O anime Death Note apresenta Light Yagami como um jovem gênio corrompido pelo poder do caderno da morte, mas a versão animada distorce parte de sua humanidade retratada no mangá. Embora a história siga fielmente o enredo de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, algumas mudanças sutis transformam completamente a percepção do público sobre o protagonista. No mangá, Light é um estudante inteligente que cai lentamente na loucura; no anime, ele se torna frio e calculista desde o início.
Light Yagami é mais cruel no anime do que no mangá de Death Note
No mangá, Light hesita ao usar o caderno pela primeira vez, mostrando medo e culpa. Já no anime, ele mata sem remorso, convertendo-se instantaneamente em Kira. Essa diferença altera o tom da narrativa, removendo o dilema moral e tornando o personagem mais próximo de um sociopata do que de um justiceiro equivocado.
Uma teoria popular sugere que Light criou seu complexo de deus apenas para justificar seus primeiros assassinatos. Ao matar por curiosidade, ele se vê obrigado a construir uma ideologia para suportar a culpa. Assim, cada morte subsequente serve apenas para sustentar a mentira de que ele age por justiça.
Durante o arco da Yotsuba, quando perde a memória da Death Note, Light volta a ser gentil e cooperativo. Ele trabalha ao lado de L com sinceridade e sem intenções ocultas. Essa fase comprova que o caderno não só potencializou sua arrogância, como também destruiu o que restava de sua empatia.
Embora pareça haver influência sobrenatural, Death Note nunca afirma que o caderno altera a mente de seu dono. A transformação de Light vem de seu orgulho e necessidade de estar certo. Ele não é vítima da Death Note, mas de sua própria vaidade. No fim, o verdadeiro monstro nunca foi o caderno, e sim o homem que acreditou ser um deus.
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