Project Cars – Review

O automobilismo é um esporte que fascina e que intimida ao mesmo tempo. Pilotar a centenas de quilômetros por hora não é para qualquer um, afinal, qualquer erro pode te dar uma passagem de ida para o IML. Felizmente há os jogos de videogame e computador para suprir esse mercado de corrida sem riscos, e a Bandai Namco acaba de chegar com mais um forte candidato ao título de melhor jogo de corrida. Será que Project Cars é o título definitivo de corrida? É o que vamos conferir.

Em Project Cars, você é um piloto de corridas. Seu objetivo é simplesmente correr, não há história, não há irmão para vingar nem torres de radar para capturar, muito menos aquele desejo de ser campeão de tudo desde criancinha. O seu objetivo é simplesmente ligar a chave no motor e sair correndo e fazendo os adversários comerem poeira, pura e simplesmente.

Para isso, você pode escolher uma das diversas categorias de automobilismo disponibilizadas pelo jogo. Aliás, essa é a primeira coisa que você escolhe, com o que você quer correr. É possível começar nos karts (minha escolha por ter errado onde eu ia começar) ou em carros de verdade, diferente de outros jogos, onde você vai progredindo e liberando cada vez carros melhores.

Esse começo meio que já é um cartão de visitas do que Project Cars tem a oferecer, a oportunidade de aproveitar a vida de um piloto de automobilismo da sua forma. O jogo é totalmente user friendly, você escolhe em que categoria vai correr, quantas voltas vai fazer, etc etc etc. Sabe aquela corrida de 50 voltas que vem pela frente e você não tem tempo pra fazer? Dá pra transforma-la numa corrida de duas voltas.

Sabe a corrida de duas voltas? Dá pra transformar numa de 50 voltas. Você tem quase que o total controle sobre o que você vai fazer dentro do jogo, incluindo em detalhes ignorados por outros jogos, como onde fica a HUD do carro enquanto você pilota. Achou a IA fácil demais? Dá para aumenta-la de 0 a 100, ao invés dos modos Fácil demais, normal, difícil pra caraio e impossível que costumam vir geralmente nesse tipo de jogos.

Project Cars mostra-se extremamente acessível e ao mesmo tempo não tem alguns detalhes que outros jogos têm de acessibilidade, como poder dar rewind nas corridas e consertar as batidas, por exemplo. Como o jogo que eu mais joguei na vida foi Forza, esse foi o detalhe que eu mais senti falta, e que vai fazer alguns aí se irritarem um pouco com o jogo no começo, porque ele não é um jogo com jogabilidade arcade. Saiu da pista? Prepare-se para rodopiar loucamente quando você voltar para ela. O jogo realmente não perdoa muitos erros e tem a simulação como objetivo.

Um detalhe em que Project Cars foge dos outros jogos de corrida é o modo carreira. Nele, você não precisa ficar correndo feito um louco para ganhar dinheiro e comprar carros novos. Você é um empregado de uma equipe de corrida e deve correr o melhor possível para ela. Faça isso, e novos contratos para outras equipes surgem. Cada equipe tem seus carros e você deve pilota-los. É possível também ter mais de um contrato ao mesmo tempo, e ir correndo por diferentes equipes conforme o calendário avança.

Project Cars ainda vem com um modo online bem competente que vai suprir a carência de jogos de corrida do tipo tanto no PlayStation 4 quanto no PC. No Xbox One, há Forza reinando desde o lançamento do console e lá a briga é bem provável que seja mais acirrada, mas no PC e no PS4 é seguro dizer que Project Cars tem tudo para tomar o primeiro lugar do pódio.

Graficamente, Project Cars é um jogo muito bonito e que funciona sem engasgos. O jogo tem uma física que te pune bastante caso você cometa erros, apesar de também ter gerado algumas situações engraçadas, como quando eu estava correndo de kart e acabei subindo pelas costas do meu adversário sem querer querendo. Foi bem engraçado.

A trilha sonora de Project Cars não está a altura dos outros jogos do gênero simplesmente por não contar com tecnos violentos e músicas que costumam pintar em jogos de corrida atuais. Aqui, ela é mais neutra mesmo.