Jujutsu Kaisen retorna ao foco das discussões entre fãs por causa da forma como a obra desenvolve suas personagens femininas, um tema que acompanha a franquia desde os capítulos iniciais e que ganhou força após o desfecho considerado anticlimático do mangá original. Mesmo com o impacto cultural e a popularidade da série, o público mantém críticas constantes sobre como mulheres são apresentadas, evoluem e participam das principais tramas.
A origem do problema e a queda de protagonismo das mulheres

O debate ganhou força à medida que personagens que haviam sido celebradas no início perderam relevância narrativa. Ao longo da história, figuras como Nobara Kugisaki e Yuki Tsukumo foram gradualmente afastadas de papéis centrais. No caso de Yuki, mesmo sendo apresentada como uma feiticeira de grande importância, ela passou boa parte da trama fora de ação e acabou derrotada rapidamente em sua única luta significativa. Já Nobara tornou-se um símbolo dessa crítica, pois nunca venceu um confronto por conta própria e desapareceu da história após o embate contra Mahito, retornando apenas brevemente após um longo período em coma.
O contraste mais evidente envolve Maki Zenin, uma das poucas personagens cuja trajetória possui peso real para a narrativa, o que a transforma em exceção dentro de uma obra que raramente oferece à sua base feminina oportunidades iguais às dos homens.
Como Jujutsu Kaisen Modulo reacende a crítica

A chegada da continuação, Jujutsu Kaisen Modulo, reacendeu a discussão ao repetir parte das fragilidades anteriores. Apesar de apresentar a protagonista Yuka Okkotsu, o enredo recente tem deslocado o foco para Tsurugi e Maru. O ponto mais sensível surgiu no capítulo 11, quando foi revelado que mulheres da tribo Simuriana de Maru não podem usar energia amaldiçoada, uma limitação que ampliou as críticas sobre a construção do mundo.
A percepção negativa aumentou quando Maru e Tsurugi expressaram o sentimento de que precisam proteger as mulheres próximas, independentemente da capacidade delas. A narrativa reconhece que esses personagens possuem uma visão patriarcal, mas ainda assim apresenta essa postura como algo honroso, o que gera desconforto entre leitores que já veem a obra com desconfiança nesse aspecto.
Caminhos possíveis para corrigir o rumo

O futuro de Jujutsu Kaisen Modulo ainda deixa margem para mudanças importantes. O próprio enredo sugere que outras tribos Simurianas possuem mulheres capazes de manipular energia amaldiçoada, o que abre espaço para personagens como a irmã de Dabura surgirem de forma mais contundente e equilibrar a representação feminina no universo da série.
A evolução de Yuka também será determinante. Embora a personagem tenha perdido destaque nos últimos capítulos, sua trama envolvendo a doença e a jornada ao lado de Cross ainda pode render desenvolvimento emocional e consolidá-la como protagonista em pé de igualdade com Tsurugi. Esse impacto seria ainda maior se sua trajetória for usada para confrontar diretamente a visão protetiva de Tsurugi, reforçando que Yuka é plenamente capaz de enfrentar os próprios desafios.
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