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Wolfenstein 2: The New Colossus – Review

A Betheda e a MachineGames surpreenderam o mundo ao lançar um Wolfenstein: The New Order que era bom pra caramba e que não apenas trazia uma excelente campanha, mas misturava elementos modernos de jogos de tiro com elementos oldschool que há muito haviam sido esquecidos, como itens de cura no meio das fases e mapas fechados, ao invés de uma campanha linear. Agora, três anos depois, Wolfenstein 2: The New Colossus chega e tem uma importante missão: mostrar que essa é uma franquia que voltou com tudo, e desenvolver um mundo onde o nazismo venceu e deve ser derrotado. Será que o jogo consegue tudo isso?

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Em Wolfenstein 2: The New Colossus, você volta a controlar William “BJ” Blazkowicz, que milagrosamente sobreviveu aos eventos finais de Wolfenstein: The New Order. Para continuar conseguindo andar, Blazkowicz agora usa um exoesqueleto semelhante a uma versão primitiva das Power Armours de Fallout, e você acaba descobrindo que, mesmo tendo acabado com o general Deathshead, o mundo ainda é dominado pelo nazismo, e você deve dar um jeito de livrar os Estados Unidos dessa ameaça e recolocar o país na guerra.

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Para isso, você conta com os seus companheiros de Wolfenstein: The New Order e alguns companheiros novos que fazem parte da resistência americana. Aqui, eu gostaria de apontar um detalhe que me deixou incomodado sobre a história: ela parece panfletária demais, ao dizer que apenas os negros e outras minorias continuaram enfrentando o nazismo, enquanto a América branca teria se acomodado e estaria vivendo muito bem em harmonia com a dominação alemã. Sem querer entrar em discussões políticas aprofundadas no meio de um review, mas a impressão que o enredo de Wolfenstein II dá em alguns momentos é de que parece mais que estamos dentro de um fanfic textão daqueles de Facebook do que uma história de guerra de verdade, mas enfim, se é dessa forma que a Bethesda decidiu seguir com o jogo dela, que seja.

Ainda assim, fora esse detalhe observado, Wolfenstein 2: The New Colossus segue uma narrativa bem interessante, cheia de reviravoltas e momentos de interação e desenvolvimento dos personagens principais do jogo. Parte deles são contados via custscenes entre cada uma das fases, e outra parte deles são via conversas entre BJ e os membros da tripulação do submarino que você se encontra.

Pois bem, dando continuidade, um detalhe que acaba chamando à atenção a quem joga The New Colossus é o fato de que o jogo é mais curto do que The New Order. Quão mais curto? Cerca de 30%. Dá para terminar The New Colossus com cerca de 7 a 8 horas, enquanto The New Order levava pelo menos 11 ou 12 horas para ser concluído.

Do ponto de vista da jogabilidade, Wolfenstein 2: The New Colossus, assim como The New Order, é um jogo extremamente gostoso de se jogar. O sistema de tiro que a MachineGames colocou no jogo é um pouco mais acelerado do que no seu predecessor, e lembra até Doom em alguns momentos. Um detalhe que vale a pena ser ressaltado é que o jogo é difícil no controle, pois parece ter sido mais pensado para você jogar no mouse e no teclado, mas obviamente iria vender bem menos caso ele fosse um exclusivo de PC. Se você gostou o ritmo frenético de Doom, há momentos em que The New Colossus lembra o outro jogo de tiro da Bethesda, ainda que ele seja um meio termo entre The New Order e Doom, já que ele combina momentos de furtividade com momentos onde você tem que pegar duas metralhadoras e atirar em tudo o que ousar aparecer na sua frente.

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Outro detalhe ainda que ser ressaltado sobre o jogo é o fato de que a maioria dos cenários são compostos de corredores estreitos e túneis, e poucos momentos realmente são em cenário aberto, algo que é um pouco diferente do jogo predecessor. Apesar dessa repetição, o jogo acaba ajudando você nesses momentos, afinal de contas, é fácil você ser surpreendido e estar com 3 ou 4 adversários vindo contra você, e nada como um corredor onde você pode meter bala em todo mundo para poder se safar dessas situações.

Algo que eu não gostei muito em Wolfenstein 2: The New Colossus foi que o sistema de perks do jogo anterior foi completamente removido, e mudado para um sistema que quase não te ajuda, além de uma mecânica de upgrades bastante escassa, e que acaba forçando você a escolher uma ou duas armas e usá-las para o resto do jogo, enquanto o game anterior te recompensava pela experimentação.

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Apesar de não contar com um modo multiplayer (e a Bethesda fez questão disso), The New Colossus apresenta um bom fator replay pois há uma penca de colecionáveis e de itens que retratam melhor a história do jogo espalhados pelo cenário, além de missões secundárias que você pode executar conforme a campanha vai se desenvolvendo. Ainda assim, vale ressaltar que Wolfenstein 2: The New Colossus não é um colosso em conteúdo, se é que vocês me permitem o trocadilho.

Graficamente, Wolfenstein 2: The New Colossus é muito bonito e extremamente fluído. Os cenários, ainda que repetitivos, são bonitos, e a trilha sonora e dublagem do jogo também é muito bem executada. O jogo está muito bem otimizado também, e não apresentou nenhum bug ou travamento enquanto eu joguei para elaborar esse review.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PC fornecida pela Bethesda.

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Resumo para os preguiçosos

Wolfenstein 2: The New Colossus é um ótimo jogo de tiro, mas ele supera o seu predecessor? Não. O jogo anterior apresentava uma narrativa melhor, ainda que nesse caso tenhamos um ótimo jogo de tiro com mecânicas refinadas e um ritmo mais acelerado em relação ao anterior. Quem jogou Wolfenstein: The New Order certamente vai gostar desse game, e tendo em vista a concorrência desse ano, ele provavelmente vai ganhar o título de melhor shooter de 2017.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Jogabilidade melhorada e ritmo de tiroteio bem mais acelerado em relação ao antecessor
  • Bom desenvolvimento da campanha
  • Belos gráficos e otimização muito bem executada
  • Legendas em português

Contras

  • Campanha mais curta em relação ao anterior
  • O novo sistema de upgrades e perks não é tão bom quanto o passado
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.