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Never Alone – Review

Fala, galera! Tudo bom com vocês? Aqui é o Eric Romulo do Critical Hits (Leiam isso com a voz do Eric). Novamente estou retornando do limbo – para mais detalhes confira o último podcast – e estou confiante que dessa vez vou produzir bastante. Para provar que sou um negro maravilhoso homem de palavra, trago para vocês o review de um jogo que está saindo hoje. Sim! Arrisco a dizer que essa é a primeira vez que isso acontece em terras Críticas. Mas sem mais enrolação, vamos ao que interessa.

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Never Alone é um jogo Puzzle em 2D, desenvolvido pelos estúdios Upper One Games, E-Line Media e financiado por uma comunidade de tribos nativas do Alaska. Tribos nativas do Alaska? Sim. Logo vocês vão entender. Há alguns anos atrás, essa mesma comunidade possuía uma quantidade significativa de dinheiro para ser investido. A comunidade, por fim, decidiu que iria investir em alguma forma de divulgação da sua cultura e, juntamente, a conscientização do resto do mundo com relação à situação complicada na qual as tribos atualmente se encontram por conta do aquecimento global.

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Já dá para deduzir qual ferramenta eles utilizaram para fazer isso, não é mesmo? Pois então. Mas por que usar um video game? Eis o que a CEO da comunidade, Gloria O’Neill, declarou: “Nós queríamos levar nossa cultura além dos museus. Eu quis fazer um investimento onde nós poderíamos mostrar quem somos para o mundo, onde poderíamos ser parte da criação dele e não alguém fazendo isso por nós”. Assim surgiu Never Alone.

https://www.youtube.com/watch?v=VnY21Fg5G1Y

Em Never Alone você joga como Nuna, uma garota da tribo Iñupiaq, e uma raposa do ártico, animal típico do Alaska, que não possui nome. O jogo tem dois personagens jogáveis, portanto, você pode jogar tanto sozinho quanto com um amigo. A história é baseada em um conto que faz parte do próprio folclore Iñupiaq, onde uma garota tenta livrar a sua tribo de uma nevasca interminável e, logicamente, passa-se no Alaska. É importante citar que o jogo é narrado na língua nativa dos Iñupiaq, mas calma, o jogo é legendado em muitas línguas, inclusive em Português.

O jogo não é longo, mas o fato de haver uma espécie de documentário que é desbloqueado quando você encontra umas corujas – que às vezes ficam fora do caminho para avançar nas fases, mas nada muito difícil de encontrar – aumenta consideravelmente a duração de Never Alone. O documentário é dividido em 24 partes e trata sobre a cultura dos Iñupiaq, além de dar embasamento para o que acontece no próprio jogo, explicando a origem e relação dos personagens do jogo com o mundo deles. Particularmente, achei o documentário muito bom e interessante, eu nunca havia ouvido falar sobre esse povoado e a direção e os depoimentos presentes no documentário são muito bons, definitivamente vale a pena ser visto.

Quanto à jogabilidade, ela é bem simples mas há momentos em que ela não responde muito bem e, caso você esteja jogando sozinho, por diversas vezes a AI do personagem que você não está controlando vai atrapalhar você ou, até, se matar, o que irrita bastante e pode acontecer por diversas vezes no mesmo local. Houve também uma vez em que cai e fiquei flutuando no ar, fazendo com que eu tivesse que pausar o jogo e voltar ao último checkpoint.

Never-Alone-03

A trilha sonora é boa, tem influências da música tradicional da tribo Iñupiaq, que se consiste, basicamente, de tambores – o que também é mostrado em uma parte do documentário -. A ambientação também não decepciona, possui, claro, muita neve e gelo, além de partes em baixo d’água. Mas nem tudo são flores, o jogo, por muitas vezes dá a impressão de que deveria ter sido lançado para geração passada de consoles e, levando em consideração que ele será lançado apenas para PS4 XONE e PC, isso não é nada bom. Os efeitos e até a mesmo as partículas (que são a grande atração da nova geração) não chegam a impressionar.

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Como eu havia dito ontem, é perceptível a influência de outros jogos indie como Limbo e Brothers: A Tale of Two Sons em Never Alone. Mas, infelizmente, o jogo não chega lá, não consegue ter a carga dramática de Brothers e nem a jogabilidade excelente de Limbo. Mas, sem dúvida, é um bom jogo e cumpre seu objetivo de conscientizar e tocar as pessoas que o jogam. Recomendadíssimo para quem curte esses jogos mais “tocantes”, pode-se assim dizer.

Review elaborado usando a versão de PlayStation 4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

Resumo para os preguiçosos

O jogo parece ter inspirações muito boas, como Brothers: A Tale of Two Sons e Limbo – ambos uns dos melhores indies já feitos -, mas, por motivos que presumo estarem relacionados com falta de verba, Never Alone não consegue ficar no nível desses outros jogos, porém, ainda é um bom jogo 2D de puzzle com um universo bastante interessante e desconhecido para a maior parte do mundo, o qual ainda possui um documentário muito bem feito para ajudar a mostrar esse novo mundo.

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Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • História interessante e exótica
  • mbientação
  • Documentário sobre o universo que rodeia o jogo
  • Experiência diferente do comum

Contras

  • Alguns bugs (que podem ser corrigidos eventualmente)
  • A AI do outro personagem quando você joga sozinho
  • Parece ter sido feito para a geração passada de consoles, apesar de ser exclusivo para a atual
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