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Criador de Black Lagoon comenta a luta dele contra depressão

Black Lagoon é um mangá que conquistou fãs ao redor do mundo com sua abordagem intensa e personagens cativantes, mas seu autor, Rei Hiroe, tem enfrentado desafios pessoais que impactaram sua produção ao longo dos anos. Em uma recente entrevista, o mangaká falou abertamente sobre sua batalha contra a depressão e como isso afetou sua carreira.

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A luta de Rei Hiroe contra a depressão

Criador de Black Lagoon comenta a luta dele contra depressão

Hiroe já havia comentado nas redes sociais sobre as dificuldades de ser um criador enquanto lida com problemas de saúde mental. Em um desabafo no ano passado, ele afirmou:

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“Há um tweet circulando dizendo que, se você ficar deprimido, perderá 10 anos da sua vida. Eu realmente não consegui me recuperar e me forcei a serializar irregularmente. Demorei quatro anos para lançar um volume, e ainda entro em pânico quando há prazos apertados. Não consigo escrever sem uma grande margem de tempo, então, como mangaká, ainda não me recuperei completamente. Por favor, tomem cuidado.”

A origem do problema

Em entrevista ao Comic Natalie, Hiroe revelou que percebeu seus problemas de saúde mental quando começou a ter dificuldades para organizar seus pensamentos e continuar desenhando:

“Não sei a razão exata, mas trabalhar no mangá foi se tornando cada vez mais difícil. Mesmo quando eu queria começar a próxima tarefa, minhas mãos simplesmente paravam. Antes mesmo de eu pensar ‘não quero desenhar’, meu corpo já não respondia. Foi aí que percebi que precisava parar.”

O primeiro grande hiato de Black Lagoon, em 2010, coincidiu com o agravamento de sua condição. Além disso, ele mencionou que a morte de seu pai intensificou ainda mais sua depressão:

“Quando meu pai faleceu, achei que isso não tinha me afetado tanto mentalmente, mas parece que o impacto foi maior do que eu esperava. A dor foi se acumulando lentamente. Acho que o estresse de trabalhar no arco Roberta’s Revenge somado à perda do meu pai foram os principais fatores.”

Mesmo aparecendo em eventos e interagindo com fãs, Hiroe admitiu que sua luta interna continuava:

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“As pessoas me veem falando nesses eventos e pensam que estou bem. Mas, na realidade, eu simplesmente não conseguia me sentar e desenhar o mangá. Isso é algo que muitos não entendem.”

O impacto dos hiatos em sua saúde

Os diversos hiatos de Black Lagoon ao longo dos anos agravaram ainda mais sua depressão. O autor revelou que a pressão de saber que os leitores estavam esperando por novos capítulos tornava tudo mais difícil:

“Quando percebi que os leitores estavam aguardando ansiosamente a continuação, fiquei ainda mais deprimido. Sentia que simplesmente não conseguia continuar. Nessa época, minha hipocondria piorou e comecei a ter ataques de pânico. Se eu me forçasse a desenhar, acabaria odiando Black Lagoon, e, se isso acontecesse, eu nunca mais conseguiria desenhar essa história novamente.”

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Prioridade para a saúde mental

Atualmente, Hiroe compreende que sua saúde mental deve ser prioridade e que os hiatos de Black Lagoon dependerão de seu estado emocional. Ele destacou a importância de buscar apoio e evitar o excesso de trabalho:

“O apoio das pessoas ao seu redor é essencial. Você absolutamente não deve continuar trabalhando além do seu limite, pois isso só levará ao colapso emocional. Se alguém disser ‘apenas faça’, isso pode ser o fim para você. Às vezes, o melhor a fazer é simplesmente fugir. A mentalidade de ‘estou dando o meu melhor, então você também deveria’ só torna tudo mais pesado.”

A honestidade de Hiroe sobre sua batalha contra a depressão reflete uma realidade enfrentada por muitos profissionais da indústria de mangás e animes. Apesar das dificuldades, ele segue trabalhando em Black Lagoon, buscando equilibrar sua saúde com sua paixão pela arte.

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.