Desde o início, Boruto teve dificuldades para conquistar o mesmo impacto que Naruto, sua série antecessora. No entanto, com o lançamento do mangá Two Blue Vortex, a franquia parece ter ganhado um novo fôlego, chamando a atenção de antigos e novos fãs. Apesar disso, algumas críticas ainda persistem, especialmente sobre a abordagem narrativa da sequência.
Diferente da obra original, que focava principalmente no trio de protagonistas e deixava os personagens secundários em segundo plano, Boruto: Two Blue Vortex optou por dar mais destaque a esses coadjuvantes. Embora essa mudança tenha sido bem recebida por alguns, outros fãs enxergam essa decisão como uma tentativa de corrigir as falhas de Naruto em vez de construir uma identidade própria.
Por que Two Blue Vortex não deveria focar nos erros de Naruto?
A primeira continuação direta de Naruto, Boruto: Naruto Next Generations, acompanhou a jornada de Boruto Uzumaki, filho do protagonista original. No entanto, ao contrário da série anterior, Boruto se tornou conhecido pelo excesso de episódios filler, que acabaram ofuscando o conteúdo canônico e prejudicando sua reputação. Como resultado, a série perdeu a força e acabou sendo encerrada com um gancho que serviu de preparação para Two Blue Vortex.
Com o início de Two Blue Vortex, a recepção do público mudou drasticamente. A nova fase trouxe um universo mais bem definido, apostando em um sistema de poderes diferente (shinjutsu) e dando mais protagonismo a personagens secundários, como Sumire, Matsuri e o trio da Vila Oculta da Areia – Araya, Shinki e Yodo.
Essa abordagem, no entanto, levantou uma nova discussão entre os fãs. Se em Naruto os personagens secundários eram apenas um suporte para o trio principal, em Boruto acontece o oposto: a história parece priorizar os coadjuvantes ao invés de aprofundar o desenvolvimento do protagonista e seus aliados diretos.
Boruto precisa encontrar sua própria identidade
A principal crítica direcionada a Two Blue Vortex é que a série parece estar tentando consertar o que Naruto deixou de lado, ao invés de seguir um caminho próprio. Em Naruto, a história girava em torno de Naruto, Sasuke e Sakura, enquanto os personagens secundários serviam para dar suporte ao trio principal. Embora essa escolha tenha sido alvo de críticas, era um dos elementos que tornavam a narrativa clara e centrada.
Agora, Boruto tenta equilibrar as coisas ao dar mais espaço para outros personagens, mas acaba correndo o risco de perder o foco da própria história. O problema não está na ideia de destacar coadjuvantes, mas sim no fato de que essa abordagem pode parecer mais uma resposta às falhas do passado do que uma construção natural do enredo.
Cada série tem sua própria estrutura e propósito, e tentar corrigir as falhas de Naruto pode tirar de Boruto a chance de se consolidar como algo único. Em vez de olhar para trás, a franquia deveria focar em desenvolver sua própria identidade e criar momentos marcantes por conta própria.
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