Um dos maiores talentos de Eiichiro Oda em One Piece é transformar detalhes esquecidos em elementos-chave da trama. No capítulo 1156, o mangá resgata a Doença do Amor, mencionada ainda na saga de Amazon Lily, quando Luffy conheceu Boa Hancock. Agora, descobrimos que essa condição afetou outras Imperatrizes do passado e está diretamente ligada a personagens como Gol D. Roger e Rayleigh.
A Doença do Amor em One Piece não é apenas um capricho cômico de Hancock, mas uma condição real que pode matar as governantes de Amazon Lily. O mais recente flashback revela que Gloriosa, uma antiga Imperatriz, também sofreu com essa enfermidade ao se apaixonar por Roger, criando um forte paralelo com Hancock e sua obsessão por Luffy.
Quando o amor vira fraqueza em Amazon Lily
No passado, Gloriosa liderava as Piratas Kuja ao lado de Shakuyaku, que hoje comanda o bar em Sabaody. Ambas eram extremamente belas, a ponto de paralisar até os Piratas do Roger em combate. Porém, o coração delas já tinha donos: Gloriosa gostava de Roger, enquanto Shakuyaku tinha interesse por Silvers Rayleigh. O amor não correspondido de Gloriosa a levou a contrair a Doença do Amor.
Com a chegada da Marinha, os Kuja fugiram e os Roger ficaram para lutar. Apesar da confusão, ficou claro que Gloriosa estava completamente dominada pelo amor, assim como Hancock estaria anos depois. A diferença é que Gloriosa reconheceu os sinais e deixou Amazon Lily, evitando a morte.
Hancock, Luffy e uma paixão não correspondida
A história de Boa Hancock começa parecida. Ao conhecer Luffy, ela tenta usar os poderes de sua Fruta do Amor para controlá-lo, mas falha. O comportamento puro de Luffy, que não se impressiona com sua beleza, quebra as barreiras emocionais de Hancock, que acaba se apaixonando. O sentimento cresce ao ponto de afetar sua saúde emocional e física.
Apesar do amor avassalador, Luffy nunca correspondeu. Hancock chegou a sair da ilha algumas vezes para ajudar Luffy, o que amenizou os efeitos da doença. Mesmo assim, a obsessão ainda existe, e Hancock continua sofrendo em silêncio, presa a um sentimento que pode custar sua vida.
As Imperatrizes que sobreviveram à Doença do Amor

Gloriosa
Apaixonada por Roger, Gloriosa deixou Amazon Lily ao perceber os sintomas da doença. Ainda que o amor não fosse recíproco, sua decisão salvou sua vida. Existe uma teoria de que ela entrou para os Piratas Rocks na tentativa de reencontrar Roger, mas pode ter se apaixonado por outro pirata, talvez até mesmo Barba Branca.
Shakuyaku
Quando assumiu o comando após Gloriosa, Shakuyaku também se apaixonou — por Rayleigh, o braço direito de Roger. Ela escolheu seguir seu coração, deixou a ilha e, hoje, vive ao lado dele. Sua escolha a livrou da doença e a levou a um final feliz.
Tritoma
Pouco se sabe sobre essa Imperatriz, mas segundo informações do SBS do volume 109, ela morreu vítima da Doença do Amor por reprimir seus sentimentos. Ela representa o destino trágico de quem escolhe negar a própria emoção.
Boa Hancock
Hancock ainda vive, mas não está curada. Seu amor por Luffy é unilateral, e a falta de correspondência emocional faz com que a doença permaneça em estado latente. Mesmo assim, Hancock continua lutando contra seus sentimentos para permanecer viva.
Um ciclo que desafia a tradição das Kuja
A Doença do Amor parece afetar apenas as líderes de Amazon Lily, e não as demais guerreiras da tribo. Isso levanta a hipótese de que a condição está ligada ao fardo de ser Imperatriz em uma sociedade que renega o contato com homens. Para muitas, amar significa desafiar a própria cultura — e talvez até ser forçada a partir.
Enquanto Gloriosa e Shakuyaku quebraram esse ciclo ao seguir seus sentimentos, Hancock continua aprisionada, vivendo um amor impossível por Luffy. E como Luffy já recusou abertamente casar com ela, esse sentimento tende a permanecer como uma comédia trágica dentro do enredo.
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One Piece conta a história de Monkey D. Luffy, um jovem com poderes de borracha cujo sonho é tornar-se o Rei dos Piratas, e da tripulação deles, os Piratas do Chapéu de Palha.
Ao todo, o anime conta com mais de 1000 capítulos, e ainda é exibido no Japão, sendo uma das séries mais populares de todos os tempos.
De longe, uma das melhores características deste anime são as Sagas de One Piece, que constantemente puxam elementos introduzidos centenas de capítulos para trás e mostram como essa é uma história ambiciosa e bem pensada.
Atualmente, o anime está partindo para o arco de Egghead, após a conclusão de Wano e Luffy finalmente tornar-se um dos quatro Yonkou após vencer Kaidou em um combate épico.
A história de Luffy e seus amigos pode ser acompanhada na íntegra no Crunchyroll, em japonês com legendas em português ou na Netflix com as primeiras grandes sagas dubladas.