencionava a necessidade de sacrificar diversas pessoas para manter sua condição especial, embora não se saiba se havia critérios específicos para a escolha das vítimas. Em ambos os casos, os seguidores viam os rituais como um dever religioso, não apenas uma fonte de poder.
Impacto na narrativa e no universo expandido
Embora o Jashinismo não tenha sido amplamente explorado na série principal, sua presença marca um ponto de virada importante na construção do universo de Naruto. A introdução de um deus tão cruel e a representação extrema de uma religião baseada no sacrifício colocam em evidência o quanto Masashi Kishimoto se permitiu experimentar com temas obscuros e filosóficos, como o medo da morte, o fanatismo religioso e a natureza da imortalidade.
O contraste entre Jashin e outras referências espirituais da obra, como os Seis Caminhos de Pain inspirados no budismo, revela a diversidade simbólica do mundo ninja. Enquanto algumas figuras buscam o equilíbrio e a iluminação, outras, como Jashin, refletem o extremo oposto: o culto à destruição como forma de transcendência.
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Naruto Shippuden foi exibido entre os anos de 2007 e 2017 e contando a segunda fase do anime.
Nela, Naruto retorna após dois anos de treinamento com a missão de combater a Akatsuki e então resgatar Sasuke das garras de Orochimaru.
Enquanto isso, a Akatsuki começa sua busca pelas Bijuus e o mundo ninja está prestes a enfrentar a maior crise que já viu em sua história.
Ao todo, o anime tem 500 episódios (incluindo os fillers de Naruto Shippuden), e finaliza a história de Naruto, Sasuke, Sakura e Kakashi. Além disso, o anime prepara o terreno para a continuação direta da história.
Você pode acompanhar Naruto na íntegra no Crunchyroll. No post de hoje, listamos todos os personagens que Sasuke Matou em Naruto.