A morte de Akira Toriyama, criador de Dragon Ball, no dia 1º de março de 2024, abalou profundamente o mundo dos animes e mangás. Responsável por uma das obras mais influentes da história, Toriyama faleceu aos 68 anos, no mesmo ano em que sua principal criação completaria 40 anos. No entanto, um novo desdobramento envolvendo a editora Shueisha, responsável por publicar seus trabalhos, está gerando polêmica.
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Em uma entrevista recente, os três primeiros editores de Dragon Ball — Kazuhiko Torishima, Yu Kondo e Fuyuto Takeda — criticaram abertamente a maneira como a Shueisha lidou com a morte do autor. Segundo os editores, eles sequer foram avisados com antecedência, mesmo tendo trabalhado diretamente com Toriyama por muitos anos.
“Frio e impessoal”: editores criticam ausência de homenagem e falta de comunicação
A entrevista foi divulgada por um podcast japonês chamado @KosoKoso_hoso e traduzida por fãs no perfil @Venixys no X (antigo Twitter). Nela, os editores expressam decepção com a ausência de uma homenagem digna ao criador de Dragon Ball. Torishima afirmou que só soube da morte um dia antes do anúncio oficial, enquanto os outros dois só descobriram pela mídia, no dia 8 de março.
“A comunicação foi fria e impessoal”, resumiu o relato divulgado pelo perfil. Além disso, os editores lamentaram o fato de nenhuma cerimônia pública ou memorial ter sido realizado, nem mesmo uma mensagem de peso da equipe editorial da Weekly Shonen Jump.
Segundo os editores, um simples gesto, como a imagem clássica de Goku acenando em despedida, já teria feito toda a diferença para os fãs. Para eles, o tratamento dado a Toriyama pode estabelecer um precedente negativo para futuros mangakás.
Funeral privado e ausência de tributo público
De acordo com o comunicado oficial da Bird Studio e Capsule Corporation Tokyo, a cerimônia de despedida foi privada, conforme a vontade de Toriyama, com a presença apenas de familiares próximos. Também foi solicitado que não fossem enviados presentes, flores ou realizadas visitas ou entrevistas com a família.
O problema, segundo os editores, não foi o funeral discreto — mas sim a ausência de qualquer tributo público por parte da Shueisha, uma empresa que deve sua posição de liderança, em parte, ao sucesso de Dragon Ball.
Homenagens vieram de colegas, mas não da editora
Na nota oficial, a Shueisha reconheceu as contribuições de Toriyama, e personalidades como Eiichiro Oda (One Piece), Masashi Kishimoto (Naruto) e Yuji Horii (Dragon Quest) deixaram mensagens emocionadas. No entanto, os editores afirmam que nada foi feito pela editora em termos de homenagem simbólica, algo que desapontou tanto os profissionais próximos ao autor quanto o próprio público.
Fãs reagem com revolta nas redes sociais
Desde a divulgação da entrevista, fãs do mundo inteiro expressaram sua frustração nas redes sociais. Muitos afirmam que a Shueisha deveria ter organizado um memorial público ou ao menos publicado uma edição especial em homenagem ao autor. A ausência de uma despedida mais significativa foi vista como desrespeitosa, principalmente diante do impacto global da obra de Toriyama.
Akira Toriyama moldou o gênero shonen, inspirando gerações de artistas e criando um legado cultural que transcende o Japão. A crítica dos editores reforça uma demanda: autores devem ser reconhecidos em vida — e respeitados após a morte.
Dragon Ball Super encontra-se em hiato no momento. O anime encerrou em março de 2018 com o fim do Torneio do Poder.
Vale ressaltar, entretanto, que o mangá continua sendo publicado mensalmente com aventuras inéditas.
Atualmente, o mangá de Dragon Ball Super está adaptando o filme Dragon Ball Super: Super Hero, onde Gohan e Piccolo assumem o protagonismo e deixam Goku e Vegeta treinando após estes terem sido derrotados por Black Freeza.
Você pode acompanhar o anime de Dragon Ball Super na íntegra no Crunchyroll, no seu idioma original com legendas em português.
Já o mangá de Dragon Ball Super é publicado pela Panini no Brasil, e você pode comprá-lo aqui.
