A indústria de animes passou por transformações significativas nos últimos anos, com mudanças que acompanham tanto a evolução do público quanto a das equipes de produção. Uma das alterações mais marcantes é a substituição do modelo tradicional de exibição contínua pelo formato sazonal, tendência que agora atinge até os maiores pilares da mídia.
A confirmação de que o anime de One Piece adotará o modelo sazonal a partir do arco de Elbaf, previsto para a primavera de 2026, encerra de vez uma era em que séries longas, com dezenas ou centenas de episódios seguidos, eram a norma. Depois de uma pausa entre 2024 e 2025, a produção voltará brevemente com o arco de Egghead, mas logo entrará em novo hiato, passando a adotar temporadas de cerca de 26 episódios por ano.
One Piece marca o ponto final do modelo contínuo

Mesmo com críticas constantes ao ritmo e à qualidade da animação de One Piece, o formato ininterrupto sempre foi mantido pela Toei Animation. Com essa mudança, a série se junta a nomes como Bleach e Gundam, que já haviam migrado para temporadas definidas. A decisão é reflexo direto da busca por mais qualidade visual e melhores condições de trabalho para as equipes envolvidas.
Durante muito tempo, especulou-se que One Piece poderia se beneficiar de uma estrutura sazonal, especialmente após a recepção positiva de outros animes que adotaram esse modelo. A oficialização dessa mudança, no entanto, surpreendeu boa parte do público, marcando uma virada histórica na forma como animes longos são produzidos e exibidos.
Ainda existem exceções à nova tendência
Mesmo com a consolidação do formato sazonal, algumas franquias continuam apostando na exibição contínua. Entre elas estão Pokémon, Detetive Conan e Sazae-san, que mantêm a tradição de episódios semanais sem pausas longas. Essas exceções, no entanto, são cada vez mais raras, o que reforça a ideia de que o modelo antigo está se tornando obsoleto.
O caso de One Piece serve como sinal definitivo de que os animes contínuos estão perdendo espaço. Para muitos fãs, é o encerramento simbólico de uma era que moldou gerações, enquanto para os estúdios, representa uma necessidade prática diante da complexidade das produções atuais.
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