Desde a introdução do Gear Five e o conceito da Vontade de D, os fãs de One Piece têm se preocupado que Luffy possa acabar caindo no clichê do “Escolhido”, um trope amplamente explorado em animes e mangás shonen. O Arco de Elbaf apenas reforçou essas preocupações, especialmente com a revelação dos textos de Harley e o mural recém-descoberto na Árvore-Joia Adam. No capítulo 1138, os textos de Harley foram divididos em três estrofes, denominadas como Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo, sendo este último uma suposta profecia sobre o futuro.
Os Textos de Harley Selam o Destino de Luffy na Saga Final
A terceira estrofe dos textos de Harley parece definir o destino de Luffy na série. Ele é retratado como o deus do sol que irá rir e dançar enquanto conduz o mundo ao seu “fim”, trazendo uma nova alvorada. Embora já tenham sido feitas profecias sobre Luffy no passado, os textos de Harley selam seu papel como o Escolhido em One Piece. Isso se soma à sua posição como sucessor de Joyboy, colocando-o no centro do conflito apocalíptico que se desenrola há 800 anos, independentemente de sua vontade.
Uma grande parte do apelo inicial de One Piece era o fato de Luffy começar sua jornada como um simples garoto com poderes elásticos e um grande sonho, confiando em sua criatividade e determinação para superar desafios. Entretanto, conforme mais informações sobre a Vontade de D e sua linhagem surgiram, ficou cada vez mais claro que Luffy não era tão comum quanto parecia.
Embora os paralelos com Roger tenham sido bem recebidos pelos fãs, a introdução de Joyboy levantou preocupações sobre Luffy estar seguindo um destino pré-determinado. Essas suspeitas foram praticamente confirmadas no arco de Wano, quando foi revelado que a Fruta Gomu Gomu era, na verdade, a Lendária Fruta de Nika. Essa reviravolta causou grande controvérsia, pois reforçou a ideia de que o caminho de Luffy já estava traçado desde o início.
One Piece Não Precisava do Trope do Escolhido
O trope do Escolhido não é necessariamente ruim, e se há alguém capaz de executá-lo de forma convincente, esse alguém é Eiichiro Oda. No entanto, nos últimos anos, ele se tornou excessivamente utilizado no shonen, tornando-se previsível e desgastado, assim como o trope do protagonista que se torna hospedeiro de uma entidade maligna.
Além disso, em One Piece, esse trope parece desnecessário. Luffy, apesar de sua simplicidade aparente, possui um código moral único que já o torna um personagem suficientemente interessante. Torná-lo um Escolhido apenas adiciona um peso narrativo que não é essencial para sua trajetória.
Isso se torna ainda mais evidente ao considerar que Luffy nunca quis estar associado a Nika. No capítulo 1136, ao ouvir a descrição de Nika de Jarul e perceber por que todos o comparam a essa figura, Luffy simplesmente responde: “Mas isso não tem nada a ver comigo.” Essa resposta resume bem seus sentimentos sobre o assunto. É irônico que um personagem cuja essência está na liberdade e na autodeterminação acabe preso ao peso de um destino inevitável.
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One Piece conta a história de Monkey D. Luffy, um jovem com poderes de borracha cujo sonho é tornar-se o Rei dos Piratas, e da tripulação deles, os Piratas do Chapéu de Palha.
Ao todo, o anime conta com mais de 1000 capítulos, e ainda é exibido no Japão, sendo uma das séries mais populares de todos os tempos.
De longe, uma das melhores características deste anime são as Sagas de One Piece, que constantemente puxam elementos introduzidos centenas de capítulos para trás e mostram como essa é uma história ambiciosa e bem pensada.
Atualmente, o anime está partindo para o arco de Egghead, após a conclusão de Wano e Luffy finalmente tornar-se um dos quatro Yonkou após vencer Kaidou em um combate épico.
A história de Luffy e seus amigos pode ser acompanhada na íntegra no Crunchyroll, em japonês com legendas em português ou na Netflix com as primeiras grandes sagas dubladas.
