Em Kagurabachi, as Espadas Encantadas forjadas por Kunishige Rokuhira vão muito além de simples armas. Cada uma delas pode carregar uma carga simbólica profunda, possivelmente inspirada nos Sete Pecados Capitais. Embora a manipulação de energia espiritual esteja no centro da narrativa, o vínculo entre espada e portador parece refletir aspectos emocionais e espirituais mais profundos.
Essa teoria ganha força ao analisarmos a relação entre Hiruhiko e sua espada, Kumeyuri. A conexão intensa entre ambos sugere que características ligadas a certos pecados podem influenciar a compatibilidade com as espadas. Assim, o autor Takeru Hokazono estaria mesclando elementos de teologia com fantasia para enriquecer a narrativa com nuances psicológicas e espirituais.
Aviso: Este artigo apresenta uma teoria especulativa com base na análise dos eventos do mangá Kagurabachi.
As Espadas de Kagurabachi como manifestações dos Sete Pecados Capitais
A espada Kumeyuri, empunhada por Hiruhiko, se destaca não apenas por suas correntes ilusórias e habilidades intoxicantes, mas também pela forma como domina o próprio usuário. Hiruhiko é movido por um desejo obsessivo e possessivo, refletindo uma versão mais ampla da Luxúria — não apenas no sentido sexual, mas como um desejo arrebatador e consumista.
A habilidade da espada, conhecida como Banquete, cria ilusões que prendem e manipulam, simbolizando perfeitamente o aprisionamento causado por esse pecado capital.
Outras espadas e seus possíveis pecados
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Shinuchi – Representa a Ira (Wrath): seu poder destrutivo é canalizado em ataques furiosos, mas controlados. O usuário, conhecido como Mestre Espadachim, luta com precisão e violência contida.
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Enten – Simboliza o Orgulho (Pride): como uma das espadas mais poderosas, sua habilidade de corte extremo reflete a natureza elevada do orgulho, o pecado que acredita estar acima de todos os outros.
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Kuregumo – Relaciona-se com a Avareza (Greed): sua habilidade espiral que suga tudo ao redor representa o desejo de acumular e possuir incessantemente.
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Tobimune – Pode refletir a Preguiça (Sloth): com poderes que permitem ao usuário agir com o mínimo esforço e máximo efeito, esta espada traduz bem a essência da apatia estratégica.
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A espada da espadachim mulher – Provavelmente ligada à Inveja (Envy): rumores sugerem que sua habilidade é copiar ou imitar outras técnicas, algo diretamente relacionado ao desejo de possuir o que pertence aos outros.
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A espada de Subaru – Pode representar a Gula (Gluttony): embora pouco se saiba, sua arma parece ter características ligadas à absorção e consumo.
Portadores e pecados: um elo espiritual predestinado?
Cada portador parece refletir traços de personalidade ou passados que se alinham com o pecado da espada que empunham. Isso indica que as espadas possuem algum tipo de consciência ou “chamado espiritual”, atraindo pessoas que compartilham de seus traços — seja por fraqueza ou por afinidade.
Assim, a jornada de Chihiro Rokuhira para recuperar as Espadas Encantadas pode ser mais do que apenas uma busca por vingança. Pode se tratar também de uma jornada moral, enfrentando e superando os pecados um a um, como parte de seu crescimento espiritual e emocional.
Sobre Kagurabachi
Kagurabachi é uma história de ação e fantasia que segue Chihiro Rokuhira, um jovem espadachim em busca de vingança após a morte de seu pai, um renomado ferreiro de espadas encantadas. Em um mundo onde feiticeiros poderosos e organizações secretas disputam o controle de armas mágicas, Chihiro herda a missão de proteger a última lâmina forjada por seu pai. Sua jornada o leva a confrontar o temido grupo Hishaku, um pequeno e misterioso grupo de feiticeiros de elite.
Ao longo da história, Chihiro enfrenta inimigos formidáveis, enquanto descobre segredos sombrios sobre seu passado e o poder das lâminas encantadas. Com uma mistura de batalhas épicas e tensão emocional, Kagurabachi explora temas como vingança, amizade e o peso das escolhas, em um mundo repleto de magia e intrigas.
O mangá pode ser conferido oficialmente no MANGAPLUS.