Entenda completamente o final de Fire Force

O mangá Fire Force chegou ao fim em 2022, mas sua conclusão continua repercutindo entre os fãs — especialmente por revelar uma conexão direta com Soul Eater, outra obra aclamada de Atsushi Ohkubo. Com reviravoltas, revelações e um encerramento que molda o universo de forma surpreendente, o desfecho de Fire Force elevou a obra a um novo patamar entre os grandes títulos shonen.

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Se você ainda tem dúvidas sobre o final do mangá, o significado de seus acontecimentos e a ligação com Soul Eater, este guia explica tudo o que você precisa saber.

O que acontece no final de Fire Force?

O retorno ao Adolla e a origem do cataclismo

Nos momentos finais da história, Shinra Kusakabe e seu irmão Sho viajam até Adolla, uma dimensão equivalente ao inferno, que está diretamente ligada à mente subconsciente da humanidade. Foi de Adolla que surgiu o primeiro Grande Cataclismo, evento que devastou a Terra e alterou seu ecossistema.

Em Adolla, os irmãos descobrem que a origem do caos é alimentada pelo desespero humano. A chama de Adolla consome sentimentos de medo, dor e angústia — e é isso que ameaça provocar um novo cataclismo. A vilã Haumea, guiada pela Evangelista, tenta desencadear esse evento mais uma vez, agora com mais força e controle.

Shinra derrota Haumea e reconstrói o mundo

Durante o confronto com Haumea, Shinra entra em um estado de fúria extrema, alimentando ainda mais as chamas de Adolla. No entanto, antes que o planeta seja totalmente destruído, ele realiza uma ressonância de alma com Sho e com uma entidade que representa a esperança.

Com esse poder, Shinra vence Haumea — não apenas com força física, mas através de um debate ideológico entre desespero e esperança. Utilizando as lágrimas da vilã, ele consegue restaurar a Terra, ressuscitar os mortos e reformular a natureza da morte. O novo mundo criado por Shinra deixa de lado a combustão espontânea e se baseia em manipular almas — dando início à era de Soul Eater.

A ligação entre Fire Force e Soul Eater

Fire Force é o prelúdio de Soul Eater

A conexão entre as obras já era especulada há muito tempo, mas foi confirmada oficialmente no último capítulo de Fire Force, com a aparição dos nomes Soul e Maka, protagonistas de Soul Eater. Isso revelou que Fire Force é, na verdade, um prelúdio canônico da série lançada anteriormente por Ohkubo.

Referências espalhadas ao longo do mangá

Diversos indícios dessa ligação já apareciam ao longo da narrativa:

O número 8, da Companhia 8, é o número favorito de Death the Kid em Soul Eater.
No capítulo 230, a lua sorridente de Soul Eater aparece pela primeira vez.
Excalibur, a espada de Arthur Boyle, diz a palavra “Fool”, mesma frase usada pela Excalibur em Soul Eater.
A transição do uso do fogo para a manipulação de almas acontece no final de Fire Force, base conceitual de Soul Eater.

Ohkubo usou essas pistas como forma de preparar o terreno para a revelação final e dar profundidade ao seu universo compartilhado.

Por que o final de Fire Force foi tão bem recebido?

Um encerramento ousado e bem amarrado

Finalizar uma obra conectada a outro sucesso é um desafio. Mas Ohkubo conseguiu encerrar a trama sem pontas soltas, ao mesmo tempo que entregou uma construção de mundo coerente com Soul Eater. A escolha de alterar a natureza da morte e criar um novo sistema baseado em almas foi inovadora e deu um novo contexto ao universo já conhecido.

Além disso, os temas centrais — como esperança, sacrifício, desespero e renascimento — foram abordados com maturidade e equilíbrio, proporcionando um final que respeita o crescimento dos personagens e a trajetória do público leitor.

Um novo olhar sobre Soul Eater

Para quem já era fã de Soul Eater, o final de Fire Force oferece um novo significado à série anterior. E para quem conheceu Fire Force primeiro, há um convite irresistível para explorar a obra anterior de Ohkubo, agora com uma perspectiva completamente nova sobre seu universo.

Existe chance de spin-off ou continuação?

Ohkubo pode se aposentar, mas seu legado continua

O autor Atsushi Ohkubo já expressou a intenção de se aposentar após o fim de Fire Force, encerrando uma carreira de mais de 20 anos com duas obras marcantes. No entanto, seu estilo e ideias seguem vivos em outros mangás, como Gachiakuta, criado por Kei Urana, seu ex-assistente, que já está confirmado para receber uma adaptação em anime em 2025.

Mesmo sem uma continuação direta, Fire Force reacendeu o interesse por Soul Eater, e ambos os universos continuam sendo celebrados pela comunidade otaku e por novos leitores que descobrem essas histórias fascinantes.