A viagem no tempo em Dragon Ball Z é um dos conceitos mais intrigantes e, ao mesmo tempo, mais confusos da franquia. Introduzida com a chegada de Trunks do Futuro, essa mecânica parecia simples à primeira vista: um jovem guerreiro retorna ao passado para impedir a destruição do mundo pelas mãos dos Androids. No entanto, o que começou como uma intervenção direta acabou criando quatro linhas do tempo diferentes, um detalhe que muitos fãs não perceberam por completo.
As quatro linhas do tempo criadas por Trunks ao viajar no tempo em Dragon Ball Z
A confusão começa quando Trunks viaja do futuro para o passado. Sua intenção era mudar os acontecimentos e evitar que os Androids 17 e 18 destruíssem a Terra, mas, como ocorre em muitas histórias de viagem temporal, suas ações criaram realidades alternativas. A primeira é a linha original, onde Trunks cresceu em um mundo devastado e dominado pelos Androids. A segunda é a linha em que ele chega ao passado e avisa Goku e os demais sobre o perigo — alterando completamente os eventos e criando um novo fluxo temporal.
A terceira linha do tempo surge quando Cell mata Trunks em seu próprio futuro e rouba sua máquina do tempo, voltando ainda mais no passado. Essa interferência gera outra ramificação, coexistindo com a anterior. O ponto mais curioso é que duas máquinas do tempo passam a existir no mesmo universo, cada uma vinda de realidades distintas, mas coexistindo fisicamente. Por fim, há uma quarta linha do tempo, nunca mostrada diretamente no anime, onde Trunks consegue derrotar Cell antes que ele realize qualquer viagem temporal.
O paradoxo de Dragon Ball Super
Com o passar dos anos, Dragon Ball Super tornou o enredo temporal ainda mais complexo. O arco de Goku Black introduz o conceito de Zeno do Futuro, que acaba destruindo uma das linhas do tempo completamente e levando Trunks e Mai para uma realidade alternativa idêntica, mas sem o caos que haviam vivido. Assim, o universo de Dragon Ball passa a conter uma série de cronologias coexistentes, cada uma com pequenas variações nos eventos, personagens e desfechos.
A viagem no tempo em Dragon Ball Z não apenas mudou o rumo da história, mas também criou quatro linhas do tempo distintas, um detalhe que passa despercebido por muitos fãs. Essa fragmentação do enredo mostra como uma única decisão pode alterar todo o equilíbrio do universo de Akira Toriyama. Mesmo confusa, essa complexa teia temporal é parte essencial do charme da saga — e um lembrete de que, no mundo de Dragon Ball, mexer com o passado nunca é algo simples.
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