Como grande fã da Motion Twin pelo excelente trabalho em Dead Cells, fiquei ansioso desde o primeiro trailer de Windblown para descobrir como o estúdio se sairia com essa nova IP. Após dedicar várias horas ao acesso antecipado, fica a pergunta: será que Windblown alcançou as expectativas e tem o potencial de ser o próximo grande sucesso no gênero roguelike?
Assim como em todo bom roguelike, em Windblown a morte é parte principal do progresso. Cada tentativa fracassada contribui para desbloquear novos poderes, armas e habilidades, que permitem ir mais longe na próxima corrida. O sistema de loop de gameplay é satisfatório, pois quase sempre desbloqueamos algo novo, garantindo uma sensação constante de progresso. A Motion Twin mais uma vez acertou ao oferecer um ritmo recompensador em seu game, onde cada falha é um passo adiante.
O grande diferencial do jogo está na mobilidade do personagem e na velocidade da gameplay. O propulsor equipado pelo protagonista possibilita um “dash”, usado tanto para esquivar de ataques quanto para explorar as ilhas flutuantes do Vortex.
O combate em Windblown é dinâmico e variado. Podemos equipar duas armas principais e dois poderes, encontrados ao longo das tentativas no Vortex. As combinações de builds são vastas, permitindo escolher entre espadas, armas de longo alcance como kunais e bestas, além de bombas com efeitos diversos, como a bomba de congelamento, que imobiliza inimigos e cria oportunidades seguras para atacar.
Os combos elevam o combate a outro nível: ao finalizar o movimento de uma arma, um indicador na tela sugere um golpe especial com a segunda arma equipada, adicionando mais profundidade ao sistema. Além disso, encontramos reforços e dádivas que moldam nossa build. Os reforços oferecem melhorias diretas, como mais dano ou vida, enquanto as dádivas – limitadas a três no começo do jogo– podem mudar o estilo de jogo, oferecendo vantagens estratégicas como salvamento da morte ou aumento de dano contra chefes.
Os biomas de Windblown são um espetáculo à parte. Cada um apresenta um design visual único e progressivamente desafiador, com inimigos exclusivos, mini-chefes e uma ambientação distinta. Desde o primeiro bioma, com uma trilha sonora suave, até a fábrica, que incorpora sons eletrônicos, a atmosfera é cuidadosamente planejada para envolver o jogador.
Além da exploração, o sistema de moedas é fundamental para o jogo. As Conchas são usadas durante as corridas para adquirir itens e upgrades temporários, mas são perdidas ao morrer. Já as Engrenagens garantem melhorias permanentes, como mais frascos de cura e armas aleatórias no início das tentativas. Essas Engrenagens devem ser depositadas nos “peixes voadores” para não serem perdidas no Vortex.
A base do jogo, chamada Arca, centraliza a progressão. É lá que desbloqueamos poderes e armas coletados no Vortex, além de interagir com NPCs que enriquecem a narrativa.
Mas e aí, Windblown vale a pena?
Windblown combina um combate ágil e um loop de gameplay viciante, criando uma experiência que mantém o jogador envolvido a cada tentativa. Com lindos e desafiadores biomas e trilhas sonoras que refletem a identidade de cada área, o jogo promete ser um grande sucesso no gênero roguelike. A Motion Twin está mais uma vez provando sua habilidade em criar jogos inovadores e recompensadores.
Resumo para os preguiçosos
Windblown combina um combate ágil e um loop de gameplay viciante, criando uma experiência que mantém o jogador envolvido a cada tentativa. Com lindos e desafiadores biomas e trilhas sonoras que refletem a identidade de cada área, o jogo promete ser um grande sucesso no gênero roguelike. A Motion Twin está mais uma vez provando sua habilidade em criar jogos inovadores e recompensadores.
Prós
- Combate viciante
- Muitas possibilidades de build
- Belíssima ambientação e trilha sonora
Contras
- O jogo é um tanto quanto desafiador nos biomas mais avançados