Desde o início, “Jujutsu Kaisen” prometia ser um show de ação sem igual, e a batalha final não decepcionou. Porém, apesar de alguns fãs reclamarem da intensidade da luta, que mostra Sukuna enfrentando um exército de feiticeiros sem pausa, essa dinâmica já havia sido insinuada lá em 2018, no começo da série.
Logo nos primeiros episódios, descobrimos que Ryomen Sukuna, o Rei das Maldições, foi selado há mil anos, e seus 20 dedos, distribuídos em locais diversos. Subjugar uma entidade tão poderosa exigiu um esforço coletivo de vários feiticeiros, muitos dos quais perderam suas vidas nesse processo.
Agora, em Shinjuku, a história se repete. Os feiticeiros mais poderosos como Gojo, Kashimo, Itadori, Yuta, Maki, Todo, entre outros, se unem para enfrentar o Sukuna desperto. Muitos já estão mortos ou fora de combate, prenunciando o fim da luta que mira encerrar o ciclo iniciado há um milênio.
Sukuna: um vilão que desafia o clichê do confronto mano a mano
Embora não esteja claro quais foram os feiticeiros que conseguiram subjugar Sukuna na era Heian, não resta dúvida de que eles eram tão fortes quanto os atuais. Recentemente, “Jujutsu Kaisen” foi criticado por sua repetitividade e por matar muitos personagens rapidamente, mas, a verdade é que um combate generalizado parece ser a única maneira de derrotar Sukuna. Quanto mais feiticeiros atacarem juntos, maiores são as chances de finalmente vencê-lo.
Apesar de muitos terem conseguido infligir danos significativos a Sukuna, ele parece ficar cada vez mais forte e astuto, usando ao máximo o complexo sistema de poderes da série. Desde o emprego de uma nova e destrutiva técnica amaldiçoada chamada Chama Divina até a exploração inovadora dos Votos de Ligação, será necessário um esforço hercúleo dos heróis para eliminá-lo.
Batalhas finais em grupo: uma raridade nos animes
“Jujutsu Kaisen” enfrenta críticas por sua luta final, mas isso destaca sua originalidade. Embora existam exceções, como em “Naruto”, poucas séries famosas adotaram esse formato. Em “Bleach”, Ichigo enfrentou sozinho tanto Aizen quanto Yhwach, apesar de eles terem combatido outros heróis antes. Kaido foi derrotado por Luffy, mesmo após o ataque conjunto dos Nove Bainhas Vermelhas.
Outra exceção recente é “My Hero Academia”, onde Deku vence Shigaraki com a ajuda dos sucessores anteriores do One for All e de seus amigos, enfatizando que “ninguém pode fazer tudo sozinho”. No entanto, diferentemente de “My Hero Academia”, “Jujutsu Kaisen” apresenta uma taxa de mortalidade mais alta nesta batalha final, o que reforça o nível de ameaça que os heróis enfrentam, trazendo um desfecho digno de seu enredo épico.
Jujutsu Kaisen (traduzido para Batalha de Feiticeiros no Brasil) é um mangá japonês escrito e ilustrado por Gege Akutami, e publicado na revista Weekly Shōnen Jump desde 5 de março de 2018.
Os capítulos individuais são compilados em volume tankobon, e publicados pela Shueisha desde julho de 2018. A série é licenciada e publicada no Brasil pela editora Panini. Os volumes estão sendo lançados mensalmente no momento, e você pode comprar o mangá de Jujutsu Kaisen aqui.
Jujutsu Kaisen conta a história de Yuji Itadori, um jovem gênio do atletismo que acaba juntando-se a um clube de ocultismo e então descobrindo ser o receptáculo perfeito para Ryomen Sukuna, a maldição mais poderosa de todos os tempos.
Os personagens de Jujutsu Kaisen são um dos grandes pontos altos deste mangá, que atualmente é um dos mais populares do Japão.
Um anime adaptando a história de Jujutsu Kaisen teve sua primeira temporada exibida em 2020 no Japão na Crunchyroll, com uma segunda temporada em exibição agora em 2023.