A franquia Dynasty Warriors fez um retorno com tudo em 2025 com Dynasty Warriors: Origins, e a Koei Tecmo não se contentou com isso e, cerca de um mês depois, lançou Warriors: Abyss, uma abordagem roguelike ao musou. Mas será que esse jogo vale a pena?
Em Warriors: Abyss, você foi convocado ao submundo por Enma, o governante do local, para derrotar Gouma, uma antiga entidade maligna que está dominando o local.
Com isso, você deve escolher heróis da franquia Dynasty Warriors e partir para a luta enfrentando hordas e mais hordas de demônios e mortos vivos em diferentes cenários.
O jogo combina a proposta de roguelikes como Hades e Rogue Legacy com a quantidade de inimigos que os Dynasty Warriors costumam colocar em seus jogos, e a ideia é enfrentar as hordas do submundo para avançar cada vez mais longe.
A maioria dos inimigos, assim como na franquia Warriors, não reage, apenas alguns, e quando eles vão atacar, eles “telegrafam” o ataque mostrando uma área roxa no chão que mostra onde esses ataques vão pegar, e cabe a você desviar deles ou matá-los antes que eles consigam fazer isso.
A cada novo mapa que você vence, você tem uma opção para melhorar o seu personagem, seja fazendo uma aliança com um novo herói e ganhando os buffs que ele oferece, seja obtendo itens como uma fruta que aumenta a sua vida ou dinheiro para gastar em algum andar que possua uma loja e assim comprar novos heróis, formações ou equipamentos para o seu personagem.
Além disso, esses heróis que você faz pacto podem ser usados durante os combates. Cada um pode ser invocado de uma vez para executar seu movimento, e ficar cerca de 20 a 30 segundos recarregando sua ação para poder ser usado de novo. Além do ataque, forte, fraco e dessa invocação, você ainda tem uma esquiva (que também precisa de recarga) além de dois especiais, o ataque musou, que acerta uma porrada de inimigos na tela, e o ataque de invocação que chama todos os seus aliados para um golpe em conjunto que arranca toneladas de energia.
Por ser um roguelike, a ideia é que você avance o mais longe possível até morrer e tentar tudo de novo e assim ir repetindo, desbloqueando novos personagens, melhorando os seus até finalmente conseguir chegar ao final do jogo e enfrentar o próprio Gouma.
Ao final de cada bioma, você precisa derrotar um chefe, que você provavelmente não vai bater de primeira, que possui uma armadura inicial que deve ser removida antes que você consiga causar dano. Depois da primeira vez que ele perde a armadura e perde vida, ele começa a invocar inimigos para ajudar e aí a coisa fica completamente caótica na tela, com áreas e mais áreas dela completamente roxas e você tentando limpar o cenário e evitar de ser morto.
É importante ressaltar que Warriors: Abyss é um jogo bem menor em relação a outros roguelikes que tem por aí. Os cenários não variam muita coisa, apenas muda o bioma conforme você avança no submundo, não há história e nem desenvolvimento de personagens. A ideia é entrar, bater nos inimigos, avançar o que você conseguir, vencer ou morrer e tentar novamente.
O combate do jogo é bastante satisfatório, e eu sinceramente gostei mais do jogo do que eu imaginei que eu fosse jogar por ser um ótimo jogo de jogar “na inércia”, ou seja, sem pensar muito, só descarregar as ações e ir atacando os inimigos até o final. Porém, isso pode acabar sendo um problema também para quem procura complexidade, já que o jogo realmente poderia ser um pouco mais profundo, ainda mais pelo preço que ele foi lançado.
Graficamente, Warriors: Abyss é um jogo bem simples. Há muita coisa acontecendo na tela e felizmente o jogo não tem nenhum tipo de slowdown ou travamento na versão do PS5, que foi a que eu usei para testar o jogo.
A trilha sonora é completamente esquecível, e o jogo não conta com legendas em português, o que não chega a ser um problema, já que estamos falando de um jogo que praticamente não tem história, é entrar, vencer dezenas de inimigos, morrer e repetir.
Mas e aí, Warriors Abyss vale a pena?
No fim das contas, Warriors Abyss é uma experiência divertida, ainda que nada inovadora e nem surpreendente. Ele é um bom “jogo de inércia” daqueles pra jogar pra esvaziar a cabeça ou quando você fica esgotado após terminar um jogo bem mais denso do que ele, mas nada muito além disso. O principal ponto negativo dele mesmo é o preço, já que R$ 124,00 pelo que ele oferece é caro demais. Vale mais a pena esperar por uma promoção ou eventual entrada na PS Plus ou Game Pass mesmo.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
Warriors: Abyss é um roguelike baseado no universo de Dynasty Warriors, onde o jogador é convocado ao submundo para derrotar Gouma, uma entidade maligna. O jogo combina elementos clássicos de musou com mecânicas roguelike, permitindo escolher heróis da franquia para enfrentar hordas de inimigos em combates frenéticos. O sistema de progressão inclui melhorias por meio de pactos com aliados e obtenção de itens que fortalecem o personagem. Cada bioma traz um chefe desafiador, exigindo estratégia para superar sua armadura inicial e lidar com ondas de inimigos auxiliares.
Apesar de satisfatório para quem busca ação descomplicada, Warriors: Abyss é um jogo menor em comparação com outros roguelikes. A falta de variedade nos cenários, a ausência de história e desenvolvimento de personagens podem limitar seu apelo. A experiência é divertida para quem deseja apenas enfrentar inimigos sem pensar muito, mas a simplicidade pode decepcionar jogadores que esperam maior profundidade. Além disso, o preço de lançamento é considerado elevado para o conteúdo oferecido, tornando-o uma opção mais atrativa em promoções ou serviços de assinatura.
Prós
- Gameplay divertido
- Diversos personagens diferentes para escolher
Contras
- Sem legendas em português
- Sem história, personagens ou cenários
- Caro para a proposta