A amizade entre Satoru Gojo e Suguru Geto é um dos laços mais impactantes de Jujutsu Kaisen. No entanto, o destino de ambos os personagens também reflete uma das maiores características da série: o pragmatismo brutal do mundo dos feiticeiros.
Ambos morreram e tiveram seus corpos tomados por outras pessoas, funcionando como um paralelo simbólico de suas jornadas. Mas, mais do que isso, essas ações demonstram como a lógica e a necessidade de vencer sempre prevalecem no mundo da feitiçaria – independentemente da moralidade envolvida.
O pragmatismo na batalha: o legado de Geto e Gojo
Desde que Kenjaku tomou o corpo de Geto, os fãs discutem o quão estratégico foi esse movimento. O vilão utilizou a Técnica Amaldiçoada de Geto de maneira ainda mais eficiente do que o próprio usuário original, provando que, na luta pelo poder, a utilidade de um corpo e suas habilidades importa mais do que a identidade do indivíduo.
No entanto, o caso de Gojo leva essa ideia ainda mais longe. Após ser morto por Sukuna, Yuta Okkotsu assumiu o corpo de seu antigo mestre, um ato extremo, mas necessário para tentar derrotar o Rei das Maldições.
Diferente de Kenjaku, que usou Geto para seus próprios objetivos, Yuta fez isso com o consentimento prévio de Gojo. Esse detalhe reforça como até mesmo um dos feiticeiros mais poderosos entendia que, no mundo da feitiçaria, os corpos e habilidades são apenas ferramentas para a vitória.
Isso evidencia um padrão recorrente em Jujutsu Kaisen: os personagens não hesitam em tomar decisões brutais quando necessário. A sobrevivência e a vitória importam mais do que valores como honra ou respeito aos mortos.
Moralidade na sociedade jujutsu: o equilíbrio entre pragmatismo e ética
A sociedade dos feiticeiros não segue um código moral claro. Embora sejam, teoricamente, protetores da humanidade, muitos dos feiticeiros de Jujutsu Kaisen são corruptos ou agem por interesses próprios.
Exemplos disso incluem:
- Naoya Zen’in, que deseja poder a qualquer custo.
- Mei Mei, que não hesita em abandonar aliados para salvar a própria pele.
- Suguru Geto, que virou um terrorista por sua visão distorcida sobre o mundo.
Por outro lado, há personagens como Yuta Okkotsu, que, apesar de tomar decisões difíceis, mantém um senso moral forte. Seu ato de usar o corpo de Gojo não foi motivado por ambição ou desejo de poder, mas sim pela necessidade de proteger a humanidade e derrotar Sukuna.
Esse contraste entre pragmatismo e moralidade é uma das essências de Jujutsu Kaisen. A série mostra que, em um mundo de maldições e batalhas constantes, as regras tradicionais da ética nem sempre se aplicam, e o que importa é a sobrevivência e a vitória.
Assim, o destino de Gojo e Geto não apenas reforça o impacto de suas histórias, mas também demonstra a natureza fria e estratégica da sociedade jujutsu, onde até os corpos dos mortos podem ser usados como armas no campo de batalha.
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Jujutsu Kaisen (traduzido para Batalha de Feiticeiros no Brasil) é um mangá japonês escrito e ilustrado por Gege Akutami, e publicado na revista Weekly Shōnen Jump desde 5 de março de 2018.
Jujutsu Kaisen conta a história de Yuji Itadori, um jovem gênio do atletismo que acaba juntando-se a um clube de ocultismo e então descobrindo ser o receptáculo perfeito para Ryomen Sukuna, a maldição mais poderosa de todos os tempos.
Jujutsu Kaisen tem um anime desenvolvido pelo Studio Mappa (o mesmo de Attack on Titan) com duas temporadas disponíveis no Crunchyroll.