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Assassin’s Creed IV: Black Flag – Review

Um dos lançamentos mais aguardados do ano de 2013 era o novo título da série da Ubisoft, intitulado de Assassin’s Creed IV: Black Flag. Após controlar Altaïr Ibn-La’Ahad na época das cruzadas, Ezio Auditore durante a Renascença e Connor Kenway durante a Revolução Norte Americana, temos a oportunidade de controlar o avô de Connor, Edward Kenway, em suas aventuras no mundo da pirataria em busca da riqueza, afinal, é isso que um pirata faz. Serão confrontos utilizando espadas, hidden-blades, pistolas e até mesmo confronto entre navios, que já estavam presentes em AC3, mas desta vez melhores e mais dinâmicos. Em poucas palavras, não consigo parar de jogar Black Flag.

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Como vocês devem ter percebido, por ser avô de Connor, a história de Edward Kenway se passa alguns anos antes dos acontecimentos de Assassin’s Creed 3. E para quem tinha curiosidade sobre como seria a história “nos dias de hoje”, o jogo se passa após os acontecimentos de seu antecessor, e sim, apresenta informações sobre o final de AC3, assim como sobre o que acontece com Desmond Miles – podem ficar tranqüilos que este é um review sem spoilers. O que posso contar é que logo ao iniciar o jogo, uma logo me chamou a atenção, entre os “desenvolvedores” do jogo. Logo após a logo da Ubisoft aparece uma “Abstergo Entertainment”.

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Os criadores do ANIMUS têm uma empresa de entretenimento, e a história de Edward é foco de produção de um filme digital. Você é um contratado da empresa para vasculhar as memórias do personagem em busca de detalhes para a produção do filme. Durante os momentos iniciais do jogo nos dias de hoje é falado sobre AC: Liberation e como o jogo, desenvolvido pela Abstergo Entertainment, fez sucesso. Afinal, em um mundo capitalista, a Ordem dos Templários soube utilizar sua busca pelas “peças do Éden” para fazer dinheiro também. Na parte do jogo que se passa nos dias de hoje, basicamente você irá interagir com outros funcionários ou com seu acesso pessoal ao Animus. Tudo isso em primeira pessoa. Nada de sair correndo por aí escalando as paredes ou pulando as divisórias das salas.

Já quando você está na pele de Edward Kenway pode perceber diversas semelhanças com os antecessores da série. Como é de se esperar, ele é mais parecido com AC3 do que com os outros jogos, principalmente na jogabilidade. Esse é um ponto que eu gostaria de destacar. Quando joguei AC3 encontrei um pouco de dificuldade por apresentar mudanças mais profundas em relação a AC1 e AC2.

O modo de defesa e contra-ataques foi repensado e ficou mais dinâmico, mas não necessariamente melhor, é uma questão de gosto pessoal. Em Black Flag os comandos são muito parecidos, mas como eu acabei de terminar as sequências de AC2: Brotherhood e Revelations, tive um novo choque de jogabilidade, principalmente nas batalhas corpo a corpo. Mas nada que alguns minutos de treino não resolvam. O jogo não possui um tutorial propriamente dito, nos primeiros minutos de jogo nos são apresentados os controles, mas de maneira rápida e sucinta, o que não é um incômodo para jogadores que acompanham a série desde o início.

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Um dos pontos altos do jogo é a maneira como é apresentado o “estilo sandbox” do jogo. Ao invés de cidades grandes que você precisa andar de um ponto a outro para realizar as missões, desta vez o mundo aberto são diversas ilhas no mar do caribe, com pequenas cidades espalhadas pelo mapa. Ou seja, seu meio de locomoção é seu navio. Com isso o jogo traz uma renovação para a série. Além de ser algo divertido ficar somente navegando e apreciando a paisagem, que por sinal foi muito bem trabalhada e é muito bonita (mesmo na minha versão do Xbox 360, explicarei mais para frente), você pode enfrentar outros navios e saqueá-los – desde que você os derrote e não os afunde – explorar ilhas menores atrás de baús e tesouros ou até mesmo pescar tubarões ou baleias. O jogo traz também a caça de animais, já presente em AC3, para obter recursos como peles e ossos, que servem para melhorar seus equipamentos.

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No início do jogo considerei um problema que nas batalhas muitas vezes você não vê quem irá te atacar, simplesmente por não aparecer na tela ou pela posição da câmera, que não se ajusta automaticamente para auxiliá-lo com isso. Mas posteriormente penso que isso serve para dificultar as batalhas e dar uma nova experiência de confrontos, pois aumenta a dificuldade por algumas vezes você não saber que será atacado, ou seja, você deverá ficar mais atento às batalhas.

