Boruto: Two Blue Vortex deu um passo decisivo no capítulo 29 ao confirmar uma das mudanças mais debatidas desde o início da sequência de Naruto. A nova fase do mangá, que vem sendo melhor recebida mesmo por leitores antes céticos, reforçou sua identidade própria ao esclarecer a natureza do dojutsu do protagonista e, ao mesmo tempo, encerrar uma controvérsia que se arrastava há anos.
A trama já vinha se destacando por uma narrativa mais densa e por escolhas visuais alinhadas à visão de Mikio Ikemoto dentro do universo criado por Masashi Kishimoto. No entanto, a grande discussão girava em torno do famoso Jougan, um olho apresentado apenas no anime e nunca oficialmente introduzido no mangá. O capítulo mais recente trata essa questão de forma indireta, mas bastante clara.
O acordo com Momoshiki e o novo patamar de poder

Boruto Uzumaki atinge um novo nível de poder ao aprofundar seu pacto com Momoshiki Otsutsuki, algo que se torna explícito no capítulo 29. A negociação entre os dois envolve um risco extremo, já que o protagonista oferece seu próprio corpo como receptáculo em troca de força suficiente para enfrentar os Shinju, inimigos que colocam o mundo ninja em perigo.
Como consequência direta desse acordo, o jovem ninja passa a acessar plenamente o poder do Karma e manifesta de forma definitiva o Byakugan. Esse despertar não surge como uma habilidade isolada, mas como parte do pacote de poderes herdados de Momoshiki, consolidando a transformação de Boruto em um combatente muito mais próximo dos Otsutsuki do que de um shinobi tradicional.
O Byakugan assume o protagonismo no mangá

O Byakugan, um dos três grandes dojutsu do universo Naruto, amplia drasticamente o arsenal do protagonista. A habilidade permite enxergar o fluxo de chakra, identificar pontos vitais do inimigo e ter um campo de visão quase completo, com alcance de quilômetros quando plenamente dominado. Combinado a técnicas como o Punho Gentil, esse poder pode neutralizar adversários de forma extremamente eficiente.
No contexto da história, esse olho não surge por acaso. A herança Hyuga sempre esteve presente na família Uzumaki, mas, no caso de Boruto, o acesso ao dojutsu acontece de maneira clara apenas através da influência direta de Momoshiki. Isso reforça a ideia de que o protagonista não controla totalmente esse poder por mérito próprio, mas por compartilhar seu corpo com uma entidade alienígena de intenções duvidosas.
A queda definitiva do Jougan no cânone

O capítulo 29 também fortalece a interpretação de que o Jougan não faz parte do cânone do mangá. Apesar da expectativa criada pelo anime e por anos de especulação entre fãs, o olho especial nunca foi mencionado oficialmente na obra impressa, nem por Kishimoto nem por Ikemoto.
Mesmo em momentos cruciais da narrativa, incluindo vislumbres do futuro e o uso avançado do Karma, o dojutsu de Boruto continua sendo tratado como Byakugan. Essa ausência consistente indica que o Jougan foi uma criação exclusiva da adaptação animada, encerrando de vez o debate entre leitores do mangá e espectadores do anime.
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