Dragon Ball Super expandiu drasticamente os limites da franquia ao introduzir o conceito de multiverso. Com novos deuses, anjos e guerreiros ainda mais poderosos surgindo, o anime ofereceu possibilidades infinitas de histórias. No entanto, muitos fãs concordam que essa ambição pode ter ido longe demais. Afinal, a proposta de um multiverso parece ter ultrapassado a capacidade real da série de explorá-lo de maneira satisfatória.
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Quando Beerus foi introduzido como o Deus da Destruição do Universo 7, descobrimos que ele não era apenas o ser mais poderoso que Goku enfrentaria, mas também a porta de entrada para a existência de outros universos — com seus próprios deuses, anjos e guerreiros. O problema é que, assim como aconteceu com o Reino dos Demônios (que só foi explorado anos depois), o multiverso de Dragon Ball ficou cheio de promessas não cumpridas.
O multiverso de Dragon Ball é grande demais
Em termos de escala, o multiverso de Dragon Ball até tentou ser contido. Em vez de infinitas realidades paralelas como em outras franquias, o anime limitou-se a 12 universos numerados. Cada um possui seus próprios Deuses da Destruição e anjos, além de civilizações e guerreiros únicos. Mais tarde, a lore se expandiu ainda mais com Dragon Ball Daima, que revelou que o multiverso foi criado por um ser do Reino dos Demônios.
Apesar de o número de universos parecer pequeno se comparado a outros multiversos da ficção, a verdade é que ainda é conteúdo demais para que Dragon Ball consiga lidar de forma eficiente. A série sempre teve foco em lutas, rivalidades e evolução de poder dentro do próprio Universo 7 — e mesmo com todo o potencial dos outros universos, o anime pouco explorou além do Torneio do Poder.
O Torneio do Poder foi o auge… e o fim
O Torneio do Poder foi um dos arcos mais ambiciosos de Dragon Ball Super. Nele, vimos diversos universos competirem entre si, e Goku enfrentou o poderoso Jiren, representante do Universo 11. Mas apesar de Jiren ser vendido como o “mais forte do multiverso”, é importante lembrar que quatro universos nem participaram do torneio — justamente por serem considerados fortes demais.
Ou seja, o próprio anime criou um teto de poder inalcançável, só para depois ignorar completamente a chance de explorá-lo. Desde então, Dragon Ball Super voltou a focar em ameaças do Universo 7, como Granolah, Gas e o recém-retornado Freeza Negro. Os outros universos ficaram esquecidos, e os fãs continuam sem saber se Goku realmente é o mais forte entre todos.
O multiverso de Dragon Ball sempre será decepcionante
Para uma série que sempre alimentou discussões sobre níveis de poder e superações impossíveis, ter apresentado um multiverso e não aproveitado isso soa como uma oportunidade desperdiçada. Os fãs querem ver Goku superando limites, enfrentando oponentes cada vez mais fortes. Mas com tantos universos inexplorados, fica claro que a franquia não pretende cumprir essa promessa.
E isso é frustrante. O multiverso de Dragon Ball era a chance perfeita de expandir o mundo além dos mesmos vilões e arquétipos. Novos heróis, culturas, deuses e histórias poderiam ter sido criados. Em vez disso, o conceito foi usado como pano de fundo para apenas um arco e nunca mais teve o mesmo peso.
Dragon Ball Super encontra-se em hiato no momento. O anime encerrou em março de 2018 com o fim do Torneio do Poder.
Vale ressaltar, entretanto, que o mangá continua sendo publicado mensalmente com aventuras inéditas.
Atualmente, o mangá de Dragon Ball Super está adaptando o filme Dragon Ball Super: Super Hero, onde Gohan e Piccolo assumem o protagonismo e deixam Goku e Vegeta treinando após estes terem sido derrotados por Black Freeza.
Você pode acompanhar o anime de Dragon Ball Super na íntegra no Crunchyroll, no seu idioma original com legendas em português.
Já o mangá de Dragon Ball Super é publicado pela Panini no Brasil, e você pode comprá-lo aqui.