As batalhas entre navios ficaram mais interessantes do que em AC3. Estão mais dinâmicas e mais simples. Os comandos são simples e envolverão a sua capacidade de atacar na hora certa e saber se esquivar dos ataques inimigos. A não ser que você enfrente aquela embarcação britânica com três andares de canhões com seu barco simples, aí fica difícil mesmo.

Na história do jogo Edward Kenway não é um assassino, muito menos um templário. Ele é um homem que quer ficar rico e decide se juntar a piratas em busca da fortuna. Com o desenrolar da história ele irá se envolver com Templários e Assassinos, mas deixo para vocês descobrirem como a história se desenrola. Além disso você terá contato com diversos piratas, entre eles o famoso Barba Negra. Se ele existiu de verdade ou não eu não sei, mas que ele é um dos piratas mais famosos que existem ele é, seja uma lenda ou não. Ao menos não encontramos o Capitão Jack Sparrow no jogo.

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A trilha sonora do jogo é simples, mas atende ao que o jogo oferece. Posso destacar as músicas que sua tripulação canta ao longo das viagens no mar. São diversas músicas que você pode coletar em diversos pontos do mapa, basta correr atrás delas, literalmente.

A versão do jogo que eu tenho veio com a opção “Em português” como padrão, ou seja, menus em português e o jogo é dublado. Um problema? De maneira alguma. A dublagem foi executada de maneira primorosa, além do trabalho das falas ter sido muito bom, com palavras antigas e termos rebuscados. Muitas vezes fiquei sem entender alguns significados de palavras, mas nada que atrapalhasse o jogo, na verdade o tornou mais rico. Cheguei a testar o jogo com a dublagem em inglês, mas era um inglês “comum”, e não achei nada de mais. Voltei para a versão em PT-BR. (Tenho certeza que é o capitão do desenho do Bob Esponja que é o narrador da abertura do jogo. Fiquei esperando ele falar “Vocês estão prontas crianças?”.

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Brincadeiras a parte, Assassin’s Creed IV: Black Flag resgatou aquela vontade de ficar jogando e explorar cada pedacinho do mapa que eu só tive em AC2. Ficar navegando no mar, visitar ilhas desconhecidas em busca de itens e baús, missões secundárias, etc. Prevejo muitas horas de jogo pela frente ainda. Mas irei aguardar mais um pouco para avaliar se é meu favorito da série, mas posso dizer que é melhor que AC1 ou o AC3. A Ubisoft soube renovar a série (mesmo contendo elementos de gameplay de AC3) para manter a jogabilidade e o enredo frescos e fugir da repetição de franquias muito longas sofrem naturalmente.

Quanto aos gráficos, como já é de conhecimento público, a Ubisoft teve dificuldades na adaptação do jogo para a geração atual de consoles (PS3 e Xbox 360), ou seja, o jogo foi desenvolvido para a nova geração, que é mais potente, e o downgrade irá trazer serrilhados e texturas não tão perfeitas quanto o esperado no Xbox 360 (que é a versão do jogo que eu tenho). Mas não é nada que atrapalha a experiência que o jogo tem a oferecer, no caso de Xbox One e PS4 os gráficos devem ser um ponto positivo. A não ser que você encontre algum bug durante o jogo.

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Eu encontrei dois: o primeiro apareceu quando eu estava saqueando um navio, e durante o confronto Edward caiu através do chão do navio, e ficou preso dentro do casco, porém nadando na água. Nada pude fazer a não ser aguardar minha tripulação obter o controle do navio e voltar para o meu próprio. O segundo bug foi quando precisei seguir outro personagem, e no meio do caminho ele parou e ficou lá, sem reagir a nada (não consegui nem atacar ele para ver se reagia, o jogo não permite atacar aliados no jogo).

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E antes que eu faça o encerramento do review, um ponto baixo do jogo é que o rumor de que a história single-player possui restrições para o jogo ser conectado à internet. Você recebe um mapa que só pode ter acesso a ele se estiver conectado à Live e à Uplay, ou seja, se você não usa seu videogame conectado à internet, terá parte da experiência do jogo prejudicada, mas nada que envolva o enredo principal. Bola fora da Ubisoft.

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Resumo para os preguiçosos

Assassin’s Creed IV: Black Flag traz uma renovação para a série muito bem vinda, mostrando que novos jogos poderão chegar sem um maior problema, principalmente em termos de enredo. Se você gosta de batalhas de espadas, navios com canhões, pesca marítima e canções de piratas e o tradicional “Le parkour” presente na série, esse é seu jogo.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Jogo renovado
  • Batalhas dinâmicas
  • Exploração do mapa com o uso do navio e pequenas ilhas com suas particularidades
  • Enredo
  • Jogo não fica repetitivo como algumas edições anteriores

Contras

  • Gráficos poderiam ser melhores (no Xbox 360)
  • Necessidade de conexão com a internet para a experiência completa do jogo
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