One Punch Man é um dos mangás mais divertidos e populares da atualidade, e após tanto sucesso, era natural que A Hero Nobody Knows, seu primeiro jogo, fosse lançado. Mas será que ele vale a pena? No review de hoje, é o que descobiremos.
Em One Punch Man: A Hero Nobody Knows, você não controla Saitama, Genos ou algum dos outros heróis do jogo, e sim um novo herói criado por você.
Para isso, você ganha uma série de opções de personalização de visual, e algumas roupas, itens e acessórios para criar um personagem com a sua cara.
Inicialmente, há poucas opções para você definir o visual do personagem, e ele acaba parecendo um Saitama ou Genos da vida logo de cara, mas conforme o jogo avança, você vai desbloqueando novos itens e deixando o seu herói do jeito que você realmente quer.
Depois de um monte de tutoriais, o jogo finalmente te coloca na sua primeira missão: enfrentar um robô para aprender aos poucos o sistema de batalha do game, que é bastante parecido com os jogos de luta baseados em animes da Bandai Namco.
Nas lutas de One Punch Man: A Hero Nobody Knows, você pode controlar até três personagens, sendo um deles o seu herói e dois outros que podem muito bem ser os heróis do elenco de One Punch Man ou outros heróis criados por pessoas que também estão jogando o jogo.
Cada personagem tem seus atributos, e um atributo em especial, o Apelo, determina quem pode aparecer para ajudar você nas lutas. Dependendo da missão em que você se encontra, você ganha a assistência de certos heróis, como Genos e também Saitama, que aparece apenas em condições bastante especiais.
O sistema de combate de One Punch Man: A Hero Nobody Knows conta com dois botões de ataque, um botão de pulo, um botão de bloqueio e esquiva e um botão de especial e carregamento de especial.
Nele, você usa ataques fracos e rápidos, ou fortes e lentos, e tem alguns combos para fazer, além dos especiais que servem para tirar bastante energia ou melhorar algum atributo físico seu.
Os especiais você aprende conforme for fazendo missões da história principal do jogo e também missões secundárias para os heróis do elenco do jogo. Além disso, você conta com cinco estilos de combate, normal, pesado, máquina, psícico ou com armas, e cada um deles conta com seu moveset, especiais em questão e níveis.
Ao completar batalhas, você ganha experiência para o seu personagem, para o seu estilo de combate, pontos de contribuição e também para o seu rank de herói. Fazendo missões o suficiente, você vai subindo da Classe C para a B, A e finalmente S.
Subir da Classe C para a B é bem rápido, mas depois disso, é um processo bem mais lento e que vai fazer você ficar horas e mais horas fazendo missões.
Aliás, esse talvez seja o grande problema de One Punch Man: A Hero Nobody Knows, o jogo se arrasta bastante entre as missões principais, que meio que emulam os capítulos do mangá e também do anime.
Entre cada capítulo de verdade das aventuras de Saitama e de Genos, você pode facilmente gastar mais de uma hora fazendo missões secundárias (que envolvem ir do ponto A até o B, ver as falas, voltar para falar com quem te deu a missão e receber a experiência) ou enfrentar inimigos aleatórios para receber as experiências diversas.
Fora isso, não há muito o que fazer no jogo, além de decorar o seu apartamento, comprar itens para personalizar o visual do seu personagem e também outros itens para usar durante a batalha e também personalizar o visual do seu personagem.
No fim das contas, parece que a Bandai Namco decidiu fazer o jogo “render pra caramba” e o grind todo colocado entre cada capítulo de One Punch Man: A Hero Nobody Knows acaba fazendo o jogo na verdade se tornar muito maçante e durando muito mais do que deveria, afinal de contas, a campanha dele é basicamente ver diálogos, andar por aí, encher inimigos de porrada e repetir isso à exaustão.
Se o sistema de batalha do jogo fosse divertido, e não houvesse tanta enrolação assim entre os momentos em que a história anda, talvez o jogo fosse bem mais divertido, afinal, é com a campanha que você vai desbloqueando novos personagens para o modo de batalha do jogo, que fica um pouco melhor quando você não está enfrentando inimigos que ficam spamando o mesmo ataque que paralisa o seu personagem toda vez que pega nele.
Mas e aí, One Punch Man: A Hero Nobody Knows vale a pena?
No fim das contas, One Punch Man: A Hero Nobody Knows não chega a ser um jogo ruim, mas também está bem longe de ser uma experiência que eu recomendaria para quem não seja um grande fã do anime, e olha que este é o meu caso.
Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One X fornecida pela Bandai Namco do Brasil.
Resumo para os preguiçosos
No fim das contas, One Punch Man: A Hero Nobody Knows não chega a ser um jogo ruim, mas também está bem longe de ser uma experiência que eu recomendaria para quem não seja um grande fã do anime, e olha que este é o meu caso.
Prós
- Várias opções de personalização
- Bom elenco de personagens
- Momentos de humor característicos do anime
- Saitama realmente desmonta os inimigos com um soco
Contras
- Sistema de combate simples demais e não tão divertido assim
- O ritmo da campanha é extremamente arrastado e repetitivo
- Sidequests que se baseiam em ir do ponto A ao B, ver um monte de conversas e voltar ao ponto A para receber a experiência